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quinta-feira, 29 de março de 2012

Assamos a lua na churrasqueira do mar

Odete Soares Rangel

Fonte: http://www.victoreleo.com/

Assamos a lua na churrasqueira do mar! 
A frase é do Vitor da dupla Vitor & Leo, falada durante o show de gravação do novo DVD da dupla, na beira mar continental, em Florianópolis, na data de 28.03.2012.

Essa metáfora usada por Vitor transformou-se em uma poesia, pelo menos aos meus ouvidos.  São coisas especiais como essa que me encantam e me levaram ao show, além é claro do talento e do carisma dos dois. E olha que necessita-se de um pouco de paciência. Ficamos lá desde as 17 horas da tarde até o final do show, aproximadamente 2h20 da madrugada.

Quando o ouvi falando essa frase me emocionei muito com tanta sensibilidade, coisa linda! Da mesma forma, fiquei encantada quando ele cantou a musica Longe, que tem uma melodia e uma letra sensacionais. Na sua boca, a canção que embalou o coração de cada ser humano, tornou-se uma poesia para a alma.

 

Longe
Victor e Leo

Longe é um lugar que não existe
Quando se quer ficar bem junto
Não importa onde
Siga adiante pois o mundo
Vai além do horizonte
(refrão)

Meu amor,
Amor é mais do que palavra
É o lugar aonde estava
Quem te fez ficar
Sem ter o que dizer
Amor é o trivial que encanta
Um susto que a ninguém espanta
É cantar sem saber porque

Fuja pra si mesmo
Enquanto é tempo
Águas e tempos evaporam
Beba esse momento
Seja vizinho de onde moram
Seus melhores pensamentos
(refrão)

Meu amor,
Amor é mais do que palavra
É o lugar aonde estava
Quem te fez ficar
Sem ter o que dizer
Amor é o trivial que encanta
Um susto que a ninguém espanta

É cantar sem saber porque


Isso tudo aliado a sua beleza, a sua simplicidade, a sua verdade e ao seu talento, torna-o uma pessoa especial. Ele é muito mais do que tudo isso, ele é um ser humano caridoso, durante o show ele presenteou com um violão seu uma cantora que conheceu tempos atrás e que não possuía o instrumento para tocar. Não lembro o nome da moça, mas eles contaram como a conheceram e como reconheceram nela um talento. Realmente a moça tem um vozeirão.

Vitor tem o dom da comunicação, a cada vez que o ouço, mais me encanto. Parece que as palavras brotam da sua boca como flores desabrochando, mas nascem no seu coração, é como se tivessem alma.  Ele é todo sentimento, é assim que o sinto.

Mas o Leo também arrasou com Não precisa e emocionou com muitas das canções, ele põe alma na música quando canta.

E foi com a emoção em alta que ouvi atentamente, dançando e acenando com as mãos, a dupla Vitor & Leo, Paula Fernandes, Nando Reis, Pepeu Gomes,  Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano,  Tiaguinho, Haroldo Ferreti (baterista do Skank), Marciano, e outros profissionais que embalaram os sonhos de muita gente. 

Pepeu Gomes uniu-se a  Vitor & Leo no palco e cantaram a música "Sexy Iemanjá", que em outros tempos foi a abertura da novela Mulheres de Areia. Ele dizia-se lisonjeado com o convite da dupla.

Vitor & Leo vieram a Florianópolis para realizar o show de gravação do novo DVD. Eles contaram que certa vez sobrevoando a Ponte Hercílio Luz decidiram que ela seria sua inspiração para gravação do novo DVD, mas que o astral do povo contribuiu muito para a escolha da cidade. Pelo que entendi, o DVD contará com seis músicas inéditas.

Além desses fatores, o evento também faz parte das festividades de aniversário de Florianópolis. Houve um show de fogos de artifícios. Lindo, deu um colorido especial no céu. O show no geral, foi muito bacana. Houve pequenos senões que não tiraram o brilho do evento.

Assamos a lua na churrasqueira do mar!  Espero que venham muitas vezes cumprir essa promessa.

Sucesso para a dupla na sua carreira. 

Para saber mais sobre a dupla e sua agenda, acesse: http://www.victoreleo.com/index_site.html.


terça-feira, 27 de março de 2012

Vick Muniz, um artista dual

Odete Soares Rangel

Recentemente, numa viagem aos Estados Unidos, fui convidada por um amigo a assistir o documentário Lixo Extraordinário (2007-2009). Era sobre um trabalho realizado por Vick Muniz no lixão do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. 


Vick fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, para retratá-los posteriormente. Trabalho triste e alegre ao mesmo tempo, embora um ou outro diga amar o que faz por longos anos. Mas Vick, a partir das vivências do sofrimento e dos sonhos de cada um, mexe com seu imaginário, abrindo novas possibilidades para o grupo ou para alguns deles. Desperta neles o desejo de mudança, de uma vida melhor e mais digna. 


Comecei com pouco entusiasmo, muito lixo, histórias tristes, povo sofrido, povo feliz. E assim fui prestando atenção e me encantando com o vídeo.



                                               http://youtu.be/_pyR9qCd2F8

Vicente José de Oliveira Muniz, popularmente conhecido como Vick Muniz, nasceu em São Paulo, aos 20 de dezembro de 1961. Mais tarde, por caso do destino, se radicou em Nova Iorque . E, não por acaso, tornou-se um dos artistas brasileiros mais valorizados no mundo. 

Ele aprendeu arte nos museus de Manhattan. 


Dono de muitas obras famosas, todas lindas, usando materiais diversificados que vão desde diamantes até lixo, Vick encanta com sua arte e simplicidade.

The Gipsy Magna, a foto de uma catadora de lixo do Jardim Gramacho,  não sei bem porque, mas me conquistou. Talvez porque vi o documentário e a transformação da pessoa na foto. De uma pessoa simples, ganhou uma foto multicolorida, e mostra uma expressão facial feliz. Penso  que seja a energia e a alegria que invadiu o ser daquela mulher, transformando-a em uma estrela por um momento. Ela não cabia em si de felicidade. Sabe aquele momento em que parece que a tristeza e o sofrimento fazem parte do passado? Foi assim. Naquele momento para ela era como se o tempo passado nunca tivesse existido. Era só alegria! Ela era alguém importante. Ela existia. Ela era gente como os outros! Ela tinha chances de realizar seu sonho, de construir um novo futuro.

Não é sem razão que a série mais elogiada de Vick é Pictures of Garbage, que inclui The Gibsy Magna (foto acima). A modelo é a catadora de lixo, chamada Magna. O retrato foi inspirado em As Respigadoras, de 1857, do pintor francês Jean-Françóis Millet (1814-1857).    

Vick havia se formado em publicidade aos 22 anos, e trabalhava numa empresa de programação visual. Sua missão era aperfeiçoar as letras das mensagens publicitárias para que pudessem ser lidas com facilidade.

Certo dia, ao tentar apartar uma briga em um bar paulista, acabou baleado numa perna. O atirador que dizia-se rico, pagou pelo silêncio dele para que o assunto não chegasse aos jornais. E foi com esse dinheiro que Vick  foi morar no exterior, primeiro em Chicago, depois em Nova Iorque, realizando um grande e antigo sonho. 

Seu trabalho só faz referência ao Brasil quando ele desenvolve temas ligados a denúncia da pobreza e da miséria, como foi o trabalho no lixão do Jardim Gramacho. O dinheiro das fotos vendidas foi revertido para um projeto social na comunidade.

Vick quando chegou em Manhattan copiava telas clássicas dos grandes mestres da arte para se sustentar. Nessas, usava desde plasticina, chocolate, açúcar, diamantes até molho de tomate. Ao final, Vick revelou o resultado do trabalho, as pessoas ficaram extasiadas.

Parabéns Vick, sua arte inovadora ganhou o mundo. Fiquei encantada com as imagens do documentário e do google imagens.


Vale a pena ler mais sobre o assunto! Aventure-se!


http://teoliterias.blogspot.com.br/2011/09/documentario-lixo-extraordinario-joao.html,
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/865628-documentario-sobre-vik-muniz-e-indicado-ao-oscar.shtml
http://www.cineplayers.com/critica.php?id=2094

segunda-feira, 26 de março de 2012

Jane Goodall, a defensora da sustentabilidade

Odete Soares Rangel


Jane Goodall é o nome usual da mais conhecida cientista do Séc. XX, Valerie Jane Morris Goodall.  Ela nasceu em Londres, no dia 03 de abril de 1934.

Na luta por um mundo melhor, ela o viaja de ponta a ponta, sendo considerada uma messias da ecologia.

Ela fundou o movimento Roots & Shoots há 20 anos atrás, na Tanzânia

Jane, ainda, realizou estudos do comportamento dos chipanzés na África, o que revolucionou o campo da ciênca do mundo animal, na década de 1960. Quando criança, o pai presenteou-a com um chimpanzé de brinquedo chamado Jubilee. A partir daí,  ela foi criando uma afeição pelos animais. Segundo a Wikipédia ela ainda mantém o brinquedo, penso que tornou-se seu talismã de sorte, pois a fez despertar para o caminho que percorre, com muita alegria. 

Uma de suas metas é educar e promover estilos de vida mais sustentáveis.

Ela seguiu a risca as sugestões de sua mãe, que certa vez alertou-a: "If you realy want something, work hard and never give up; you'll find a way to make your dreams come true".  Essa mensagem a inspirou e a mobilizou a criar o movimento Roots & Shoots.

Com quase 78 anos, ela mantém a energia e a força para percorrer o mundo, promovendo a Roots e alertando sobre o planeta catastrófico que será deixado aos jovens, se o homem não desistir da devastação do meio-ambiente e não criar meios de sustentabilidade.

Ela aposta sua esperança nos jovens. Ela alerta sobre as consequências de não se cuidar do planeta adequadamente, dizendo: "We cannot keep growing indefinitely; there will come a time when the planet cannot sustain us. We already need to make huge changes to feed so many people."

Ela não é apenas uma primatóloga,  etóloga, antropóloga, ou mensageira de paz das Nações Unidas. Jane é uma mulher feliz, doce, amável com as pessoas e com os animais, se sente realizada pelo trabalho que desenvolve e pelos resultados benéficos dele para a preservação do planeta.  A exemplo do The Jane Goodall Institute criado por ela, seus esforços por um mundo melhor são  sua mola mestra na vida, cujos resultados são valiosos para o planeta, e para a humanidade.

As honras e prêmios por ela recebidos que você lerá a seguir foram transcritos da Wikipédia, e dão a dimensão exata da grandeza e da força dessa mulher valorosa.

Parabéns Jane, que seu legado não seja em vão.

"Awards and recognition

Honours

Goodall teaching about wetlands inMartha's Vineyard, 2006
Goodall has received many honours for her environmental and humanitarian work, as well as others. She was named a Dame Commander of the Order of the British Empire in a ceremony held in Buckingham Palace in 2004.[43] In April 2002, Secretary-General Kofi Annan named Goodall a United Nations Messenger of Peace. Her other honors include the Tyler Prize for Environmental Achievement, the French Legion of HonorMedal of TanzaniaJapan's prestigious Kyoto Prize, the Benjamin Franklin Medal in Life Science, the Gandhi-King Award for Nonviolence and the Spanish Prince of Asturias Awards. She is also a member of the advisory board of BBC Wildlife magazine and a patron of Population Matters (formerly the Optimum Population Trust). She has received many tributes, honors, and awards from local governments, schools, institutions, and charities around the world. Goodall is honored by The Walt Disney Company with a plaque on the Tree of Life at Walt Disney World's Animal Kingdom theme park, alongside a carving of her beloved David Greybeard, the original chimp who approached Goodall during her first year at Gombe.[44] In 2010 Dave Matthews and Tim Reynolds held a benefit concert at DAR Constitution Hall in Washington DC to commemorate Gombe 50: a global celebration of Jane Goodall’s pioneering chimpanzee research and inspiring vision for our future.[45]

Awards

  • 1980: Order of the Golden Ark, World Wildlife Award for Conservation
  • 1984: J. Paul Getty Wildlife Conservation Prize
  • 1985: Living Legacy Award from the International Women's League
  • 1985:Society of the United States; Award for Humane Excellence, American Society for the Prevention of Cruelty to Animals
  • 1987: Ian Biggs' Prize
  • 1989: Encyclopædia Britannica Award for Excellence on the Dissemination of Learning for the Benefit of Mankind; Anthropologist of the Year Award
  • 1990: The AMES Award, American Anthropologist Association; Whooping Crane Conservation Award, Conoco, Inc.; Gold Medal of the Society of Women Geographers; Inamori Foundation Award; Washoe Award; The Kyoto Prize in Basic Science
  • 1991: The Edinburgh Medal
  • 1993: Rainforest Alliance Champion Award
  • 1994: Chester Zoo Diamond Jubilee Medal
  • 1995: Commander of the Order of the British Empire, presented by Her Majesty Queen Elizabeth II; The National Geographic Society Hubbard Medal for Distinction in Exploration, Discovery, and Research; Lifetime Achievement Award, In Defense of Animals; The Moody Gardens Environmental Award; Honorary Wardenship of Uganda National Parks
  • 1996: The Zoological Society of London Silver Medal; The Tanzanian Kilimanjaro Medal; The Primate Society of Great Britain Conservation Award; The Caring Institute Award; The Polar Bear Award;William Procter Prize for Scientific Achievement
  • 1997: John & Alice Tyler Prize for Environmental Achievement; David S. Ingells, Jr. Award for Excellence; Common Wealth Award for Public Service; The Field Museum's Award of Merit; Tyler Prize for Environmental Achievement; Royal Geographical Society / Discovery Channel Europe Award for A Lifetime of Discovery
  • 1998: Disney's Animal Kingdom Eco Hero Award; National Science Board Public Service Award; The Orion Society's John Hay Award
  • 1999: International Peace Award; Botanical Research Institute of Texas International Award of Excellence in Conservation, Community of Christ International Peace Award
  • 2001: Graham J. Norton Award for Achievement in Increasing Community Livability; Rungius Award of the National Museum of Wildlife Art, USA; Roger Tory Peterson Memorial Medal, Harvard Museum of Natural History; Master Peace Award; Gandhi/King Award for Non-Violence
  • 2002: The Huxley Memorial Medal, Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland; United Nations "Messenger of Peace" Appointment
  • 2003: Benjamin Franklin Medal in Life Science; Harvard Medical School's Center for Health and the Global Environment Award; Prince of Asturias Award for Technical and Scientific Achievement;Dame Commander of the Order of the British Empire, presented by His Royal Highness Prince Charles; Chicago Academy of Sciences' Honorary Environmental Leader Award
  • 2004: Nierenberg Prize for Science in the Public Interest; Will Rogers Spirit Award, the Rotary Club of Will Rogers and Will Rogers Memorial Museums; Life Time Achievement Award, theInternational Fund for Animal Welfare; Honorary Degree from Haverford College
  • 2005: Honorary doctorate degree in science from Syracuse University
  • 2005:Honorary doctorate degree in science from Rutgers University
  • 2005: Presented with Discovery and Imagination Award
  • 2006: Received the 60th Anniversary Medal of the UNESCO and the French Légion d'honneur.
  • 2007: Honorary doctorate degree in commemoration of Carl Linnaeus from Uppsala University
  • 2007: Honorary doctorate degree from University of Liverpool
  • 2008: Honorary doctorate degree from University of Toronto
  • 2011: Honorary doctorate degree from American University of Paris
  • 2011: Order of Merit of the Italian Republic"


Acesse os links listados abaixo.

domingo, 25 de março de 2012

Literatura, paixão além da teoria

Odete Soares Rangel


Você sabia que o filósofo e linguista Tzvetan Todorov, nascido em 1939, em Sófia, na Bulgária, é um dos mais importantes pensadores do séc. XX?

É isso mesmo! Ele publicou a obra A Literatura em Perigo no Brasil. Certa vez ele disse numa entrevista a Revista Bravo que estudos literários como os seus, cheios de ismos, afastaram os jovens da leitura de obras originais.

Ele diz ainda que os livros acumulam a sabedoria que os povos adquirem ao longo dos séculos. E acrescenta que quando lemos, nos tornamos  especialista em vida.  Essa riqueza está no âmbito das ideias, mas também no conhecimento do ser humano em toda a sua diversidade.

Segundo ele, a escola deve ensinar o aluno a amar a literatura, a ler as obras em detrimento de ficar só na teoria literária. 

Despertar o interesse dos alunos pela literatura é o caminho. Através dos livros eles terão uma melhor compreensão do mundo em que vivem.

Ele critica o abuso de autoridade, no qual o professor define o que é importante para o aluno. Oh decisão arbitrária! 

Ele defende que o professor deve usar ferramentas para desvendar o sentido da obra literária, de maneira ampla, cujo estudo deve permear os conhecimentos históricos e linguísticos, as análises formal e do contexto social  e a teoria psicológica.

Já atuei em escola e pude sentir como os alunos estão afastados da literatura.  Como se voltam para INTERNET lendo resumos para fazer seus trabalhos.

Mas por outro lado, existem escolas que trabalham muito bem a leitura e a produção textual. Tive o prazer de realizar um trabalho com alunos das 6a e 7a séries de outra escola, pedindo que construíssem histórias a partir de imagens, o resultado textual foi surpreendente e maravilhoso.

Este fato ratifica os dizeres do linguísta Tzvetan. Despertar no aluno o gosto pela literatura, mas permitir que ele exerça sua criatividade, traz um resultado fantástico.

Inspire-se em Tzvetan, faça seus alunos amarem a literatura. Eles se tornarão leitores ávidos e críticos.

sábado, 24 de março de 2012

A poesia da hora

Odete Soares Rangel


As poesias transcritas são de autoria de Sylvia Amelia Carneiro da Cunha. Sua poesia, embora de longa data, reflete as difíceis situações que vivenciamos hoje na mídia e que são realidade no Brasil. Certamente, preferíamos não ver tais ocorrências, eis que não podemos modificá-las. É sofrimento demais para os menos favorecidos.

Mas Florianópolis mudou muito, e não sei se a autora, hoje, teria esse mesmo sentimento.

Para não ver


Quero dormir o sono bruto das pedras
para não ver o drama dos que passam fome.
Para não ver os que sofrem injustiças
nem crianças morando na rua...
Para não ver os que só valorizam a cor da pele.
Para não ver o triunfo dos incapazes,
os criminosos absolvidos,
a mentira substituindo a verdade
e a riqueza só nas mãos dos poderosos,
impassíveis e cruéis.


Despedida


Querida Florianópolis,
meu adeus , minha saudade
das belas praias piscosas,
das tuas montanhas formosas,
do teu céu cor de anil,
da figueira portentosa
e do relógio maluco
da vetusta Catedral
que o vento Sul sibilante
põe prá frente e põe prá trás.
Quem me dera aqui ficar
por muitos anos ainda
para poder contemplar
tanta beleza infinda!


Fonte: Revista da Academia Catarinense de Letras. No 13, Florianópolis, 1995.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Refrigerante ou suco natural

Odete Soares Rangel


Refrigerante é bom, não é?

Você é daqueles seres humanos que não vive sem tomar ao menos um refrigerante por dia? Eu era sim, adorava uma coca-cola, depois descobri alimentos mais saudáveis e passei a tomar sucos naturais.

Mas se você continua apaixonado por refrigerantes, leia a matéria escrita por , em 21.03.2012. Se você se ama, talvez mude de escolha. Leia-a no link abaixo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Pedido de orçamento, uma fraude! Fique alerta!


Você, assim como eu, já deve estar cansado de receber mensagens fraudulentas. A sorte das pessoas, é que o próprio sistema as joga direto para o SPAM. E porque as divulgamos. Outro dia um leitor agradeceu a informação, senão teria caído no golpe.

Você já imaginou todas as suas informações particulares nas mãos de um malfeitor. Pense nisso! Denuncie mensagens dessa natureza e nunca acredite em produtos ou serviços que lhes sejam oferecidos de forma muito vantajosa, caso desconheça o emissor.  Lembre-se, milagres não existem. 

Lá vai mais uma recebida nesta data.  Senhor dai-me paciência!




domingo, 18 de março de 2012

100 livros essenciais da literatura brasileira

Odete Soares Rangel

A revista Bravo selecionou os 100 melhores livros dos melhores autores do país. Melhores para os críticos que os escolheram, não sei para você. Literatura é uma coisa muito pessoal, o que é bom para mim, pode não o ser para você. Mas, tenho lido a revista e ficado encantada com muitas das matérias  sobre literatura, e especialmente as entrevistas publicadas. Lembro que li duas que gostei muito, uma com José Saramago e a outra com Marco Nanini. No site http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/100-livros-essenciais-398904.shtml você encontra a matéria completa sobre os 100 livros da literatura brasileira considerados imperdíveis.

Os livros, cujos títulos estão em itálico, foram os que já tive o prazer de ler. Alguns não entendi muito bem, outros não me foram de todo prazerosos, outros gostaria de reler, mas há aqueles que ficarão na minha memória e no meu coração para sempre, pois me apaixonei por eles, a exemplo de Macunaíma e Vida e morte Severina.

Abaixo transcrevo a lista dos livros indicados, em ordem alfabética de autor.  Boa leitura!


Você pode ainda visitar o site da BRAVO: http://www.bravo.pt/ .

“Adélia Prado: Bagagem

Aluísio Azevedo: O Cortiço

Álvares de Azevedo: Lira dos Vinte Anos
                                       Noite na Taverna

Antonio Callado: Quarup

Antônio de Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda

Ariano Suassuna: Romance d'A Pedra do Reino

Augusto de Campos: Viva Vaia

Augusto dos Anjos: Eu

Autran Dourado: Ópera dos Mortos

Basílio da Gama: O Uraguai

Bernando Élis: O Tronco

Bernando Guimarães: A Escrava Isaura

Caio Fernando Abreu: Morangos Mofados

Carlos Drummond de Andrade: A Rosa do Povo
                                                           Claro Enigma

Castro Alves: Os Escravos
                          Espumas Flutuantes

Cecília Meireles: Romanceiro da Inconfidência
                                Mar Absoluto

Clarice Lispector: A Paixão Segundo G.H.
                                  Laços de Família

Cruz e Souza: Broquéis

Dalton Trevisan: O Vampiro de Curitiba

Dias Gomes: O Pagador de Promessas

Dyonélio Machado: Os Ratos

Erico Verissimo: O Tempo e o Vento

Euclides da Cunha: Os Sertões

Fernando Gabeira: O que é Isso, Companheiro?

Fernando Sabino: O Encontro Marcado

Ferreira Gullar: Poema Sujo

Gonçalves Dias: I-Juca Pirama

Graça Aranha: Canaã

Graciliano Ramos: Vidas Secas
                                   São Bernardo

Gregório de Matos: Obra Poética

Guimarães Rosa: O Grande Sertão: Veredas
                                 Sagarana

Haroldo de Campos: Galáxias

Hilda Hilst: A Obscena Senhora D

Ignágio de Loyola Brandão: Zero

João Antônio: Malagueta, Perus e Bacanaço

João Cabral de Melo Neto: Morte e Vida Severina

João do Rio:A Alma Encantadora das Ruas

João Gilberto Noll: Harmada

João Simões Lopes Neto: Contos Gauchescos

João Ubaldo Ribeiro: Viva o Povo Brasileiro

Joaquim Manuel de Macedo: A Moreninha

Jorge Amado: Gabriela, Cravo e Canela
                           Terras do Sem Fim

Jorge de Lima: Invenção de Orfeu

José Cândido de Carvalho: O Coronel e o Lobisomen

José de Alencar: O Guarani
                                 Lucíola

José J. Veiga: Os Cavalinhos de Platiplanto

José Lins do Rego: Fogo Morto

Lima Barreto: Triste Fim de Policarpo Quaresma

Lúcio Cardoso: Crônica da Casa Assassinada

Luis Fernando Verissimo: O Analista de Bagé

Luiz Vilela: Tremor de Terra

Lygia Fagundes Telles: As Meninas
                                          Seminário dos Ratos

Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas
                                     Dom Casmurro

Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um Sargento de Milícias

Manuel Bandeira: Libertinagem
                                  Estrela da Manhã

Márcio Souza: Galvez, Imperador do Acre

Mário de Andrade: Macunaíma;
                                   Paulicéia Desvairada

Mário Faustino: o Homem e Sua Hora

Mário Quintana: Nova Antologia Poética

Marques Rebelo: A Estrela Sobe

Menotti Del Picchia: Juca Mulato

Monteiro Lobato: O Sítio do Pica-pau Amarelo

Murilo Mendes: As Metamorfoses

Murilo Rubião: O Ex-Mágico

Nelson Rodrigues:  Vestido de Noiva
                                   A Vida Como Ela É

Olavo Bilac: Poesias

Osman Lins: Avalovara

Oswald de Andrade: Serafim Ponte Grande
                                       Memórias Sentimentais de João Miramar

Otto Lara Resende: O Braço Direito

Padre Antônio Vieira: Sermões

Paulo Leminski: Catatau

Pedro Nava: Baú de Ossos

Plínio Marcos: Navalha de Carne

Rachel de Queiroz: O Quinze

Raduan Nassar: Lavoura Arcaica
                               Um Copo de Cólera

Raul Pompéia: O Ateneu

Rubem Braga: 200 Crônicas Escolhidas

Rubem Fonseca: A Coleira do Cão

Sérgio Sant'Anna: A Senhorita Simpson

Stanislaw Ponte Preta: Febeapá

Tomás Antônio Gonzaga: Marília de Dirceu
                                                Cartas Chilenas

Vinícius de Moraes: Nova Antologia Poética

Visconde de Taunay: Inocência”


Veja ainda: http://educarparacrescer.abril.com.br/livros/