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domingo, 21 de junho de 2015

Jardim Fernando Pessoa foi inaugurado em Roma


Você sabia que?

Há um Jardim que foi inaugurado na cidade italiana de Chivasso, perto de Turim, em Roma, em homenagem a Fernando Pessoa. O evento ocorreu em 19 de junho de 2015, numa iniciativa promovida pelo cantor e compositor italiano Mariano Deidda. Ao que se sabe, Mariano já dedicou três álbuns ao poeta português. E um quarto CD com poesias de Pessoa, teria sido gravado ao vivo, na Igreja de Santo António dos Portugueses. Mas ele não parou por aí, pretende gravar um quinto composto por 13 dos 44 poemas que compõem a "Mensagem".

    No poema "O Infante", Fernando Pessoa dizia "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce".  

Isso deve significar que Deus está no comando, o homem precisa ter sonhos e cumprindo-se esses dois preceitos, a obra nasce pelas mãos do homem. E ao final vimos que o sonho se realizou.  "Cumpriu-se o Mar",  o sonho do mar ser um caminho para unir os diferentes continentes se realizou. Mas "o Império se desfez" o poderio português perdeu a independência com a morte de D. Sebastião. "Senhor, falta cumprir-se Portugal!" desejo de ver o país como uma potência mundial, com o ressurgimento do Império Português tornando-se num novo império civilizacional.

Pessoa nasceu em 13.06.1888 e morreu no dia 30.11.1935. Ele dizia que o homem é do tamanho do seu sonho. 

Ele entendia bem o que estava dizendo, sua obra mostra isso. Os sonhos e a natureza sempre permearam a obra de Fernando Pessoa, como no poema abaixo. 


Cerca de Grandes Muros Quem te Sonhas


Cerca de grandes muros quem te sonhas.
Depois, onde é visível o jardim 
Através do portão de grade dada,
Põe quantas flores são as mais risonhas,
Para que te conheçam só assim.
Onde ninguém o vir não ponhas nada.

Faze canteiros como os que outros têm,
Onde os olhares possam entrever
O teu jardim como lho vais mostrar.
Mas onde és teu, e nunca o vê ninguém,
Deixa as flores que vêm do chão crescer
E deixa as ervas naturais medrar.

Faze de ti um duplo ser guardado;
E que ninguém, que veja e fite, possa
Saber mais que um jardim de quem tu és -
Um jardim ostensivo e reservado,
Por trás do qual a flor nativa roça
A erva tão pobre que nem tu a vês...

Fernando Pessoa, em "Cancioneiro" 

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