Uma "carona" em uma bicicleta furtada

Odete Soares Rangel

Li no blog do Nonato Albuquerque sobre o furto de uma bicicleta que virou notícia de primeira página no jornal El Progresso. Ele lamenta que não seja mais como nos tempos de outrora, nos quais as ocorrências de roubos eram banais.

Essa leitura me remeteu para tempos remotos em Florianópolis, Santa Catarina. No período a que me refiro, algumas pessoas saíam de casa pela manhã, deixavam à porta da casa, o bujão de gás com o dinheiro embaixo. Ao final do dia quando retornavam, lá estava ele completo e sem burocracias. E não precisavam acorrentá-lo, nem por cadeado!

Também tenho saudades das histórias que ouvi sobre essa verdade. Hoje, você pode até tentar, mas provavelmente não encontrará nem o dinheiro, nem o bujão vazio ou cheio.

É lamentável que a confiança e a segurança nesta cidade tenham se tornado itens  que não façam mais parte da sua história, como era no passado.

As ocorrências estão na mídia diariamente, mas falta atitude, vontade e determinação para combatê-las e erradicá-las. Seria um sonho? Quero continuar sonhando com esse mundo habitável, seguro daqueles tempos de décadas passadas! E que nele, os cidadãos possam usar suas bicicletas e encontrá-las no mesmo lugar em que a deixaram, sem medos de surpresas ou de violência!