Odete Soares Rangel
Presidente ou presidenta? Outro dia vi um político, no plenário, se referindo a presidente Dilma Rousseff como a presidenta. Parece que a gramática portuguesa não é muito praticada por alguns dos componentes do governo.
A senhora Miriam Rita Moro Mine, da Universidade Federal do Paraná, nos brindou com o texto a seguir, um belo exemplo do correto uso do português. Estou repassando sua mensagem na esperança de que não ouçamos mais a presidenta Dilma.
"No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante,ente ou inte.
Portanto, à pessoa que preside é "PRESIDENTE", e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta". Pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação... "
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