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terça-feira, 31 de maio de 2011

Doença Celíaca

Odete Soares Rangel 


acelbra.org.br

Hoje, enquanto esperava em um consultório médico, li informativo da ACELBRA-SC, de autoria da Dra. Monica Chang Wayhs e da nutricionista Eliana Barbosa. Aprendi um pouco sobre a doença celíaca. É uma doença do intestino delgado, provocada pela intolerância ao glúten.  Pode ser diagnosticada através de exames laboratoriais (anticorpos antigliadina, anti-endomísio, anti-transglutaminase), mas é fundamental sua confirmação por biópsia intestinal.

As crianças podem referir sintomas como diarréia crônica, distensão abdominal e desnutrição. Muitos outros como dor abdominal, vômitos, constipação intestinal, irritabilidade, anorexia, baixa estatura, podem se apresentar isoladamnte ou em conjunto. Os sintomas desaparecerão após o tratamento efetuado por dieta isenta de glúten, único possível para a doença.

O indivíduo que não se tratar, estará predisposto a contrair doenças do fígado, tireóide, rins, pele e câncer. E se você é celíaco, não vai querer correr o risco, então faça a dieta!

Sabe-se que o glúten é uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e malte.  Portanto, produtos que contenham esses cereais, sejam eles alimentos, bebidas ou cosméticos não poderão ser consumidos pelos celíacos.

Os pacientes celíacos devem cuidar para não contaminar seus alimentos com outros que possuam glúten. O ideal é que seus alimentos sejam de seu uso exclusivo.


A ACELBRA pode esclarecer suas dúvidas, converse com quem entende do assunto. Acesse http://www.acelbra-sc.org.br/  ou envie mensagem através do e-mail contato@acelbra-sc.org.br.


Veja ainda o Manual do Celíaco no site http://www.riosemgluten.com/manual.html. Nele você encontrará dicas importantes sobre a doença. Segundo o site, estes são os alimentos permitidos para consumo dos portadores da doença  celíaca.

• Cereais: arroz, milho.
• Farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá, féculas.
• Gorduras: óleos, margarinas.
• Frutas: todas, ao natural e sucos.
• Laticínios: leite, manteiga, queijos e derivados.
• Hortaliças e leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, feijão, soja, grão de bico, ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca e outros).
• Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar.

E fique atento ao rótulo de produtos industrializados, que de acordo com a lei federal nº 10674 , de 2003, obrigatoriamente tem que informar nesse, se o produto “CONTÉM GLÚTEN” ou "NÃO CONTÉM GLÚTEN" . 

Se você achou a informação útil, comente-a neste blog e divulgue para seus amigos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Semana do Meio Ambiente, uma programação de luxo

Odete Soares Rangel

A semana do Meio Ambiente vem com uma programação muito especial. Não deixe de participar, ao final desses quatro dias você estará mais leve e feliz. Os convites me foram enviados pela professora Claúdia Moisés e estou convidando você.  Já imaginou que luxo uma aula de Tai Chi Chuan de frente para a Lagoa do Peri!

Exercite-se, divirta-se e ganhe qualidade de vida.









domingo, 29 de maio de 2011

Ciclistas e as normas do Projeto MOVIMAN

Odete Soares Rangel

O guia do ciclista foi uma criação do Projeto MOVIMAN (gestor da mobilidade como parte da gestão da demanda do transporte urbano).

A bicicleta foi inventada em 1870, na Europa, e tem se revelado um eficiente e ágil meio de transporte. Ela é muito usada em exercícios físicos, atividade bastante prazerosa.

O ciclismo exige disciplina e responsabilidade do usuário. A bicicleta lhe proporcionará mais segurança se estiver equipada com refletores dianteiros, traseiros, laterias e no pedal. Segundo o CTB  (Art. 105, VI) e o CONTRAN (resolução 46 de 21.05.98), a sinalização é obrigatória. É recomendável, o uso do capacete, luvas de proteção e faróis dianteiros. Atentem para os Art. 29, 58, 59 e 68 do CTB e evite transgressões.

Algumas regras para pedalar com segurança
  1. seja educado
  2. obedeça as leis de trânsito
  3. sempre sinalise suas intenções
  4. use roupas claras ou chamativas
  5. mantenha os refletores limpos
  6. evite ruas e avenidas movimentadas
  7. mantenha-se à direita e na mão de direção
  8. mantenha-se em linha reta
  9. aprenda a ouvir o trânsito
  10. faça manutenção preventiva da Bicicleta
  11. pratique ciclismo defensivo
Atentem para os dez mandamentos do ciclista urbano editados pelo MOVIMAN, pedale com segurança e evite acidentes. 


1. Não ande na contramão.
2. Não transite pela calçada.
3. Utilize sempre os dois freios da bicicleta.
4. Respeite os sinais de trânsito.
5. Utilize sempre capacete e refletores.
6. Mantenha-se à direita perto do meio-fio.
7. Não faça movimentos bruscos na rua.
8. Mantenha as duas mãos no guidão, exceto para fazer sinal indicativo de manobra.
9. Nunca pedale em jejum, nem alcoolizado.
10. Conserve sua bicicleta em bom estado.


A educação no trânsito é um ato de cidadania, contribua fazendo a sua parte, pedale consciente, respeite as regras, não faça de sua bicicleta uma arma, mas sim um instrumento de locomoção e de prazer.


Para saber mais sobre o assunto, acesse o site http://www.moviman-poa.com.br/.

Images - The best of Jean Michel Jarre

 Odete Soares Rangel

http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/jean_michel_jarre
Você quer começar o dia testando suas emoções? Sabe aquele algo mais que faz você vibrar, sorrir, ficar alegre. Então ouça Jean Michel André Jarre.

Quem é esse homem com mãos de ouro quando se aproxima dos instrumentos Teclado, Moog, Teremim, Sintetizador e Acordeão?

Ele, além de instrumentista, é compositor e produtor musical francês. A influência da música vem de seu pai Maurice Aléxis Jarre, compositor francês que conquistou alguns oscars, globos de ouro, entre outros, e possui uma estrela na calçada da fama em Hollywood Boulevard.


Jean nasceu em 24 de agosto de 1948. Ele é compositor de trilhas sonoras, considerado por muitos o pioneiro na música eletrônica pop.

O CD Images, composto e produzido por Jean, possui músicas fantásticas, me apaixonei por todas, mas em especial, Rendez vous conquistou meu coração. Essa música fez história. Vejamos o que nos diz a Wikipédia sobre ela:


"Em 1986 ele trabalhou num concerto com a NASA: o astronauta Ronald McNair iria tocar o solo de saxofone da música Rendez-Vous VI enquanto estivesse em órbita no Ônibus espacial Challenger, enquanto os seus batimentos cardíacos seriam usados como amostras de som na mesma música. Esta seria a primeira música gravada do espaço, a ser incluída no álbum Rendez-Vous. Após o desastre com a espaçonave Challenger em 28 de Janeiro de 1986, a música foi gravada com outro saxofonista, recebeu o nome de Last Rendez-Vous - Ron's Piece e tanto a música, como o álbum foram dedicados aos astronautas mortos no acidente com a Challenger. Ele é um Embaixador da Boa Vontade da UNESCO, dedicado à causa da cultura, informação e liberdade."

Sua discografia se compõe de álbuns de estúdio, álbuns ao vivo, compilações, outros álbuns e singles. A videografia por VHFs e DVDs.

Saiba mais sobre esse mestre da música eletrônica nos sites:


Divirta-se! Torne seu dia vibrante, energético e  feliz!

sábado, 28 de maio de 2011

Confira sua conta de restaurante

Odete Soares Rangel


Dez 2010

Certa vez num restaurante fora do Brasil, observei que na comanda estava escrito gaúcho. Por considerar que tal anotação não devia se tratar de uma honra, detive-me a somar os valores e constatei que a soma encontrada divergia da conta apresentada.

Recentemente, recebi esta conta via e-mail denunciando a prática. Ela ratifica o que aconteceu conosco naquela data. Mostra-nos quanto somos lesados quando não conferimos nossa conta do restaurante.


Obviamente que não estou incluindo nesse rol todos os restaurantes, mas apenas àqueles que agem com desonestidade com o seu cliente.

Faça a soma das parcelas dessa conta e veja o tamanho do prejuízo.


Pense nisso!  Denuncie quando acontecer com você!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Extravio e violação de bagagem, direitos do passageiro

Odete Soares rangel

Viajar de avião, apesar da agilidade na viagem e muitos outros benefícios, um deles bastante atrativo, as promoções de passagens, por vezes causa transtornos aos passageiros. É o que vimos na reportagem de Zero Hora, de hoje, com informações sobre a prisão de elementos de uma quadrilha que agia no roubo de cargas, no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A operação Mala Prontas, como foi denominada, visa combater a violação e o furto de bagagens no aeroporto da capital. Segundo a delegada Camila Defaveri, o material apreendido advém de furto de bagagens, praticados pelos criminosos, durante as escalas e conexões aéreas.

Num programa da TVE, nesta mesma data, o Juiz de Direito Giovani Conti falou sobre o extravio e violação de bagagens, esclarecendo sobre os direitos dos passageiros quando se sentirem lesados com uma dessas situações. Há de se considerar aqui, os danos materiais, morais e psicológicos. Segundo ele, as ocorrências são mais comuns do que se pensa e acontecem nas viagens nacionais e internacionais. Quando o passageiro se sentir lesado, deve buscar seus direitos junto a empresa aérea ou Infraero, ou a ambas, pois elas possuem responsabilidade solidária. Essas empresas possuem um valor predeterminado de R$ 3.000,00 para atender as reclamações que julgarem merecedoras de ressarcimento. Se o passageiro não concordar com esse valor, poderá recorrer ao PROCON Estadual ou Municipal, juizado especial, e em  úlltima instância,  promover ação na justiça comum. Nas ações, em geral, os valores são arbitrados pelo magistrado de acordo com cada caso. A pessoa pode exigir a reparação por danos morais, desde que esteja fundamentada.

Numa viagem aérea que fiz  no período de 24 a 27 deste mês, chamou-me atenção a quantidade de malas nos compartimentos internos da aeronave, o que não vinha sendo procedimento habitual. Após a leitura da ZH, de assistir ao programa da TVE, e de conversar com alguns passageiros no aeroporto no retorno da viagem, entendi que as razões dessas mudanças era o quesito segurança.  Na hora do check-in, quis fazer o mesmo, mas não foi possível, pois minha mala pesava 10 kg, portanto o dobro do permitido para bagagens de mão.


Passageiro, ao lacrar suas bagagens use itens que lhe propicie uma maior segurança.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vinicius de Moraes

Odete Soares rangel

A rosa de Hiroxima 

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválidas
A casa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes (Vinicius de Moraes) nasceu em  19 de outubro de  1913, no Rio de Janeiro, onde morreu em 9 de julho de 1980. Ele foi Diplomata de carreira, jornalista, poeta modernista,  compositor e letrista brasileiro. Desde cedo, convivia com pessoas ligadas a arte, seu pai era sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.

Aos 15 anos começou a compor músicas populares. Ele abandonou a carreira diplomata para dedicar-se a arte. Em 1933 lançou seu primeiro livro, uma coletânea de poemas chamada O Caminho para a Distância. Dois anos depois, surge Forma e Exegese. Em 1938 lança Novos Poemas. Em 1943, o livro Cinco Elegias marca uma nova fase em sua poesia. Em 1953 compôs seu primeiro samba - Quando Tu Passas por Mim - no ano seguinte publica a peça Orfeu da Conceição.

Compôs em parceria com muitos artistas do movimento da bossa nova. Mas sua parceria com Tom Jobim e Edu Lobo foi mais intensa e duardoura. As músicas Chega de Saudade e Outra vez, primeiras composições com Tom Jobim são o marco da bossa nova.  É de autoria de Viícius a letra da música Garota de Ipanema.

A partir de 1969, Vinicius e Toquinho selam uma parceria e passam a fazer shows no Brasil e exterior até sua morte. Uma das poesias musicais que sempre me emociona é a Rosa de Hiroshima. O Soneto da Fidelidade é outro contagiante.

Soneto da fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vin%C3%ADcius_De_Moraes

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PayPal, a ferramenta contemporânea de compras

Odete Soares Rangel

                             "Se fosse resumir o Paypal diria que é o futuro do dinheiro.
            Você não carrega uma carteira, um cartão. Só precisa de
e-mail  e senha." (John Danahoe, CEO do eBay e PatPal).

John visitou o Brasil, recentemente, e se disse um pouco brasileiro. Segundo ele, o PayPal é um sistema de pagamento, atrelado a bancos locais e às principais bandeiras de cartão de crédito, que permite quitar uma compra em apenas um clique. Ele informou, ainda, que o serviço começou no Brasil em 2010 e já conta com  2,5 milhões de usuários. A maioria desse público está constituída pelas classes A e B.

Para demonstrar a eficiência do produto, ele usou seu celular para se logar ao PayPal. Apesar da demora na conexão 3G, em três cliques, comprou uma camiseta de futebol que será entregue em sua casa, nos Estados Unidos. John defende a segurança nas operações, eis que nada pessoal é compartilhado com o vendedor. O sistema tem abrangência mundial. Você pode comprar qualquer coisa, de qualquer lugar e a qualquer momento, parece uma maravilha. 

Hoje, no Brasil, o PayPal funciona com o VISA e Mastercard, e permite parcelar as compras realizadas.

A tecnologia evolui a cada dia, o PayPal é mais uma das muitas ferramentas modernas que vêm facilitar nossas vidas e agilizar nossas compras. E o mais importante é que não precisamos dividir informações pessoais com vendedores e setores de crediário, por vezes até respondendo perguntas idiotas. O talonário de cheques será uma ferramenta do passado.

Que venha o PayPal facilitar a vida dos brasileiros! 

Fonte: PayPal vem com tudo. Primeira chamada, Ano 4, nº 763, p. 13.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aula de Leitura

Odete Soares Rangel


A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.

Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:

vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;

nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;

na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;

e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;

e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;

e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;

e também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,

e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,

e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,

vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,

vai ler até nas estrelas
e no som do coração.

Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos

AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo. Ed. Ática, 1998.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Se um dia eu for mendigo

Odete Soares Rangel


Se um dia eu for mendigo,
escuta bem o que eu digo,
vou andar esfarrapado,
vou viver espandongado,
vou fazer esculhambado
meu ninho naquela praça.

Depois, pra fazer pirraça,
vou pedir uma esmolinha,
vou juntar um dinheirinho,
pra chegar na padaria;
primeiro, dizer boa-noite,
segundo, dizer bom-dia,
terceiro, gritar risonho:
- Por favor me traga um sonho!


                                                      -Mas um sonho caprichado,
                                                      mas um sonho saboroso,
                quero um sonho açucarado,
            recheado de esperança,
                 para espantar bem depressa
           a fome da minha pança!

AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo. Ed. Ática, 1998.

domingo, 22 de maio de 2011

De como enganei o sol

Odete Soares Rangel

Acordei de manhãzinha
e dei um pulo da cama.
Vesti o calção vermelho,
a camiseta listrada,
que eu ganhei da minha avó,
calcei o tênis de briga,
tomei café e voei
pro campo de futebol.


 Tremenda decepção:
o céu estava cinzento,
o frio estava cinzento,
o sol estava cinzento,
ameaçando um toró.


Voltei pra dentro de casa,
fui pro quarto me trocar.
Vesti a calça de brim,
camisa e meia de lã,
um suéter bem fechado
e desci mais conformado:
- vou pra casa do Rodrigo
com meu time de botão!


Saí na rua e parei.
Não sei se foi pelo vento,
por encanto ou por mistério,
não sei por que cargas-d`água,
a verdade é que lá fora
estava um tremendo solão.
corri de volta pro quarto,
pus calção e camiseta,
saí lá fora e voltei,
porque já estava chovendo.


Entrei no quarto xingando,
quase tive um piripaque,
dei gritos assustadores,
fiz careta e até chorei.


Então me veio uma idéia,
um truque, um plano perfeito:
vesti capa, guarda-chuva,
gorro, luva e sobretudo,
saí de casa direto
pro campo de futebol.
joguei de galocha e tudo
E assim enganei o sol!


 AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo. Ed. Ática, 1998.

sábado, 21 de maio de 2011

Síntese do conto Kew Gardens de Virginia Woolf

Odete Soares Rangel

Virginia Woolf (Kew Gardens)
singrandohorizontes.wordpress.com
O conto Kew Gardens (grande parque a Oeste de Londres), com sua paisagem de uma tarde de julho, parece uma pintura impressionista, marcada por flashs-backs dos pares que por lá passeiam. As ações se resumem ao vaivém dos pares com suas memórias do passado, mas que não ameaçam o futuro. Tudo recebe um colorido especial pelos efeitos de luz e de cores sobre o canteiro de flores. 
Flores na Holanda

Simon e Eleanor, andavam um pouco distante, ele vagueando pelo passado, ela mais determinada e atenta às crianças. Ele lembrou de quando esteve lá com Lily e implorou que se cassasse com ele, enquanto uma libélula se divertia andando em círculos a sua volta.  

Voltando a realidade Simon  questiona Eleanor se ela pensa no passado, uma maneira elegante de saber se a esposa pensava em algum ex-namorado. Ele revela a ela que estivera pensando em Lily. Ela retorna ao passado, mas o presente faz com que volte a realidade, ela precisa ir ao encontro dos filhos Caroline e Hubert. Agora caminham os quatro, lado a lado.

Aproximam-se dois homens, o mais jovem tinha uma calma aparente, o outro; um andar curioso, trêmulo e irregular. Ele falava sem parar, sorria para si próprio, voltava a falar. Falava dos  espíritos dos mortos, que segundo ele, estariam lhe contando coisas estranhas sobre suas experiências no céu. Depois, surgem duas mulheres idosas de classe média-baixa, examinaram o velho pelas costas, entre diálogos imcompreendidos pelos outros e pensamentos, decidem tomar um chá. Agora o par é um rapaz e uma moça que chegam e foram tomar um chá. Assim, um par após o outro com  o mesmo movimento irregular, passava pelo canteiro.  

Havia um tordo a saltitar pausado, e borboletas brancas dançantes. Nesse vaivém de pessoas e insetos, em meio a uma natureza exuberante, em meio as formas e cores, homens, mulheres e crianças procuravam a sombra das árvores. Era como se todos os corpos se amontoassem sobre o chão, mas suas vozes continuavam ressoando.  Vozes sim, mas sem palavras, quebrando o silêncio, numa alegria e num desejo apaixonado. 

Mas nao havia silêncio; todo o  tempo, os ônibus se punham em movimento, a cidade murmurava, no topo dela, o eco alto das vozes das pessoas e as pétalas de miríades de flores lançavam suas cores no ar, pode-se imaginar a formação de belos arco-íris.

Interessante, a analogia das flores com os seres humanos feita por Virginia, folhas em forma de coração e de língua, desabrochando na ponta significando a extremidade (cabeça), garganta, veias, etc. 

E assim, o conto se encerra. Homens e mulheres de diferentes faixas etárias e poder aquisitivo desfrutam do aprazível  parque, no qual elas são elas mesmas, ora se perdendo nas lembranças do passado, ora voltando-se para a realidade presente.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Livro da Editora Global aprovado pelo MEC, escrever sim, mas não mais pelas regras da gramática

Odete Soares Rangel


É inadmissível que o MEC edite e adote um livro didático de língua portuguesa que ensine a escrever errado. Meus ouvidos mal podem crer no que ouvem, meus olhos se recusam a enxergar, e minha mente se pergunta: o MEC não seria aquela instituição que deveria priorizar um falar e escrever, gramaticalmente, correto? Pois parece que isto está mudando, o livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático. Segundo esse, o sujeito pode escrever como fala, ainda que isso fira a gramática. 

A explicação para tal absurdo, é que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva. O que significaria não adotar as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. E, também, que os estudantes podem correr o risco de ser  vítimas de preconceito linguístico, no caso de não usar a norma culta. Acho que os valores estão se invertendo. Exs: Nós pega o peixe”, “os menino pega o peixe”.

Os professores terão agora uma nova missão desaprender o correto e aprender o errado. Eles devem estar se perguntando porque gastaram e estudaram tanto para ter uma formação de qualidade para bem cumprir sua missão de educador. A missão deles, enquanto professores de português, consistia em ensinar aos seus alunos as diferenças básicas entre a língua coloquial e a formal, bem como em que situações deveriam usar uma ou outra. Será que os povos se entenderão a partir desta decisão?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O diário de Anne Frank

Odete Soares Rangel


http://pt.wikipedia.org/wiki/Anneliese_Marie_Frank
Acabei de ler a edição definitiva do livro O diário de Anne Frank por Otto Frank e Mirjiam Pressler. De início, achei-o muito infantil, mas à medida que ia prestando atenção aos detalhes e a história, a narração começou a tomar corpo e ficou interessante.

Annelisse Maria Frank, comumente chamada de Anne Frank, nasceu aos 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha. Aos quatro anos de idade teve que partir em fuga com a família por causa da chegada de Adolph Hitler ao poder.

Em 1942, ela teve de mudar-se com a família e mais quatro pessoas para um esconderijo no anexo do sótão do escritório de Otto Frank para fugir dos invasores alemães na Holanda. Nesse, permaneceram acomodados ou melhor amontoados por dois anos, até serem delatados. Eram dias infindáveis, sem esperanças concretas. À medida que ia narrando os acontecimentos, era possível entender um pouco da sua complexa personalidade. Assim vou descrevê-la como ela se revelou na obra.

A solidão foi o que a impulsionou para a escrita do diário. Aparentemente ela parecia ter tudo, mas não tinha um amigo verdadeiro. O diário cumpriu esse papel, tornou-se sua companhia preferida, nele podia expressar-se livremente, não era contrariada, nem precisava ter medo. Então, registrou toda tensão e as experiências comunitárias e cotidianas vividas no anexo secreto, suas intimidades, as transformações e os medos que aterrorizavam as pessoas. Fez dele um documento histórico importante sobre as privações e tudo que apavorava naqueles tempos de guerra  (12.06.1942 - 01.08.1944).

O sentimento de rejeição a atormentava; na escola era excluída da ginástica porque seus ombros e quadris se deslocavam. Em casa, era preterida em relação a irmã Margot considerada brilhante nas notas escolares, a mais inteligente, a que fazia as coisas corretas. Anne odiava ser o exemplo da irmã, ela queria ter brio. Sentindo-se rejeitada, ela afirma que a única coisa que tem de si é o diário. Julgava ter uma inocência infantil quando escreveu o diário e sabia que não poderia ser inocente novamente ainda que quisesse. Ao final da guerra desejaria voltar a escola.

Anne era uma sonhadora. Amava o pai e não suportava a mãe. Era considerada a palhaça e a ovelha negra da família. Certo dia disse que caiu uma sombra sobre a felicidade, a mãe dera-lhe um tapa, mas que ela havia merecido. Ela ansiava ficar menstruada para tornar-se adulta, e pensava em ter filhos. Ela não se via como as pessoas a viam, se fingia de órfã, mas ao recobrar os sentidos arrependia-se, pois se considerava uma afortunada pela sorte.

Hello foi o primeiro menino que a despertou, era apaixonado por ela. Sally Kimmell foi seu único e verdadeiro amor, mas não era correspondida em seus afetos. Depois ela apaixonou-se por Peter e queria casar com ele, descobrindo mais tarde que ele era muito infantil para casar-se. Ela não queria apenas marido e filhos, mas ser útil e trazer alegrias as pessoas.

Os exilados do anexo ouviam a Inglaterra pelo rádio e ficavam apavorados com medo de serem descobertos e mortos a tiro. Anne não se conformava em ver os judeus sendo levados aos montes para serem assassinados, sem poder ajudá-los. Ficava incomodada de ver as pessoas retiradas à força de suas casas, além de terem suas posses roubadas,etc.

Ela desejava paz e uma convivência harmoniosa no anexo, mas tinha a sensação de viver num local cercado de ameaças, escuridão e perigo. Andava cansada das conversas estressantes sobre invasão, fome, morte, bombas, extintores de incêndio, saco de dormir, carteira de identidade, gás venoso. Não mais se importaria em morrer.

Anne gostava de escrever, adorava mitologia greco-romana, arvores genealógicas, história, astros de cinema, fotos de família, era louca por leituras e livros, história da arte, escritores e poetas, músicos vinham depois. Odiava matemática.

Procurava fazer o que tinha vontade, detestava cumprir ordens. Ela temia que a tristeza deformasse seu rosto. Sentia-se como um pássaro de asas cortadas, as proibições eram tantas que não poderia alçar seus próprios vôos. Desejava estar onde houvesse risos e ar puro. Anne sentia falta de liberdade, dos amigos, de conversar, de ficar sozinha, tem vontade de chorar como se fosse explodir. Está confusa sabe que lhe falta algo, porém não sabe o que é. Chorou infeliz, ficou arrasada, depois mostrou-se esperançosa e cheia de expectativa, embora as lágrimas rolassem por dentro como dizia. A natureza e Deus eram seu conforto. Ela ansiava por liberdade e ar puro, quando queria ficava quieta e séria por dentro, mas ruidosa por fora.

Anne menciona que quer ser cremada quando morrer. Seria este um pensamento normal para uma criança? Queria ser livre, ter vida normal, não podia demonstrar tristeza, mas desejava um futuro. Ela sentia-se cansada e irada, dizia querer ir embora desse mundo, mas não podia demonstrar e deixar que as pessoas percebessem as dúvidas e feridas que causaram a ela, impedindo-na de ser ela mesma. Tinha amor pela vó, mas faltava amor em Deus. Mais tarde mostra-se como cristã, perde o medo e confia em Deus. Diz que Deus não a abandonou, nem nunca abandonará.

Seu diário foi escrito com bases nos seus sentires. Sua sexualidade era duvidosa, ela pede para tocar os seios de uma amiga e a beija, sente êxtase por mulheres nuas. Depois do Ano Novo descobriu que desejava um rapaz, não uma menina como outrora imaginou.

Ela adorava usar metáforas, certo dia disse que se morasse muito tempo no anexo se transformaria num pé de feijão velho e seco. E deixa claro sua necessidade de viver essa adolescência. Ela discordava de que o casamento dos pais fosse ideal como eles faziam crer, julgava a mãe insensível e debochada.

No início de 1943 ela teve acessos de choro, sentiu solidão e percebeu gradualmente suas falhas e defeitos. Ela acreditava que uma pessoa com fé e coragem nunca morreria na desgraça. Ela fica triste e infeliz, fingi que está alegre, mas sente falta de sair e de espaço para ficar só. Libertada da tristeza e depressão dizia que estava mais tensa do que um tambor, seu coração e mente estavam em guerra.

A política não a atraia. Achava seu texto chato, mas escrevia para não se transformar numa bruxa velha e medonha. Dedicava-se aos estudos para não ser uma ignorante e poder se tornar jornalista. Considerava boa parte do diário vivo e interessante, mas questionava seu talento para escrever livros ou artigos de jornal.

Não trabalhava em Cady’s Liven, pois se achava muito jovem e inexperiente para escrever sobre filosofia.

Ouviu concerto de Mozart no radio, pensava que as músicas lindas abalam as profundezas da alma. Apaguem as luzes, vamos pra cima sem fazer barulho, a policia deve chegar!

Ela visualizou todos arrastados pela Gestapo, sugeriram queimar o diário ao que se recusou. Iria com ele, devia se comportar como soldado e morrer por algo nobre como a rainha, o país, a liberdade, a justiça e as verdades (ideais).

Deviam suportar o desconforto sem reclamar, será que algum dia seriam gente de novo, e não apenas judeus. Esperou a polícia pronta para a morte como um soldado em campo de batalha, daria de bom grado a vida pela pátria. Depois da guerra, desejava tornar-se cidadã holandesa, amava tudo na Holanda. Sabia o que queria, tinha um objetivo, opiniões, religião e amor mas não podia ser ela mesma. Viver e trabalhar em prol da humanidade pelo mundo afora seria sua meta.

Anne tinha 15 anos de idade quando morreu de tifo em 31.03.1945, no campo de concentração Bergen-Belsen. Ela dizia que queria continuar vivendo depois da morte, e isto se daria através das suas obras escritas. Ela agradecia o dom divino para explorar tudo o que havia dentro dela. Quando escrevia o ânimo renascia, a tristeza desaparecia, mas ela questionava sua capacidade de escrever algo importante, ser jornalista ou escritora. O fato é que sua obra está aí, seu desejo se cumpriu. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas, é um dos livros mais lidos do mundo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estátua de Celso Ramos é roubada

Odete Soares Rangel


Florianópolis não é mais a mesma de anos atrás. Ladrões furtaram  o busto do ex-governador Celso Ramos que ficava em frente ao Hospital Celso Ramos, desde sua inauguração, em 1966. Restou apenas a placa no local que não é monitorado por câmeras, a ação dos bandidos restou sem testemunhas que pudessem delatá-los.


Não é a primeira vez que um busto do ilustre governador é roubado. Veja a notícia abaixo:


"Durante as férias escolares, o busto do Governador Celso Ramos, de bronze, foi roubado do pedestal localizado no pátio da escola que leva seu nome. Nos primeiros dias de aula, a bomba d’água também foi roubada."
(http://www.jornaldaeducacao.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=190&Itemid=62)


O que preocupa não é só o roubo do busto, pois seria uma ocorrência isolada, mas sim a continuidade desse tipo de crime que vem aumentando na cidade, assim como a violência em geral.


Fica o apelo para a Adminstração atual da cidade no sentido de adotar medidas preventivas, visando erradicar tais ocorrências. A insegurança está gradeando pessoas dentro de suas próprias casas, não deixem que isso se propague.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hospital Psiquiátrico - Cego é o que não percebe a dualidade da vida

 Odete Soares Rangel

Recebi essa mensagem, via e-mail, da minha amiga Sueli Barreto que reside em Macau. Boa para descontrair, por isso estou postando no blog. Ter uma visão holística sobre fatos e situações, nos ajuda a compreender melhor, a conquistar mais, a ser mais feliz! "As vezes a vida tem mais opções do que as oferecidas, basta saber enxergá-las".
Pense nisso!

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO -  O teste da banheira

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?

O diretor respondeu:

- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo.

O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?