A sua eficiência como executivo - Peter Drucker

Odete Soares Rangel

Peter Drucker nasceu em Viena, Áustria, em 19 de novembro de 1909 e faleceu em 11 de novembro de 2005, em Claremont, Califórnia, EUA. Foi escritor, professor, consultor de gestão e dedicou-se a investigar o modo como os seres humanos se organizavam e interagiam entre si, sempre focado na observação e na análise visando o mundo dos negócios.


Ele defendia que a eficiência era fazer as coisas de maneira correta, enquanto a eficácia significava fazer as coisas certas. Ele nos mostra no vídeo “A sua eficiência como executivo” que um executivo necessita ser eficiente e que a eficácia começa em compreender as pessoas com as quais se trabalha e delas depende, deve-se fazer uso da força delas.

Assim, faz-se necessário conhecer e saber lidar com pessoas. Compreendê-las, ouvir e valorizar suas contribuições, investir no seu desenvolvimento e permitir que elas se aperfeiçoem e mudem; assim deixarão de fazer as coisas sem saber porque e para que fazem, se tornarão eficientes na sua função, contribuindo para a organização, além de para o seu próprio desenvolvimento. Mas é bom frisar que isso só terá resultados positivos, se as administrações colocarem a pessoa na função certa e na qual ela seja capaz de corresponder.

Peter sugere que centremo-nos no que é necessário, no que a empresa precisa e não no que o executivo gosta de fazer.

As pessoas devem conhecer e concentrar-se nos seus pontos fortes, colocando-se onde possam produzir bons resultados. Devem estabelecer prioridades e reavaliar suas atuações sistematicamente. Mensurar é importante, então anotar resultados que se deseje e compará-los tempos depois pode mostrar o que se fez bem, o que precisa ser mudado e o que precisa ser reaprendido. Assim é possível descobrir os pontos fortes e fracos, aceitá-los e buscar as mudanças necessárias. Comparar expectativas X resultados dá uma dimensão de onde a pessoa pode atuar e investir, sem desperdício de tempo e energia.

Um bom executivo seria aquele que: se posiciona naquilo que é bom, se faz entender, assume responsabilidades nos relacionamentos e tem o respeito da organização. Ele está preparado para as incertezas do futuro, gerencia e implementa mudanças, usa seus cinco sentidos direcionando seu olhar holístico para a organização e para as pessoas, é um ser  transformador. Resumindo, seria aquela pessoa que se olha no espelho e fica satisfeita com a imagem que vê, pois esta corresponde aos seus ideais, a sua ética e ao seu comprometimento consigo mesmo e com a organização.

Um bom executivo deve descobrir seu jeito de trabalhar, se for leitor peça que lhe escrevam memorandos, se for ouvinte peça que primeiro lhe falem. Tem que saber gerenciar a si mesmo, reconhecer seus valores e ver se esses são compatíveis com os da organização, sob pena de tornar-se um fracassado e até comprometer os resultados desta.

O executivo eficiente trata a informação com zelo, pois ela é seu canal de comunicação com seus públicos. Peter sugere perguntar-se “que informação estou devendo e para quem?” Os resultados da organização poderão ficar comprometidos se a comunicação falhar.

Drucker entende que quando os subordinados falham numa tarefa, a culpa é do gerente, pois quando os superiores não pensam nos detalhes, ninguém no grupo entenderá a tarefa. Daí a importância acima mencionada do gerente se fazer entender e entender seus subordinados. É importante examinar a tarefa e pensar nas pessoas. Um bom executivo tem que conhecer e internalizar a missão da sua empresa, prever os resultados esperados, e repassá-los aos subordinados com clareza.

É preciso aprender diversos papéis e equilibrar os de parceiros e comandantes, também ter presente a importância sobre comando e autoridade para uma atuação gerencial eficaz.

Antigamente as mudanças nas empresas não eram tão velozes, assim era mais fácil administrá-las. Entretanto, muitas organizações faliam por desconhecerem a imprevisibilidade do mercado, as pessoas sabiam apenas o suficiente, atitude condenável no mundo empresarial atual. Assim fique atento, atualize-se, estude e não despreze o conhecimento de outras áreas. Drucker chega a comentar que foi estudar estatística para se atualizar e estar informado, e não porque fosse imprescindível para sua atuação. Que isso sirva de exemplo para as novas gerações.

Atualmente se trabalha num mundo globalizado e em constante transformação, os executivos devem adquirir conhecimentos externos à organização e fazerem com que seus subordinados assim procedam. As pessoas devem se informar seja através de livros, boas revistas, universidade, palestras, congressos, seminários, mas o aprendizado contínuo tem que ser um estímulo incorporado às suas vidas. O alicerce da empresa é o conhecimento e aqueles que não se atualizarem ficarão obsoletos e fora do mercado de trabalho.  


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