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"Todas as vidas de homens
são contos de fadas
escritos
pelas mãos de Deus."
(Hans Christian Andersen)
Hans Christian Andersen nasceu em Odense, Dinamarca, no dia 02 de abril de 1805. Era filho de um humilde sapateiro e de uma lavadeira. Seu pai lutou nas guerras napoleônicas, de onde retornou gravemente doente. Ele morreu logo depois, deixando Hans órfão de pai, aos 11 anos de idade.
Diante dessa situação, Hans que não tinha perfil, nem experiência adequados, foi obrigado a abandonar os estudos e ir em busca de emprego para poder se sustentar. Trabalhou como aprendiz de tecelão e alfaiate.
Ele sonhava ser um cantor de ópera. Em setembro de 1819, aos quatorze anos, mudou-se para Copenhague. Logo fez amizade com o músico Christoph Weyse e Siboni e mais tarde com Frederico Hoegh Guldberg (poeta).
Começou a escrever contos e peças teatrais. E, provavelmente, iniciou aí o que viria a ser mais tarde, a sua profissão. Aos 17 anos (1822), ele publicou seu primeiro conto, “O Fantasma da Tumba de Palnatoke”.
Chegou a atuar como soprano, foi admitido como cantor no Teatro Real da Dinamarca. E antes de consagrar-se como escritor, também atuou como ator e bailarino. Sua atração pelo teatro, levou-o a escrever boas peças. Duas delas chamaram a atenção de Jonas Collin (conselheiro de Estado), o qual ofereceu-lhe uma bolsa de estudos da Escola Slagelse. Apesar de contrafeito com seus colegas mais jovens, lá permaneceu por sete anos. Concluiu seus estudos quando tinha 22 anos.
Hans necessitava recursos financeiros, então, explorou o folclore dinamarquês, escrevendo algumas histórias infantis, cujos contos fizeram sucesso. Entre 1835 e 1842, Hans escreveu seis volumes de contos infantis.
Os padrões de comportamento que deveriam ser seguidos pela sociedade eram tema recorrente em suas criações. Pode–se dizer que o confronto entre forte X fraco, bonito X feio estão presentes na sua história da infância triste e humilde, assim como na literatura, como por exemplo, no conto O Patinho Feio. Esse conto, bastante conhecido e famoso, e quiçá um dos mais bonitos, vem encantando gerações. Porém, se você perguntar quem o escreveu, ninguém sabe responder. Daí me surgiu a ideia deste post.
O Pato é o símbolo da tagarelice. "O Pato não se encontra no Fisiológico, mas já desde cedo aparece na arte cristã, onde por causa do seu grasnar, em portas de igrejas simboliza os tagarelas que devem ficar de fora." (BECKER, Udo. Dicionário de símbolos. São Paulo: Paulus,. 2007. Pg. 212)
Hans Christian Andersen também escreveu poesias e romances, mas foram seus livros infantis que lhe trouxeram reconhecimento, fazendo com que ele fosse aclamado em toda a Europa.
Poema de Hans Christian Andersen traduzido por Niels Fischer.
Quando
regressou ao seu país, viu-se cercado de amigos. No ano de 1872, ao descer de
sua cama, ele acabou se lesionando gravemente. A partir desse momento, sua saúde fragilizou-se e Hans acabou
morrendo no dia 4 de agosto de 1875, em Copenhague, aos 70 anos de idade.
Suas
obras contribuíram muito para a literatura como um todo, mas especialmente para a infantil, ele foi reconhecido como o precursor da literatura infantil mundial. Em sua homenagem, no dia 2 de abril, data de seu
nascimento, comemora-se o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil.
Anualmente,
a medalha Hans Christian Andersen é entregue aos escritores que mais se
destacaram nesse gênero.
No
Brasil, a primeira escritora agraciada foi Lygia Bojunga. Muitas de suas obras
foram adaptadas para a TV e para o cinema.
O
Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, A Roupa Nova do Rei, O Boneco de Neve e Os
Sapatinhos Vermelhos estão entre as obras mais conhecidas e surpreendentes de
Hans.
Os
contos de Hans possuem um tom melancólico, triste ou até trágicos, os quais
podem ser atribuídos às injustiças cometidas, aos egoísmos vividos...produtos
da sua observação da realidade cotidiana.
Se você quiser ler
online a história do Patinho Feio, acesse
<http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=8 >.
Obras do autor
1. Romances
O Improvisador (1835),
Nada como um menestrel (1837),
Livro de Imagens sem Imagens (1840),
O romance da minha vida,
Apesar destas obras possuírem evidente valor literário, foram os contos de fadas que melhor representaram a sua grande contribuição à literatura..
2. Contos de Fadas
- A Agulha de Remendar
- A Caixinha de Surpresas
- A Casa Velha
- A Colina dos Elfos
- A Gota de Água
- A Margaridinha
- A Pastora e o Limpador de Chaminés
- A Pequena Sereia
- A Pequena Vendedora de Fósforos
- A Polegarzinha
- A Princesa e a Ervilha
- A Rainha da Neve
- A Roupa Nova do Rei
- A Sombra
- A Velha Lanterna e os TRapos
- As Cegonhas
- As Flores da Pequena Ida
- As Galochas da Fortuna
- Cada Coisa em seu Lugar
- Cinco Grãos de uma só Vagem
- Companheiro de Viagem
- Dentro de Milênios
- Ela Não Valia Nada
- Histórias Que o Vento Contou
- João-Pato
- Mágoas do Coração
- Nicolau Grande e Nicolau Pequeno
- O Abeto
- O Anjo
- O Boneco de Neve
- O Colarinho
- O Companheiro de Jornada
- O Duende
- O Guardador de Porcos
- O Isqueiro Mágico
- O Jardim do Paraíso
- O Menino Mau
- O Patinho Feio
- O Pequeno Cláudio e O Grande Claudio
- O Pinheirinho
- O Que o Velho Faz Está Bem Feito
- O Rouxinol
- O Sapo
- O Sino
- Os Cisnes Selvagens
- Os Namorados
- Os Novos Trajes do Imperador (The Emperor’s New Clothes)
- Os Saltadores
- Os Sapatinhos Vermelhos
- Soldadinho de Chumbo
- Uma Família Feliz
- Uma História
2 comentários:
Que ótimo!
Adorei. Não sabia mesmo!
Ana
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