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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lady Di, a Princesa do povo e sua estrela de luz

Odete Soares Rangel


Diana Frances Spencer (01.07.1961), a Princesa de Gales, nasceu em Sandringham, Inglaterra. Seus pais eram o Conde John Spencer e Frances Shand Kydd.

Diana era adepta de esportes, praticou tênis, natação, hockey e salto ornamental. A música e a dança, também, estavam presentes em sua vida. 

Ela conheceu o príncipe Charles de Gales em 1977, época em que ele namorava Sarah, a irmã dela. Eles anunciaram o noivado em fevereiro de 1981 e o casamento aconteceu em julho desse mesmo ano, na Catedral de St. Paul, em Londres. A cerimônia foi transmitida pela televisão e assistida por milhares de pessoas em todo o mundo. Ela se tornou princesa de Gales. Dessa união, nasceram os Príncipes William de Gales (21.06.1982) e Henry de Gales filho (15.09.1984), sucessores aos tronos do Reino Unido.

Seu casamento não ia bem, ouvia-se muitas especulações sobre crises depressivas e adultério. Em 1992, anunciaram a separação e o divórcio foi oficializado em 1996, fato que vai contra a dignidade tradicional da nobreza e que desagradou, sobremaneira, a rainha Elisabeth II.

O fato, entretanto, não afetou a afeição do público por Diana. Ela  continuava sendo notícia na mídia, até mesmo, sua morte prematura (31.08.1997), causada por um acidente de carro em Paris, junto com seu namorado, Dodi Al Fayed.

Em seu funeral (06.09.1997), milhões de pessoas se emocionaram ratificando a admiração pela Princesa do Povo, entre as quais eu me incluo. Ela foi sepultada em uma ilha no lago de Althorp, na propriedade da família paterna.

Diana aceitava a aproximação com as pessoas, tinha uma atitude natural com os carentes que visitava. Seu carisma cativou a população mundial, sua solidariedade e caridade com os necessitados fez dela uma Princesa especial, uma pessoa sem preconceitos, uma humanitária, um ser iluminado.

Homenagem aos que me deram a vida, meus amados pais Hugo e Adelaide!

Odete Soares Rangel

Odete com 2 anos de idade
Hoje, dia 31.08, completo mais um ano, dos muitos bem vividos. Vou festejar com meu marido Telmo e com quem vier me abraçar, porque o dom da vida tem que ser comemorado e agradecido a cada dia. Infelizmente, não tem ninguém da família presente, especialmente, os irmãos, pois moram em cidades distantes. Isto é bastante lamentável, pois nossos encontros familiares  têm sido habituais em situações de perdas familiares.

Meu marido e Chef Telmo Rangel preparou o jantar com muito esmero e carinho, estava muito saboroso, e sou muito grata a ele por fazer parte da minha vida e estar sempre do meu lado em quaisquer situações.


Nós estamos felizes e eu estou com uma energia ótima. Mas essa felicidade não é total, pois gostaria de ter a presença, especialmente, das duas pessoas que me trouxeram ao mundo, me educaram, me criticaram e me apoiaram nas horas certas, me ensinaram os valores éticos e morais que norteiam minha vida. São eles, os meus queridos e inesquecíveis pai Hugo Teixeira Soares e mãe Adelaide de Freitas Soares. Eles estão em outro plano, mas tenho a certeza de que olham por mim e estão presentes sim, porém não em forma corpórea.


Nosso aniversário é uma data para reflexões, e faço isso com muita consciência. Comecei examinando meu nome e descobri que sua origem é francesa, e significa riqueza. E eu concordo, sou uma pessoa feliz e afortunada.


Grupo Escolar Borges de Medeiros 
Do meu nascimento não posso lembrar, mas lembro de quando recebi as primeiras noções de educação, de civilização, tomei gosto pelo estudo e dei continuidade a ele até os dias atuais.  Lembro bem da minha infância, essa foi um período muito feliz,  de muita alegria, a família estava sempre unida e convivia bastante com outros membros familiares. Oh período de abundância! Ah, dessa fase tenho muitas saudades! Como era bom viver naquele ambiente natural, rodeado de verdes e águas (árvores nativas, pomares, campos, hortas, cachoeiras, fontes) tudo isso era divino. Mas o ótimo mesmo era usufruir todos esses recursos naturais, tendo a família toda reunida. Nessa época eu não tinha a certeza que tenho hoje de que as coisas boas e as pessoas que amamos vão se modificando, e algumas se perdendo.


Éramos uma "big" família, minha mãe tendo viuvado em seu primeiro matrimônio, casou-se com meu pai,  e de ambos casamentos nasceram 11 filhos. Esta é a história que eu conheço. Desses, infelizmente, muitos não estão mais entre nós (Alcides, Zair, Maria Odila, Orlando e Odilon). Os que vivem hoje (Almoedo, Zaira, Zaida, Odete, Odilka e Luis Carlos), quase todos moram em cidades diferentes e distantes, os encontros não acontecem com a frequência que eu gostaria, isso me faz sentir meio órfã de pai, de mãe, de irmãos. Dos filhos do segundo matrimônio (Eu, Odilka e Luis Carlos), somos  os que mantemos mais contatos. Eu os amo muito, assim como os demais irmãos por parte de mãe.

Hugo e Adelaide Soares
Registro esta homenagem àqueles que foram para todos nós um exemplo de sobriedade, de caráter, de humanidade, de dedicação, de abnegação e de muito amor. Que nossos pais tenham muita luz, e fica a certeza de que um dia nos reuniremos novamente. Então, até nosso próximo encontro. Eu os amo, incondicionalmente,  onde quer que estejam.  

Aos meus queridos pais, a minha eterna gratidão e o meu agradecimento por terem me colocado no mundo, nessa família, e por terem feito de mim um ser de luz, uma pessoa do bem, de caráter, batalhadora, uma vencedora.

Pai e Mãe

Lembro agora o que me disse o futuro,
Os companheiros dos copos que conhecia,
Nas palavras cegas deitadas na mesa do café
Sobre a vida que era para ser, mas não é,
Cantadas em desconforto ou por simpatia.
Como se fossem vidas meadas por um muro.

Corrida contra o tempo que ousa não parar,
Deixando atrás o presente que se reitera,
Que ecoa nas vozes roucas das lembranças.
Ricas e ténues heranças,
Gritos calados por tanto que se espera,
Momentos passados desta vida secular.

Quero ir...
Quero voltar a estar onde estive,
Abrir as asas e voar, sonhar, recordar,
Sentir todos os minutos para me saborear.
Aprender de novo como se vive,
Como se ama a terra, sem fingir.

Imagino como era, como ainda será,
O sorriso dos meus pais, o seu abraço,
A saudade que os percorre, como a mim.
Um desejo, a vontade que não tem fim,
Ocupar o meu mundo, o meu espaço
Devolver este sorriso a quem mo dá.




Galeria de fotos da Família



Júlia, Odete e Luis Carlos


Odilka e Odete
Marilanda, Hugo, Luis Carlos,Júlia,
Lucas,Luísa e Natália



    
Fotos deste Aniversário


Ricardo, Jandra e Junior
Dulce e Telmo


Lisiane e Ricardo




Dulce, Ricardo, Odete e Jandra
Ricardo, Odete e Jandra


Arthur 
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sábado, 28 de agosto de 2010

Michael Jackson, um aniversário silencioso

Odete Soares Rangel


Michael Joseph Jackson estaria completando hoje 52 anos, porém ele está comemorando em outro plano. Ele estreou no palco da vida em 29 de agosto de 1958, Gary, Indiana, E.U. e sua estrela deixou de brilhar (nos palcos) em 25 junho de 2009, Los Angeles, Califórnia.

O grupo Jackson 5 (Michael, Jackie, Tito, Jermaine e Marlon) foi contratado pela Motown Records, com a qual permaneceu de 1969/75. Jermaine permaneceu com a Motown e foi substituído no grupo por seu irmão mais novo Randy Jackson, o grupo passa a chamar-se Jacksons e a trabalhar com a Epic Records.

http://pt-br.tinypic.com/
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Seu primeiro sucesso na carreira solo foi Don’t Stop Till Get Enough, do álbum Off The Wall (1979) o mais vendido do ano. Depois, Thriller foi eleito o clipe mais influente da história. Com esse Álbum, Michael angariou vários prêmios, incluindo um recorde de oito Grammys.


Em 1984, o mundo aclama Jackson de o Rei do Pop. A turnê com seus irmãos foi um dos eventos mais populares do concerto de 1984. Em 1985, ele co-escreveu com Lionel Richie a canção We Are the World, a qual foi tema do projeto USA For Africa, que reuniu cantores consagrados da música pop, em prol de amenizar a fome das crianças da Etiópia. Entre outros projetos, A History World Tour em 1997 foi sucesso absoluto.


Jackson com seu estilo de vida excêntrico, teve sua imagem desgastada por episódios, como a acusação de abuso sexual infantil que levou-o aos tribunais, foi preso mas restou absolvido em 2005. Depois veio seu casamento secreto e breve com Lisa Marie Presley, casou-se novamente, mas divorciou-se. A situação se agravou com sua instabilidade financeira.


Mas ele tinha energia o suficiente para sempre recomeçar, e o estava fazendo, basta ver as imagens que ficaram dos concertos que estava ensaiando quando teve sua vida ceifada por uma parada cardíaca, e seu médico acusado de homicídio involuntário.


O gênio se foi, a comoção foi visível na face de cada fã. Em 07 de julho de 2009, amigos e personalidades homenagiaram a vida e legado de Michael, no Staples Center em Los Angeles. O último trabalho restou um sonho inacabado que ele deixou para sua legião de admiradores.

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This Is it, era uma programação de 50 shows que seriam realizados em Londres, de julho de 2009 até março de 2010. Infelizmente, ele morreu pouco antes de iniciar a turnê,ficaram as imagens ratificando que Michael é o maior artista da música POP. Não foi por acaso que ele recebeu uma estrela na calçada da fama em Hollywood.


Sua trajetória musical foi interrompida, mas suas músicas continuarão fazendo sucesso pelo mundo. Estamos privados da sua presença marcante e dos seus shows eletrizantes embalados por belíssimas canções, danças espetaculares e efeitos especiais com muita luz e cores. Os DV’s e Tv mostram seus sucessos, mas saber que ele não está ali verdadeiramente tira o glamour das apresentações, embora seja uma delícia ouvir suas músicas. Ele não era somente um cantor, compositor e dançarino, ele era um artista completo.


Michael Jackson estará vivo na mente de cada ser humano que o conheceu e acompanhou sua trajetória e obra grandiosa. Ele é uma criação perfeita de Deus; que no outro plano seu aniversário seja comemorado, não com o brilho que ele estava habituado, mas com o brilho de quem encontrou a paz tão almejada em vida.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Jackson



CALÇADA


    DA


  FAMA


HOLLYWOOD


            




ÁLBUNS (NÚMEROS DE CÓPIAS)
http://pt.wikipedia.org/wiki/1979

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Irmã Dulce, o anjo protetor dos desamparados

Odete Soares Rangel

Cezar, Irmã Dulce, Odete e Cristina
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador (26.05.1914) e partiu para outra vida em 13 de março de 1992. Era filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.


A Irmã Dulce como todos a conheciam, mais do que uma religiosa católica brasileira, foi o anjo salvador da Bahia com suas obras de caridade e de assistência aos desamparados.

Ainda criança, Maria Rita, incerta quanto aos rumos da vida religiosa, rezava muito e implorava a Santo Antônio para mostrar-lhe o caminho a ser trilhado. Aos treze anos de idade, o Convento do Desterro recusou seu ingresso por considerá-la jovem demais para decidir sobre assunto tão sério; assim ela volta a estudar. Nessa idade, comovida com a situação dos desassistidos, passou a socorrer mendigos, enfermos e desvalidos.


Após se formar em 1932, ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, no estado do Sergipe (menor estado brasileiro). Com seis meses de noviciado, obteve o hábito de freira. Em 15 de agosto de 1934, ela fez sua profissão de fé e retornou à Bahia.


Desde então, sua meta de vida foi dedicar-se à caridade. Um barracão abandonado para abrigar mendigo foi onde iniciou sua obra caridosa. O Papa João Paulo II, quando esteve no Brasil, visitou-a, manifestando seu reconhecimento pelo trabalho dela com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Entre as muitas instituições por ela fundadas temos: o Hospital Santo Antônio, com capacidade para atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais; o Centro Educacional Santo Antônio, instalado em Simões Filho, neste mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos recebem abrigo e cursos profissionalizantes. O Círculo Operário da Bahia (escola de ofícios), voltado para atividades culturais e recreativas também foi criação da Irmã Dulce.


Em 11 de novembro de 1990, a Irmã Dulce foi internada por problemas respiratórios, no Hospital Português, sendo transferida à UTI do Hospital Aliança e logo depois para o Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991,  recebeu a visita do Papa João Paulo II. O Anjo Bom da Bahia fecha suas asas e encerra sua missão na terra às 16h45min do dia 13 de março de 1992, rodeada de pessoas que a veneravam. Seus restos mortais foram sepultados no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, mais tarde transferidos para a Capela do Hospital Santo Antonio, centro das suas Obras Assistenciais.


O reconhecimento pela sua obra começa a frutificar. Aos 21 de Janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano reconheceu Irmã Dulce como venerável. Em 03 de Abril desse mesmo ano, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento à virtuosa e heróica Irmã Dulce.


No dia 09 de Junho de 2010, seu corpo foi desenterrado, exumado ,velado e sepultado pela segunda vez. Faltou a assinatura do papa Bento XVI ao decreto que concede-lhe o título de beata. A partir daí, aguarda-se mais um milagre por intercessão de Irmã Dulce para que possa ser Canonizada.


Eu fui a Salvador no ano de 1985 e tive o prazer de conhecê-la pessoalmente. Ela parecia uma pessoa frágil, mas era uma fortaleza. Recebeu-nos com muito carinho, falou rapidamente da sua obra assistencial com todas as suas dificulades, apresentou-nos Santo Antônio como o tesoureiro da casa, deixou-se fotografar e agradeceu nossa visita e contribuição para a casa.


Um ano após sua morte (1993), foi inaugurado o Memorial Irmã Dulce em sua memória. O local é amplamente visitado, o hábito usado por ela, fotografias, documentos e objetos pessoais podem ser vistos no Memorial. Nesse, é preservado, intacto, o quarto de Irmã Dulce. Nesse, está a cadeira em que dizem ela teria dormido por mais de trinta anos visando pagar uma promessa. Outras peças do acervo (maquetes, livros, diplomas e medalhas) registram os fatos marcantes da vida da Irmã Dulce, a freira caridosa, a mulher abnegada, o anjo protetor dos desvalidos e carentes. O memorial tem aproximadamente nove mil peças destinadas a preservar e a manter vivos os ideais da Irmã Dulce.


Ela pode ter partido, mas seu amor incondicional pelos necessitados é um exmplo a ser seguido.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gustavo Kuerten X Yevgeny Kafelnikov

Odete Soares Rangel 

Foto: Alvarélio Kurossu
Estamos na Semana Guga Kuerten em Florianópolis, SC. Em 28.08.2010, na Arena Multiuso, em São José na Grande Florianópolis, às 20h30min, teremos o duelo entre o brasileiro e tricampeão de Roland Garros Gustavo Kuerten e o russo Yevgeny Kafelnikov.


Os dois tenistas se enfrentaram em 12 partidas nos jogos do Aberto francês, destas Guga venceu  7 e Kafelnikov 5. Entre as vitórias, pode-se destacar as quartas-de-final em Roland Garros em 1997, 2000 e 2001, datas em que Guga sagrou-se campeão no saibro francês.


Na última vez que os dois se enfrentaram, no Aberto da França; Kafelnikov usou uma  metáfora para comparar o backhand de Guga à pincelada de Pablo Picasso.


Os ingressos para assistir ao espetáculo de sábado entre os dois tenistas que lideraram o ranking profissional (Kafelnikov (1999) e Guga (2000), podem ser adquiridos através do site www.ingressofacil.com.br, ou nas lojas Centauro, Drop Shot e Saque e Voleio.


Após o jogo prepararei uma matéria bem legal sobre a vida e vitórias de Guga e a divulgarei no meu blog. Até lá curtam e torçam pela vitória do nosso sempre campeão Gustavao Kuerten. O russo que me perdõe, mas a vitória já é nossa.


Kafelnikov disse que não vai facilitar para Guga, nem precisa. Força Guga nós amamos você, a arena é sua, faça o que sempre fez e o título estará garantido!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sean Connery apaga as velinhas



O ator Thomas Sean Connery, natural de Edimburgo na Escócia, comemora nesta data (25.08.2010) seus bem vividos 80 anos.


Ele casou com a atriz australiana Diane Cilento (1962), com quem teve um filho, Jason Joseph, nascido um ano depois. Não foi um relacionamento harmonioso, Diane insatisfeita decidiu escrever uma autobiografia retratando-o como um péssimo marido. Casou em 1975 com Michelline Roquebrune Connery, eles vivem em Nassau, nas Bahamas.


Profissionalmente, ele é grato a um amigo que o persuadiu a realizar um teste para ser chorus boy de Ao Sul do Pacíficoo, em 1953. Ele foi aprovado e completou o elenco da peça. O musical de Rodgers e Hammerstein desembarcava em Londres depois de estourar na Broadway, cujo tema é a história de marinheiros norte-americanos numa ilha do Pacífico, durante a Segunda Guerra.  A partir desse trabalho, muitas oportunidades surgiram para ele atuar na TV,  teatro e cinema.


Entre as décadas de 60 e 70, desempenhou papéis menores na TV e no cinema. Destacou-se, internacionalmente, no papel do agente secreto James Bond no filme de estréia da série 007 Contra o Satânico Dr No (1962), criado por Ian Fleming. Atuou em outros da série:


Moscou Contra 007 (From Russia With Love - 1963);
007 Contra Goldfinger (Goldfinger - 1964);
007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball - 1965);
Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (You Only Live Twice - 1967);
007 - Os Diamantes São Eternos (Diamonds Are Forever - 1971).


Em meados de 1970, Connery decidiu se afastar do personagem que o consagrou e começou a atuar em filmes diferentes daqueles que vinha realizando. Mas, dez anos mais tarde, persuadido pelos produtores voltou a participar como agente secreto no filme 007 – Nunca Mais Outra Vez (Never Say Never Again - 1983).


Ele estrelou em filmes importantes e populares, tais como: O Homem que Queria Ser Rei (1975), Robin e Marian (1976), O Nome da Rosa (1986), Highlander (1986), Os Intocáveis(1987), Indiana Jones e a Última Cruzada (1989) e Caçada ao Outubro Vermelho (1990), Lancelot - O primeiro cavaleiro (1995), Armadilha (1999), A Rocha (1996). entre outros. Embora tenha atuado em muitos papéis principais, sua carreira foi coroada com o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu personagem Jim Malone no filme Os Intocáveis (1987), com Kevin Costner e Robert de Niro.


Em 1991, ele recebeu a Legião de Honra do governo francês. Em 05.07.2000, lhe foi dado o título de Sir pela Rainha Elizabeth II. A cerimônia foi realizada na Escócia, sua presença ficou ainda mais marcante porque ele compareceu usando um traje típico escocês (kilt de caça do clã MacLean).


O sucesso do filme O Homem que Queria Ser Rei em 1975, dirigido por John Huston e co-estrelado por Michael Caine, rendeu-lhe uma ascenção inesperada. Ele tornou-se o único de todos os atores que interpretaram o papel de espião favorito de Sua Majestade.


Ele transformou-se num ícone do cinema mundial por sua longevidade, voz, estilo e charme. Comenta-se que desiludido com o sistema de Hollywood, afastou-se do cinema e dedica-se a escrever um livro sobre sua vida.

http://www.google.com.br/images?hl
Sean Connery é um excelente ator escocês. Ele, assim como Clint Eastwood, outro ator de sua geração, estão entre meus atores preferidos. 

Um filme que me marcou muito foi O nome da Rosa, crônica da vida religiosa no século XIV, no qual Guilherme de Bascerville, um monge franciscano, (Sean Conery) é incumbido de investigar uma série de assassinatos.

Nosso "Sherlock Holmes" não decepcionou e elucidou os crimes.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tomba a árvore símbolo de Anne Frank

Odete Soares Rangel

Foto:Peter Dejong, AP
Em Amsterdã, capital da Holanda, uma castanheira com 150 anos tem sua vida ceifada pela violência do vento e da chuva; fenômenos que vem assombrando as populações pelo mundo. Ela tombou sobre um jardim, danificando outras espécies. 


A majestosa árvore era parte da história de Anne Frank e dava um tom colorido à vida dela, enquanto se refugiava dos nazistas, durante a II Guerra Mundial.

Em 2007, a castanheira de 27 toneladas foi objeto de conflito, haja vista que as autoridades de Amsterdã determinavam que fosse cortada, pois era portadora de fungos e estaria apodrecendo, portanto um risco para as pessoas que transitavam nas proximidades. A idéia foi rejeitada, pois para muitos a castanheira era um símbolo da liberdade, assim não foi derrubada. A alternativa encontrada foi cercá-la com um sistema de apoio de aço.

A judia Anne Frank, símbolo do Holocausto, nasceu em 1929, na cidade alemã de Frankfurt. Em 1933, ela emigrou com sua família para a Holanda. Sete anos após, a Alemanha liderada por Adolf Hitler invadiu o país. O esconderijo de Anne em Amsterdã foi descoberto pelos alemães e ela foi levada a um campo de concentração, onde morreu. O Diário de Anne Frank foi publicado em 1947.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Formatura e Magia

Odete Soares Rangel


No dia 21.08.2010, tivemos o prazer de participar das formaturas das nossas queridas sobrinhas Natália e Isis Rangel, nas áreas de Relações Públicas e Letras, respectivamente, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.


A cerimônia foi linda, emocionante, mas sobretudo mágica. A alegria, a união e a afetividade entre os formandos mostraram o “calor humano” que é peculiar do RS.


A missão da PUC  é: “A PUCRS, fundamentada em princípios da Ética e do Cristianismo e na tradição educativa marista, tem por Missão produzir e difundir conhecimento e promover a formação humana e profissional, orientada por critérios de qualidade e relevância, na busca de uma sociedade justa e fraterna”. Assim, entende-se que a Universidade contribuiu para essa união entre os formandos, proporcionando a eles uma formação ética, de qualidade e humanitária. 


Foi impossível não derramar algumas lágrimas durante a cerimônia, emocionei-me muito. Eu e o Telmo (tio dindo) ficamos muito felizes de podermos ter participado desse momento tão especial na vida dessas vencedoras, que, merecidamente, comemoraram com muita alegria e dança no pé, o encerramento dessa fase marcada por tantos esforços despendidos e pelas dificuldades superadas.


Isis e Natália estavam radiantes, expressavam uma enorme felicidade com essa conquista, seus olhos brilhavam, e só por isso, pode-se dizer que toda a abnegação delas em prol dessa causa valeu a pena. A felicidade de ambas e da sua família com a presença dos convidados que foram comemorar com eles a vitória conquistada, deu-nos a certeza de que nossa viagem atingiu seu objetivo. Esses fatos, a emoção das homenageadas e seu carinho demonstrado, reforçou nossa convicção de que a família, o apoio e o amor expressado, especialmente, nos momentos necessários e importantes, vai nos unir para sempre, independente de onde estejamos.


Os pais Eduardo e Simone Rangel não mediram esforços para proporcionar a Isis e a Natália a festa que elas mereciam. Eles não se arrependeram, estavam deveras emocionados e felizes. A empresa de eventos que organizou a festa foi muito feliz na organização e nos efeitos. O jantar estava delicioso. Enfim, a festa foi linda, a alegria contagiou a todos os presentes que dançaram embalados por belas canções até às 3 horas da madrugada.


Estão de parabéns a família e as formandas.  Desejamos que esse recomeço para Isis e Natália seja marcado por muitas conquistas. Lembro-as, porém, que o ser humano nunca está pronto, cada dia é marcado por novas buscas e aprendizagens. Trilhar esses novos caminhos com segurança, sabedoria, fé e afetividade, é crer e transformar tudo em possível. As vitórias virão como uma consequência natural. Hoje, elas já são vitoriosas, especiais, nós as admiramos e as amamos muito.


Obrigada a família Rangel por ter dividido conosco esse momento tão belo e especial, ele estará eternizado em nossas mentes.


Na foto acima, da esquerda para a direita temos a mamãe Simone, o mano Matheus, Natália, Isis e o papai  Eduardo.


Foto profissional da família Rangel
Cadê a Simone?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Universitário com instinto de investigador

Odete Soares Rangel

Li a matéria com o título Universitário de Porto Alegre descobre crime satânico pela web no Jornal Zero Hora de 19.08.2010, de autoria de Humberto Trezzi. Decidi fazer um alerta, pois esse tipo de crime tem aumentado muito. Assim, sugiro que leiam a matéria e tirem suas próprias conclusões.  

O crime foi elucidado, segundo a matéria, pelas descobertas do estudante porto-alegrense Marcos Vinícius Fonseca Neto, estudante de História da PUCRS, o qual teria acionado a Polícia Civil, o que culminou com a prisão dos autores do crime. Esses teriam confessado o homicídio, praticado durante um ritual satânico e foram presos.  


Parabéns Marcus Vinicius, você é o Herói dessa história! Você foi muito corajoso, prestou um serviço de fundamental importância e de utilidade pública. Que sirva de alerta para os jovens e seus pais, estes últimos, muitas vezes, permitem que seus filhos passem dias e noites logados, sem qualquer controle das suas ações on-line. 


Marcus Vinicius seria um ótimo investigador, viva nosso Sherlock Holmes brasileiro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Internacional é bicampeão da América

Odete Soares Rangel

Eu sou gremista e adoro assistir jogos de qualquer natureza. Não sou especialista no assunto, por isso vou expressar meu ponto de vista sobre o jogo Inter X Chivas na data de hoje (18.08.2010).


Detesto violências ou atitudes antidesportivas, como as que aconteceram com alguns jogadores do time Chivas de Guadalajara. Foi revoltante ver  a atitude, totalmente, desrespeitosa do meia Bautista do Chivas que começou a fazer aquecimento durante a execução do Hino Nacional. Por essa razão já deveria ter sido punido.


Também a atitude antidesportista de alguns jogadores do time do Chivas, como por exemplo; o da camisa de número 4 que desferiu três socos nas costas do jogador adversário, mais tarde o de número 16 repete a cena agredindo outro jogador do Inter, e mais tarde Arellano dá uma tesoura em D'Alessandro e recebe cartão vermelho, sendo expulso. Até que enfim, o árbitro tomou uma atitude. Afinal o time do Chivas veio jogar bola, boxe ou enfrentar um campo de batalha?


Sempre me impressiono quando o árbitro e bandeiras não vem determinadas atitudes, como àquela do jogador da camisa de número 4, o qual, na minha opinião, deveria ter sido expulso. E mais indignada fico quando vejo uma penalidade não marcada ou marcada erroeamente e sei que não será revertida.


O jogo poderia ter sido uma grande festa, não fosse todos esses incidentes e mais a confusão dentro do campo, após o final da partida. Mas o tumulto foi controlado e os jogadores do Internacional comemoraram a vitória no gramado.


O Inter venceu o Chivas por 3 a 2  no Estádio Beira-Rio e conquistou o bicampeonato da Copa Libertadores da América 2010.


Os garantidores dessa vitória e heróis dos gols foram Rafael Sobis, Leandro Damião e Giuliano.


O Internacional é Bicampeão da América gente!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Clepsidra

Odete Soares Rangel

Camilo Pessanha é considerado o mais verdadeiro representante do simbolismo português. Ele destacou-se, sobretudo, pela qualidade rítmica e musical dos seus versos, aproximando-se de Verlaine. Introduziu novas propostas de linguagem literária, nas quais, o poder sugestivo da palavra, o uso da metáfora, do símbolo e dos processos rítmicos inovadores desenharam o estilo de uma época. Publicou, em vida, apenas um livro de poesias, “Clepsidra” (1920). Sua poesia manifesta uma calma e melancolia resignadas, por vezes um pessimismo, aliado ao sentimento do fluir do tempo e da inutilidade dos esforços humanos.

Síntese da crítica de Paulo Franchetti em “Clepsidra”

Esta síntese é o resultado do meu entendimento sobre a leitura da obra.

No “quase prefácio”, Vera Vouga dá um panorama sobre a edição crítica de Clepsidra escrita por Paulo Franchetti em sua tese de doutoramento. Este achava insustentável e abusiva a revisão de João de Castro Osório.

A referida edição surgiu da necessidade de deixar transparente a obra, eis que as edições vigentes não revelavam a verdade absoluta sobre o autor e a obra, o leitor era induzido ao erro e a falta de interesse na leitura.

A intenção de Franchetti era escrever um ensaio sobre a poesia de Camilo Pessanha no quadro do simbolismo europeu. Entretanto, na medida em que aprofundava seus estudos, constatou problemas nas edições vigentes. Decidiu, então, fazer a edição crítica citada.

A obra compõe-se de três partes:

I) Introdução, contendo a apresentação da história das edições da poesia de Camilo, à descrição do conjunto de testemunhos, à exposição dos critérios que nortearam a escolha de cada lição;

II) Conjunto dos textos poéticos;

III) Anotações e comentários informativos e a listagem das variantes. Ao final, segue a bibliografia, em apêndice, a lista dos autógrafos conhecidos e a relação dos poemas publicados em vida.

Os poemas de Pessanha foram publicados avulsos em vários jornais de Portugal e Macau.Em 1920 - Edição “A” - com 30 poemas: por iniciativa de Ana de C. Osório, Clepsidra foi editada em Lisboa, única em vida do autor. Depois da morte dela, seu filho João Osório incorporou para si a tarefa e buscou atualizações da obra, pois segundo ele novos e inéditos documentos iam sendo revelados;

Em 1945 - Edição “B” – com 41 poemas: Publica-se, então, a 2° edição do livro, com o título de “proparoxítono de Clepsidra” incluindo 11 novos poemas;

Em 1956 - Edição “C” – com 41 poemas: nessa data foi republicada, com o mesmo título;

Em 1969, Edição “D”- 56 peças: surge uma quarta edição que se apresenta como definitiva e inclui poemas não integrantes da edição anterior, além de outros textos em prosa e verso, algumas anotações de variantes e textos e comentários da autoria do organizador da obra. As reedições pela Ática, após a morte de João Osório, eliminaram parte dos textos por ele escritos.

A partir dessa, surgiram as demais edições, umas mal transcritas, outras bem elaboradas, mas que seguiam textualmente as lições e leituras de Osório. Entre elas, incluem-se a de Antonio Quadros e Bárbara Spaggiari. Antonio Quadros aglutinou toda a obra de Pessanha em sua edição, objetivando igualá-la a 1° , haja vista que as demais são de João Osório e deixavam a desejar na opinião dele. Pelo que percebi no decorrer do livro, essas contém informações manipuladas que não correspondem à realidade. A edição de Spaggiari carece de complementações de informações, não esclarecendo pontos dúbios nas de João Osório. Ambas pouco contribuíram para as edições dos Osórios.

A partir da necessidade de um texto crítico sobre as edições de Osório, Franchetti decidiu investigar a história e a evolução dessas, tentando apresentar um claro juízo de valor sobre o seu sentido e responsabilidade. Reordenou, numerando os poemas, mas foi a única mudança, pois, o texto permaneceu igual ao de 1969.

Edição de 1920 – composta de 30 peças, um poema isolado “Inscripção” mais 15 sonetos, depois 13 poemas e ao final um outro poema isolado, sob o título “Final”.

Edição de 1945 – João Osório acrescentou 11 poemas (7 sonetos e 4 poesias) aos que constaram da edição anterior e reordenou o livro como um todo, atribuiu títulos a dois poemas de “A” e a dois outros que acrescentou.

Edição de 1969 – ele acresceu mais um soneto e cinco poesias, duas das quais agrupadas a um poema já existente, para formar o Roteiro da Vida. Reordenou os poemas, nomeou quatro deles que vinham sem título da edição “A” nas edições anteriores. Ele também excluiu o poema “Lúbrica” para uma secção que intitulou “outros Poemas”. Essa é composta de:

I) Poemas iniciais com 4 textos;

II) Poemas de Ocasião e Fragmentários com outros 4 textos;

III) dois sonetos de Satírica Imitação.
O livro que recolhia a obra poética de Pessanha passou a conter 56 peças e a chamar-se, Clepsidra e outros poemas.

Com relação à origem dos textos que originaram a Clepsidra de 1920, podemos dizer que a “edição de A” continha 18 poemas em manuscrito autógrafo de Camilo e uma transcrição. Um dos poemas revela a data de 15 de Janeiro de 1916, podendo esta referir-se ao primeiro texto ou ao conjunto da obra.

Do total de 30 poemas da 1° edição desconhecia-se a origem de 11. João Osório declara numa nota explicativa da segunda edição, que o soneto “Estátua”, e as poesias “Crepuscular e Interrogação” foram recolhidos de um jornal e aprovadas pelo autor para inserção no livro, pois não havia autógrafos deles, e que o restante da edição A, teria sido confeccionado sobre autógrafos.

Entretanto, no “Novo comentário da 2° edição” ele se contradiz quando afirma que o soneto “Ó meu coração” não fora escrito para ele. Tinha-o copiado de um autógrafo de Pessanha ao filho de um amigo seu.

Também se contradiz numa secção do texto introdutório a D, no poema “O meu coração desce”, que fora dado ao poeta Alberto Osório de Castro, o qual lhe teria fornecido para copiá-lo quando colecionou e ordenou a Clepsidra. Assim, esse não fora escrito para “A”. Sobre esse mesmo poema, disse ele num comentário “Foi-me também ditada por Camilo Pessanha esta sua breve poesia”.Além das três diferentes origens para a lição do poema em A, há um fato novo de que Pessanha teria lhe ditado poemas, entretanto, verifica-se pelas notas que somente na edição de 1969, ele diz que o poeta lhe ditara poemas. Porém seus equívocos são tantos, que essa situação pode não corresponder à verdade.

Paulo Franchetti tenta resumir o que tem por verdade absoluta sobre os poemas da edição “A”. Os poemas foram colhidos de várias fontes, “Estátua, Interrogação e Crepuscular” recolhidos de um jornal. Dos oito restantes, alguns parecem ter vindo de jornais colecionados pela família de Castro; outros publicados a partir de cópias de manuscritos que Pessanha enviara a amigos.

O que verifica-se dos comentários de Franchetti nos 8 poemas, é de que carecem de credibilidade as fontes indicadas por João de C. Osório, eis que não são provadas documentalmente, além de ele se contradizer em algumas situações.

A seguir temos a visão de Franchetti, sobre a origem dos textos acrescentados na Clepsidra de 1945 e 1956. Os 11 poemas inseridos em “B”, vieram também de fontes diversas. Diz Franchetti “... são os sonetos que não constavam de “A”: os três que foram o conjunto em “B” denominado Caminho; o díptico intitulado em B são Gabriel; os que começam por “Á flor da vaga, o seu cabelo verde,” e “Desce por fim sobre o meu coração”. Em relação às poesias, os novos textos são : Lúbrica, “Enfim levantou ferro...” ; Viola Chinesa; “porque o melhor enfim”.

Para compor a edição “B”, Osório tinha apenas dois autógrafos - “Lúbrica e Enfim levantou ferro”- os quais não foram localizados. As outras peças vieram de revistas e jornais, ou de cópias manuscritas enviadas por terceiros, de autógrafos ou publicações cujo editor não tivera acesso.

De órgãos da imprensa foram coletados os poemas: “ Porque o melhor enfim...”; da Seara Nova (24/8/1940); “Desce enfim...”, da Revista de Portugal (Nov/1940) ambos publicados por Carlos Amaro a quem pertenciam os manuscritos autógrafos; “À flor de vaga...”, do periódico “O Portugal” (29/4/1900). Os seis restantes chegaram a João Osório por cópias manuscritas.

A Clepsidra de 1969 surge sob o título “Clepsidra e outros poemas”, com mais um soneto e quatro poesias. O soneto é o que lá se intitula Madalena, e as poesias são: Vida; as 2° e 3° partes do Roteiro da Vida; um poema que Osório denomina de Água Morrente e o poema intitulado Branco e Vermelho. Desses, Pessanha, em 1916, referiu-se apenas a este último. Os demais foram descobertos posteriormente a B, sem qualquer menção anterior por parte de Osório.

Os poemas “Madalena, Água Mormente, Vida e Branco e Vermelho”não eram inéditos, eis que foram publicados antes da edição de 1945. e João Osório apenas os transcreveu alterando a origem da publicação. Já os fragmentos que originaram Roteiro da Vida constavam do caderno de Pessanha, hoje no arquivo histórico de Nassau.

João Osório defendia a edição de 1969 como definitiva, um poema uno, com início e fim de intensa e profunda explicação psicológica.

No que se refere à ordenação da “Clepsidra” por Osório, ele diz que se embasou nas notas acrescentadas aos autógrafos de 1916, e observadas por ele em 1920 e sugeria como base para as alterações de ordem do livro de 1945, e uma lista de poemas que faltava recolher para a Clepsidra (de 1920).

Osório diz que a lista de poemas – sonetos e poesias, fora elaborada por Pessanha quando regressou a Nassau para a edição de 1945. Das exposições desse editor, Franchetti concluiu que, a informação a respeito da divisão do livro em poemas indicados e não-indicados pelo autor para compor a obra, não pode ser aceita. Se crível, deveriam ser deslocados do corpo do livro para a secção dos não-indicados, os textos da edição de 1969, “San Gabriel, Caminho, Água morrente, Vida e Roteiro de Vida”.

O editor é ambíguo, pois diz “ ainda nas vésperas do seu embarque estabeleci com ele uma lista de poemas que me faltava recolher”. Verdadeira ou não, a referida lista não foi localizada nos papéis na Biblioteca Nacional. Camilo de fato fez uma lista de poemas em 1916, da qual hoje resta apenas um fragmento. Fora escrita no verso de uma dedicatória, ou melhor, de uma procuração versificada e colada à contracapa da edição de 1920. Franchetti afirma que a lista descrita por Osório não existe junto aos documentos na Biblioteca Nacional, pelo menos não no formato que ele indica.

Franchetti concluiu que é falaciosa a afirmação de Osório quanto à ordenação do livro em “A,B,C ou D” conforme a vontade do autor, pois esse não separara as poesias dos sonetos. Pode-se imaginar que Osório tenha tentado recuperar , quando da edição de B, as informações de que dispunha e as tivesse atribuído ao autor.Assim, por exemplo, entenderíamos como o soneto Madalena passara a poesia com refrão.

Real ou não a história da lista, não se pode concluir pela procedência do que defendia Osório, de que a sua ordenação de Clepsidra, edição de 1969, correspondia fielmente à intenção do poeta.

Com relação aos autógrafos para a Clepsydra de 1920 e alterações para a de 1945, Osório atribui à vontade de Pessanha a divisão em sonetos e poesias. Mas o que fica provado é que ele e a editora da 1° edição desrespeitaram as únicas indicações de seqüência que o autor deixara registradas nos autógrafos de 1916. A tal indicação, Osório fizera menção uma única vez e de forma falaciosa. João e Ana Osório intitulavam-se os únicos detentores da herança literária de Pessanha.

Para Marchetti, todas as declarações de Osório sobre a intenção de Pessanha que teria seguido fielmente, podem ser colocados em dúvida. As mudanças na ordenação do livro devem ser creditadas a sua exclusiva responsabilidade, devendo-se, buscar uma nova ordenação dos poemas, conhecidos de Pessanha.

As reordenações de Clepsidra de 1945 e 1969, não merecem credibilidade.E a de 1920, obedeceu à vontade de Camilo? O autor enviara a Ana uma carta na qual agradece a publicação, disposição e ortografia da obra, não há precedentes de que ele tenha participado da ordenação. Ana, numa entrevista ao Diário de Lisboa, coloca Pessanha como um poeta sem atividade de escrita, ditando-lhe os poemas. Mas ao contrário, ele publicava em jornais e revistas e distribuía autógrafos.

Os poemas que abrem e fecham o livro seguem as orientações de Pessanha, porém os que intermeiam a obra e sua ordenação em duas partes, não há como afirmar que tenham sido embasados na vontade do autor. Pelo menos na ordenação de alguns poemas, na Clepsidra de 1920, está provado que a vontade fiel do poeta, expressa nas indicações de conjunto e sequência presentes nos autógrafos, não foi obedecida.

Franchetti defende que o conjunto de todos os poemas deva ter o mesmo nome da edição de 1920 e propõe uma nova ordenação dos documentos.

Franchetti esforçou-se para eliminar as intervenções não justificadas dos editores como a normalização da métrica de Pessanha, a eliminação de possíveis cacófagos, a pontuação dos versos e a supressão ou adição de nomes aos poemas. A poesia Madalena, por mim analisada, foi um dos poemas que recebeu título pelo editor. Havendo conflito entre o autógrafo e o publicado por Osório, Franchetti coerentemente buscou modificar o texto deste, ainda que esse alegasse autoridade de editor para justificar sua correção.

Franchetti utilizou-se de todas as fontes existentes (edições, manuscritos autógrafos, caderno com manuscritos autógrafos e recortes de poemas publicados, manuscritos autógrafos dispersos, poemas publicados em jornais e revistas, textos publicados postumamente) e para sua análise, o que fez com propriedade.

Franchetti aceita integralmente o texto dos manuscritos de 1916, o poema “Foi um dia de inúteis agonias” foi por ele pontuado. Também acrescentou notas explicativas sobre os autógrafos.
No Arquivo Histórico de Macau, há o caderno de Pessanha. Um bloco de folhas de almaço sem pauta, com a marca dágua “Prado Thomar”, medindo 21,5 por 29,5 cm, encadernadas numa capa feita com papel oleado de um verde muito escuro, presa por dois ilhoses. Hoje ele tem 14 folhas, mas certamente outras haviam e se dispersaram, a exemplo da que continha o fragmento “Enfim, levantou ferro” que pertenceu a Carlos Amaro.

Franchetti registra que alguns dos textos do caderno foram corrigidos e aperfeiçoados. Ele priorizou o texto de 1916 em detrimento de outros. Todos os textos integram a Clepsidra, mas nem todos têm equivalente manuscrito em 1916.

Fica evidente o prejuízo para a obra, da distribuição informal dos poemas de Pessanha, assim como a má formatação ou não formatação de poemas definitivos.

Os poemas publicados em vida do autor não foram poucos. Muitos foram colhidos diretamente dos periódicos para as edições dos Osório.

Dos poemas “Branco e Vermelho, Porque o melhor enfim e Desce enfim sobre o meu coração” Franchetti não localizou os autógrafos que os teriam embasado sua publicação por Osório.

Franchetti não considera seu trabalho uma obra acabada, mas acha difícil que um novo conjunto venha a ser compilado em virtude do tempo transcorrido. Entretanto, espera que surjam fatos ou textos novos que motivem outro documento que venha a público.Às paginas de n° 76 a 78, ele enumera e comenta os textos que se perderam no todo ou em parte.

O poema “Ó Magdalena, ó cabelos de rastos” foi publicado pela primeira vez em O INTERMEZZO – Jornal de Arte, 3, 2° série, intitulado “soneto” e composto em Coimbra. Daí o colheu João Osório que o incluiu na edição D (não constou em A/B) dando-lhe o título de “Madalena” e alterando a pontuação.

Análise do poema
    Ó Madalena, ó cabelos de rastos
    ...e lhe regou de lágrimas os pés,
    e os enxugava com os cabelos da sua cabeça.
    Evangelho de S. Lucas.
    Ó Madalena, ó cabelos de rastos,
    Lírio poluído, branca flor inútil,
    Meu coração, velha moeda fútil,
    E sem relevo, os caracteres gastos,

INTERPRETAÇÃO DA I ESTROFE:
  •  O “Ó” denota importância a frase, “cabelos de rastos” são cabelos longos que deixam rastos por onde Madalena passa e que tem utilidade, nesse caso secar os pés de Jesus;
  • “lírio poluído” representa o pecado dela e “branca flor inútil” que ela não serviu para embelezar o ambiente, além da preferência que Camilo tinha pela cor branca;
  • sentimentos sem valor, não podiam ser trocados por nada;
  • na última linha, significa sem destaque, escrita com pouco valor.
     De resignar-se torpemente dúctil,
    Desespero, nudez de seios castos,
    Quem também fosse, ó cabelos de rastos,
    Ensangüentado, enxovalhado, inútil,

INTERPRETAÇÃO DA II ESTROFE:
  
Na linha 1°, Madalena renunciava a desonestidade flexível;
na 2°, ela pode estar descontente por não ter sido mãe;
na 3°, existiria alguém capaz de ser como ela;
Madalena com nome manchado, mal falada, inútil pode referir-se a sua vida sem sentido, sem grandes feitos.
     Dentro do peito, abominável cômico!
    Morrer tranquilo, - o fastio da cama.
    Ó redenção do mármore anatômico,

INTERPRETAÇÃO DA III ESTROFE:
 Na 1° linha, sentimento tão odioso que chega a ser cômico;
Na 2°, desejo de morrer em paz, sem o peso dos pecados que lhe foram perdoados e livrar-se da maldição da carne que se concretiza na cama;
Na 3°, a sepultura seria o meio de purificação para ela.
    Amargura, nudez de seios castos,
    Sangrar, poluir-se, ir de rastos na lama,
    Ó Madalena, ó cabelos de rastos!

INTERPRETAÇÃO DA II ESTROFE:
Na 1° linha, angustiada por não ter se realizado como mãe;
Na 2°, do que ela foi, só sobrou desventuras;
Na 3°, Madalena salva tornou-se importante, assim como seus cabelos que contribuíram para esse fato. As frases iniciais e finais são semelhantes, entretanto na primeira não havia a exclamação desta última significando uma admiração, enlevando essa mulher que transformou-se.

Entendi que a edição crítica de Paulo Franchetti trouxe enorme contribuição para a literatura portuguesa. Pois até, então, as edições de Clepsidra, apesar de pouco questionadas, eram recheadas de distorções, equívocos, alterações não autorizadas, informações suprimidas ou, ainda, adicionadas sem comprovação da fonte de origem e vontade do autor. Ao que parece, os editores manipulavam as informações, de acordo com sua visão e autoridade que diziam ter sobre a herança literária do autor.

Ele mostra ao leitor a importância de ser crítico com o que se lê, pois nem tudo pode ser considerado bom e fidedigno. Fica claro também, a necessidade de se registrar as fontes de pesquisa, não apropriando-se de informações que não são nossas e que poderão vir a ser reveladas por outrem.

Outro fator importante é pesquisar o assunto até esgotá-lo antes da publicação, assim evitar-se-iam os equívocos e abusos cometidos pelos editores dessa obra.

Percebi que nas edições de 1920 até 1969, a obra sofreu várias transformações. Textos inéditos existiriam, porém tais documentos nunca vieram a público, então João Osório passou a mencionar supostos diálogos com Pessanha. Desses, nada se comprovou e do que existe a ser consultado no espólio de Pessanha na Biblioteca Nacional, não só não abona as teses de Castro Osório, como as desautoriza por completo. Dessa forma, esse editor extrapolou no seu poder de decisão desconsiderando a vontade do autor.

É óbvio que a contribuição dos Osório na publicação e conservação da obra de Pessanha, não pode ser negado. Isso, porém, não lhes autoriza manipularem influências e informações visando manter a exclusividade dos direitos sobre a obra de Pessanha.

Segundo Franchetti atribui-se a eles, o extravio de alguns documentos, como por exemplo, umas tantas poesias em "forma definitiva", que Pessanha enviara em 1907 a Alberto Osório de Castro e que já não pareciam existir quando da edição de 1920. Isso demonstra o descuido com tais documentos e segundo nos parece, estariam os editores preocupados em editar o livro, e não com a verdade nua e crua que devia ser passada ao público.

Não há registro da participação de João Osório, na primeira edição da Clepsydra, atribuindo-se esta tão somente a Ana Osório. Vejamos o que ela responde a um repórter quando entrevistada. Ela dá a entender que Pessanha não exercia a atividade de escrita, o que ficou provado por Franchetti não ser verdadeiro.

“-- Foi V. Exª que o forçou a publicar, não é verdade?
Sim, fui eu. De há muito conheço Camilo Pessanha. É um verdadeiro poeta e um verdadeiro sonhador. Mas é também um tímido e um misantropo. Camilo Pessanha nunca escreveu um só dos seus versos. Compõe-nos nas suas horas de inspiração, e guarda-os na memória. Só consente em dizê-los às pessoas de mais intimidade. Há tempos, tendo eu ouvido alguém recitar versos seus, deturpando-os e truncando-os sem piedade, pensei que era absolutamente necessário reunir num volume algumas das suas melhores poesias. Então, sem dizer ao poeta os meus planos, pedi-lhe que fosse ditando versos seus, pois queria guardá-los num caderno. Camilo Pessanha ditou-me algumas belas poesias. E foi assim que nasceu a Clepsidra.”

Quando se publica a segunda edição, aumentada, da Clepsidra, João de Castro Osório reivindica seus direitos sob a alegação de ter salvado a poesia de Pessanha; reivindicação essa que ganha corpo quando da edição de 1969, como base dos argumentos para dar por encerrados os trabalhos de estabelecimento dos textos e fixação da sua ordem dentro do livro. Porém, pelo trabalho de Franchetti fica provado que ele desrespeitou a vontade do autor na ordenação do livro.

O rigor e a confiabilidade dos registros dele com os textos de Pessanha deixou a desejar, assim como a manipulação da verdade e informes em proveito próprio.

Falhou João Osório ao não corrigir nas suas edições, transcrições errôneas da primeira, ao adicionar títulos aos poemas que não foram dados por Pessanha, na má transcrição de alguns versos, na supressão de informações contidas nos autógrafos ou distorções destas. As contradições desse editor, mostradas por Marchetti no decorrer de sua crítica, põe em dúvida não só esses pontos polêmicos, mas a obra como um todo.

Entendemos, que apesar da grandiosidade da obra de Franchetti, ele também falhou em alguns aspectos, uma vez que adotou a lição da edição de 1969, apenas registrando os erros em notas de rodapé ou comentando-os, quando poderia tê-los corrigido diretamente nas poesias.

Também não se certificou de que todos os textos do autor estejam inclusos nessa obra, e mais, diz ele que alguns textos se perderam no todo ou em parte, porém conseguiu recuperá-los.

Ele também não esclareceu a alteração feita no nome da obra, sendo que Pessanha tinha inclusive grifado o “Y” de Clepsydra, portanto essa devia ser à vontade do autor. Embora a grafia correta para “relógio de água” seja Cepsidra, talvez por isso a alteração.
Enfim, ele critica as edições anteriores, trazendo dados importantes, mas registra seu desejo de que outras edições se concretizem para esclarecer pontos obscuros que ainda não puderam ser elucidados.