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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

42 - A história de uma lenda

Odete Soares Rangel


Neste final de semana assisti a três filmes muito bons (EM TRANSE, Veículo 19 e 42 - A história de uma lenda.  Mas este último me sensibilizou mais pela polêmica causada pelo preconceito racial, e por muitas cenas de injustiça e agressividade contra Jackie Robinson. 

Sinopse do Filme 


 “Em 1946, Branch Rickey (Harrisson Ford), proprietário do time Brooklyn Dodgers, se coloca contra a Liga Profissional de Baseball e sua decisão de separar os jogadores brancos dos negros, quando ele contrata Jackie Robinson(Chadick Boseman) para seu time. A transação coloca os dois homens em evidência junto ao público, a imprensa e até mesmo outros jogadores. Encarando o racismo declarado de todos os lados, Robinson foi forçado a demonstrar tremenda coragem e deixar seu talento como jogador conquistar fãs e seus colegas de time – silenciando seus críticos e mudando para sempre o mundo a partir do jogo de baseball.” (Videoteca Alves de Brito)

Pode-se dizer que Branch Rickey e Jackie Robinson mostraram-se valentes, acreditaram que se não se deixassem dominar e intimidar pelos perseguidores preconceituosos, poderiam mudar o mundo, e viam como fio condutor dessa nova trama, os jogos de beisebol. Em 1946, Branch Rickey assumiu essa posição quando colocou Jackie Robinson, o primeiro negro a disputar uma competição no seu time. É claro que teve rejeições do público, da imprensa, dos outros jogadores, mas nada os desviou dos seus objetivos. E enfrentando o racismo, Jackie teve que se superar para não revidar, desenvolveu um autocontrole para não devolver a violência oral que recebia, pois do contrário destruiria os seus sonhos e as esperanças de Branch que acreditou e investiu nele.  Então, apesar das humilhações, o número 42 deixou que seu trabalho mostrasse porque merecia estar ali, o que lhe trouxe bons frutos, pois conquistou o público e seus companheiros de equipe. Silenciou os críticos e abriu o precedente para a vinda de novos jogadores negros.

Antes de ser recrutado por Branch Rickey ele era um jogador de beisebol que disputava a liga nacional dos negros.  Numa das cenas iniciais, seu time está abastecendo o ônibus, num posto de gasolina, momento em que ele é impedido de usar o banheiro dos brancos. Ele se impõe e determina que o frentista retire a gasolina, pois vão abastecer em outro local, obrigando esse a permitir que ele use.  Conhecido por reagir quando atacado, teve que autocontrolar-se para enfrentar o racismo exacerbado da torcida, da diretoria e também dentro do campo. Jackie Robinson foi o primeiro jogador Africano-Americano a ser admitido no beisebol, quebrando a barreira do preconceito racial. Ele foi o primeiro negro a jogar pela liga profissional americana de beisebol em 15 de abril de 1947. Por isso esse dia passou a ser chamado de Jackie Robinson Day, oficialmente comemorado pela MLB todos os anos..¨

O foco do filme centra-se nas temporadas do Royals Montreal (1946) e do Brooklyn Dodgers (1947)..

Jackie Robinson nos deixa uma lição valiosa. A de não acovardar-se, a de autocontrolar-se, a de dar demonstrações de força e de coragem para superar as adversidades e vencer as dificuldades. E assim se manter íntegro, firme como uma rocha, com sua dignidade resgatada e conquistada. Uma rocha heróica, eu diria!  E depois desse precedente, muitos jogadores negros o seguiram e são grandes estrelas nos esportes.

E sua camisa 42 do Brooklyn Dodgers  (atual Los Angeles Dodgers) foi aposentada, não mais podendo ser usada por jogador de nenhum time profissional. Valeu seus esforços Jackie Robinson.

Ao que se sabe, a  vida de Jackie Robinson inspirou o musical da Broadway "The First", protagonizado por David Alan Grier. Parece que não agradou muito o público, teve  apenas 37 apresentações.  A segunda versão teatral da vida de Jackie Robinson ganhou o título "The Jackie Robinson Story" e teria sido interpretada pelo próprio jogador.

Que tenhamos muitos Jackies Robinsons pelo mundo afora, um exemplo de superação e de dignidade!

Não deixe de ver o filme, é muito bom!

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