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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Airbus A320-200 da AirAsia, voo QZ8501, de Surabaya, na Indonésia, para Cingapura continua desaparecido

Avião da AirAsia com 162 a bordo some entre Indonésia e Cingapura Divulgação/Airbus
http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/17133337.jpg?w=640
Segundo notícias na mídia, a aeronave da AirAsia (Airbus A320-200), número de registo PK-AXC, voo QZ8501 - teria partido de Surabaya na Indonésia às 5h35min e estava programado para chegar às 8h30min em Cingapura. Entretanto, teria perdido a comunicação bem antes de completar sua rota.

O ministro dos Transportes da Indonésia, Hadi Mustofa, informa que o último contato foi quando o piloto pediu permissão para alterar a altura do voo devido ao mau tempo.

Em nota atualizada no Facebook, a empresa informou que das 162 pessoas a bordo,  155 eram passageiros (138 adultos, 16 crianças e um bebê), além de dois pilotos e cinco tripulantes. Entre eles estão:

  • 156 da Indonésia,
  • 3 sul-coreanos
  • 1 francês,
  • 1 de Cingapura,
  • 1 da Malásia.
Queira Deus que não se repita a ocorrência do voo MH370, da Malaysia Airlinese que os parentes das vítimas tenham seu sofrimento amenizado com brevidade.

Leia a nota da AirAsia na íntegra:


[Updated statement] QZ8501

AirAsia Indonesia regrets to confirm that flight QZ8501 from Surabaya to Singapore has lost contact with air traffic control at 07:24 (Surabaya LT) this morning. The flight took off from Juanda International Airport in Surabaya at 0535hours.

The aircraft was an Airbus A320-200 with the registration number PK-AXC. There were two pilots, four flight attendants and one engineer on board.

The captain in command had a total of 6,100 flying hours and the first officer a total of 2,275 flying hours

There were 155 passengers on board, with 138 adults, 16 children and 1 infant. Also on board were 2 pilots and 5 cabin crew.

Nationalities of passengers and crew onboard are as below:
1 Singapore
1 Malaysia
1 France
3 South Korean
156 Indonesia

At this time, search and rescue operations are being conducted under the guidance of The Indonesia of Civil Aviation Authority (CAA). AirAsia Indonesia is cooperating fully and assisting the investigation in every possible way.

The aircraft was on the submitted flight plan route and was requesting deviation due to enroute weather before communication with the aircraft was lost while it was still under the control of the Indonesian Air Traffic Control (ATC).

The aircraft had undergone its last scheduled maintenance on 16 November 2014.

AirAsia has established an Emergency Call Centre that is available for family or friends of those who may have been on board the aircraft. The number is: +622129270811.

AirAsia will release further information as soon as it becomes available. Updated information will also be posted on the AirAsia website, www.airasia.com.  
Note to Editors: We ask that members of the news media do not call the AirAsia Emergency Call Centre, as this line is reserved for family members seeking information about those who may have been on board. For media inquiries, please contact +622129270831. 

Fontes:  

  • http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2014/12/aviao-da-airasia-com-162-a-bordo-some-entre-indonesia-e-cingapura-4671275.html
  • https://www.facebook.com/notes/airasia/updated-statement-qz8501/10152667884908742

domingo, 28 de dezembro de 2014

Não dê esmolas, dê oportunidade​

http://odeter.blogspot.com.br/search
?q=mendigo
Hoje enquanto lia a matéria "Não dê esmolas, dê oportunidade de" Ricardo Campos - Diretor da CDL de Florianópolis e presidente do Conseg do Centro, lembrei de um caso inusitado.

Um certo rapaz que abordou-me pedindo dinheiro. Era magro, jovem, vestido modestamente, carregava uma pasta de plástico cor-de-rosa com alguns papéis dentro. E tinha uma lábia para persuadir qualquer pessoa que já não estivesse acostumada com os vários tipos de golpe que os impostores praticam  .

Esse cidadão mendicante ou melhor muito esperto, estuda as situações para ter argumentos quando aborda as pessoas na cidade de Florianópolis (SC).

Ele fica a espreita todas as sextas-feiras em frente a uma clínica na Barão de Batovi, nos demais dias, perambula pelas ruas que possuem moradores com poder aquisitivo alto.

Já o encontrei diversas vezes, contando a mesma história. Na primeira e segunda oportunidade, foi quando me dirigia a clínica para realizar exames. O moço calmamente narrou a sua triste história. Era do interior, estava com seu currículo na pasta e estaria participando de um processo de emprego num Supermercado da capital, porém não tinha onde dormir, o que  comer e precisava de dinheiro.

Recomendei-lhe o albergue  da Hercílio Luz, pois atendem esse tipo de necessidade. Prontamente respondeu que já havia estado lá, e que a Assistente Social não autorizara sua permanência, pois o albergue estava lotado.

Então argumentou que tinha conseguido um quartinho com banheiro no centro para dormir e tomar banho, mas que custava R$ 100,00 e ele não tinha esse dinheiro.

Disse-lhe que deveria insistir, passar no final da tarde no albergue que iria conseguir. Quando o bom e calmo moço viu que não ia conseguir dinheiro, começou o seu teatro " - e agora o que vou fazer, vou ter que dormir na rua, estou com fome, como vou fazer ?"

Enquanto aguardava para realizar os exames fiquei observando ele através do vidro. Abordava todas as pessoas que passavam a pé pela rua ou que estavam dentro dos carros aguardando.

Mais tarde enquanto voltava para casa, encontrei-o descendo a rua cantarolando e subiu em direção ao morro.Depois disso vi ele abordando senhoras na Rua Luiz Delfino, contando a mesma história, sem dar espaço para a pessoa falar. Felizmente ela estava acompanhada da filha. Esta vinha alertando-a para não ficar dando ouvidos a esse tipo de pessoa. Então lhes contei a verdade, ficaram agradecidas e com a consciência tranquila, pois não contribuíram com a mendicância.

Agora você já conhece o cidadão da pasta cor-de-rosa e muita lábia. Já sabe que ele não quer trabalhar, mas sim viver às custas do povo.  Para esse tipo de pessoa não falta oportunidade, falta é ter vergonha na cara e dignidade!

Leia!

"Não dê esmolas, dê oportunidade de" Ricardo Campos - Diretor da CDL de Florianópolis e presidente do Conseg do Centro.

A mendicância é quase tão antiga quanto as próprias cidades e para entendê-la é preciso ver além da pobreza. Em tese, são indivíduos em estado de extrema carência material forçados a viver na rua, originando o termo vagabundo – aquele que vaga, que tem uma vida errante. O tempo tornou a questão bem mais complexa, e a indigência também está associada a drogas, alcoolismo ou doenças psiquiátricas. E também há os “profissionais”, que acham mais fácil e lucrativo mendigar a exercer um emprego normal.

Não é possível ignorá-los e menos ainda tratá-los com assistencialismo, mesmo que pareça um grande desafio resgatá-los ao convívio social. A CDL de Florianópolis e o Conseg do Centro lançaram a campanha Não dê esmola, dê oportunidade, para conscientizar moradores e comerciantes de como efetivamente ajudar a população de rua. Há uma rede de serviços de assistência social oferecendo alimentação, banho, moradia e atendimento psicossocial. Os espaços de acolhimento para a população de rua têm 140 vagas entre albergues e casas de apoio, além dos serviços da rede privada.

Cada vez que é doado dinheiro ou alimentos, o morador de rua sente-se estimulado a permanecer na mendicância. E o dinheiro pode ser usado para comprar drogas ou álcool. A alternativa é estender-lhes condições reais de reestruturação, garantindo os direitos da população de rua, o que significa transcender o assistencialismo e o voluntarismo. As ações educativas já começaram a ser desenvolvidas com usuários do Ticen, feirantes do Largo da Alfândega, frequentadores de igrejas, restaurantes, padarias, bancos e demais estabelecimentos onde há maior frequência e permanência do morador de rua. Além de orientações sobre como agir no atendimento a essa população, o material distribuído ensina como proceder em caso de violação dos direitos desses indivíduos, desordem ou ocupação irregular do espaço público municipal, além de roubo, furto ou invasão de propriedade. O trabalho é de longo prazo, mas as consequências sociais, salvando vidas, justifica o empenho. "

Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/diario-da-redacao/noticia/
2014/12/nao-de-esmolas-de-oportunidade-8203-4659744.html

sábado, 27 de dezembro de 2014

Comprovante de Transferência Bancária


Essa transferência é uma fraude. Se receber a mensagem, denuncie SPAM e a delete.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Segue comprovante de envio de nota fiscal


Se receber a mensagem, denuncie SPAM e a delete. É apenas mais um pishing.


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Emissão de NF-e (Nota Fiscal Eletrônica)


Se receberem esta mensagem, denunciem SPAM e deletem-na. Ela é pishing e foi enviada fraudulentamente usando meu endereço de e-mail.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Retire seu prêmio

Retire seu prêmio é o título desta mensagem que me foi enviada por novidades@gaby.news-br.com. Alerto-os que esse é o mesmo endereço de muitos pishings que recebi e postei neste blog.

Observem que agradecem a minha participação, eu não participei de nada. Dizem que fui selecionada entre milhares de usuários para ganhar GRATUITAMENTE um desses três aparelhos.   Obviamente que não cliquei no link indicado para escolher o prêmio e aconselho que você também não o faça.

A mensagem é muito semelhante a outra que originou o post http://odeter.blogspot.com.br/2012/07/novo-ipad-da-apple-uma-farsa.html.

Sugiro que se você receber a mensagem, não a abra e delete-a.








domingo, 14 de dezembro de 2014

CNH terá novo modelo a partir de julho de 2015

Essa informação é do site: http://www.diariodecontagem.com.br/Materia/7612/cnh-tera-novo-modelo-a-partir-de-julho-de-2015.

Esse jornal traz sempre notícias  informativas e relevantes.




sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Gnomo Jacinto

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Cielo usado por fraudadores para enganar terceiros


  • Parabéns voce acaba de ser premiado, cadastre-se e resgate seu prêmio.
  • Promocão Cielo Compra Premiada
  • Promocão Cielo Fidelidade
Esses três títulos correspondem às imagens abaixo, cujas mensagens fraudulentas foram enviadas a mim como se eu as tivesse enviado. Isso pode estar acontecendo com você. Não as abra, denuncie SPAM e delete-as.

O nome da Cielo está sendo usado indevidamente. Quando você tiver alguma pendência a tratar com a Cielo, faça isso diretamente através do site oficial ou telefones constantes nesse.

Não caía na armadilha! 














quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Exército Voluntário - convite

Recebi essa mensagem com o título Convite exclusivo, você tem que ver isto! (Exército Voluntário). Como o título não indicava do que se tratava, e pensando referir-se a um trabalho voluntário, fui até o site deles    http://www.exercitovoluntario.com.br/  na intenção de descobrir e atualizar os leitores.

Deparei-me com algo já conhecido. Assemelha-se  a várias outras mensagens que circulam on-line, como por exemplo, ajuda mútua, pirâmide financeira ou seja lá o nome que queiram dar. Os cálculos no site deles são os mesmos de outras mensagens que já postei neste blog, chegando a atingir níveis financeiros impossíveis de se crer.

A mensagem está aí, faça você sua avaliação. 

E lembre-se que você é o único responsável pela decisão que tomar. E que pirâmide financeira é crime.



sábado, 22 de novembro de 2014

Poema em Linha Reta

Wikipédia
Estátua 
     de Fernando Pessoa 
          da autoria de Lagoa Henriques
               no café A Brasileira
                    no Chiado
                         Lisboa








Poema em linha reta



Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Fonte do poema: PESSOA, Fernando. In: Obra poética. Rio de Janeiro: Cia. José Aguilar Editora,  1972. P. 418.


Um olhar sobre o poema

O título do poema Poema em Linha Reta” de Fernando Pessoa nos conduz a algumas reflexões. Se a vida tem tantos vieses, seria qualquer coisa, menos uma linha reta. O poeta a vê como um percurso com seus naturais desvios, obstáculos e lugares obscuros.   “eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo”. Neste verso, o poeta parece expressar que não interessa quão longas foram as suas buscas, ele não encontrou ninguém como ele.

No poema, o heterônimo Álvaro de Campos faz uma crítica feroz à hipocrisia. Na terceira estrofe, ele revela-se por demais contrariado com essas fingidas virtudes. Ele não crê que possa haver mudanças, mas insiste que as pessoas devam ter coragem para assumir seus deslizes, ainda que não revelem seus pecados ou atos violentos. “Quem me dera ouvir de alguém a voz humana / Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia" / "Que confessasse não uma violência, mas uma covardia”.

Na sua época, o poeta já percebia as máscaras usadas pelas pessoas na sociedade, as quais enalteciam seus triunfos, ocultando por trás destes, seus defeitos.

O eu-lírico expõe os seus defeitos (porco, vil, parasita, sujo, ridículo, absurdo, mesquinho submisso, arrogante, etc), mas depois, nas três últimas estrofes, questiona o leitor em busca de respostas para seu descontentamento com as atuações sociais. “Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?”. 


No verso “tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas”,  apesar de Álvaro de Campos se mostrar favorável às convenções sociais, gostaria que os seres humanos se mostrassem como de fato são, sem precisar esconderem-se por detrás de máscaras.

Fernando Pessoa vê os seres humanos com tendências ao desamor, à traição e ao ridículo. Ele repele a rotulação como semideuses (não-humanos).
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"
Muitas outras interpretacões são possíveis, depende do sentir e da experiência de vida de cada um. Mas o assunto é contemporâneo, e observa-se que ainda hoje, as coisas são assim.  Talvez com uma hipocrisia muito maior, pessoas mostrando-se com um aparente estado de felicidade e de poder, cujos fingimentos, um dia vêm à luz da verdade!


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cédula falsa gera indenização


Cédula falsa gera indenização, um novo entendimento.

Outrora, quando uma pessoa tentava fazer qualquer operação em uma agência bancária e entre seu dinheiro havia alguma cédula falsa, essa era retida e enviada ao Banco Central com o nome do detentor, sem restituição do valor, e independente das alegações ou justificativas da pessoa. Era curioso, porque as pessoas ainda que não concordassem, pareciam amedrontadas e aceitavam tal imposição.

Hoje circula na mídia a notícia de que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou o Banco do Brasil a indenizar um policial em 50 reais por danos materiais, mais 10 mil reais por danos morais por haver sacado uma cédula falsa. Ele entrou com uma ação contra o banco e foi indenizado, cujo entendimento do Tribunal foi de que, independente de culpa em defeito ou falha na prestação de serviços, os bancos são obrigados a indenizar seus usuários.  

Mas cuidado ao pensar em fazer a mesma coisa para não ter prejuízo. Nessa notícia não existe detalhamento da ocorrêcia e provas. Lembre-se de que provar que a cédula falsa foi sacada na agência  bancária não será uma tarefa fácil, e dependerá da interpretação de quem vai julgar. Mas buscar direitos legítimos é um dever de todo cidadão.  Essa indenização já foi um avanço! 

Veja como reconhecer uma cédula verdadeira, segundo o Banco Central.

https://www.google.com.br/url?
  

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

GVT - Bloqueio INTERNET e pagamento da sua fatura, uma nova fraude



GVT - Bloqueio INTERNET e pagamento da sua fatura. Não sou cliente GVT, portanto não posso ter dívida nenhuma, tampouco fatura com essa empresa. E ainda que tivesse, jamais poderiam usar essa forma de cobrança. Portanto, é mais uma fraude! 

Se você recebê-la, denuncie SPAM e delete-a.  O  link da suposta segunda via da conta remete para http://www.mossnabservice.ru/components/com_content/views/archive/
tmpl/img/?13611__13611__.

Observem o texto da mensagem, contrariando a lógica, como poderia ter número de cliente sem ter sido cadastrado? E ao final da imagem diz que estou recebendo a mensagem porque estou cadastrada no PORTAL. É só mais um alerta para você.


GVT posvendas@fnaccomercio.com.br por berghoff.kg. Esse é o mesmo endereço do emissário de uma outra fraude praticada em nome da FNAC. Click no link http://odeter.blogspot.com.br/2014/07/nota-fiscal-eletronica-fnac-comercio.html e leia-a.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lição sobre a água (António Gedeão)


Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.

É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.

Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão. 



GEDEÃO, António. Poesias Completas (1956-1967). Lisboa. Portugália, 1972. p. 244-5. 


Colégio web
“Lição sobre a água”. Por um poeta ou por um professor? Creio que por ambos, eles se fundem, assim como a ciência e a poesia.

As duas primeiras estrofes falam das propriedades físicas da água e da sua utilidade, enquanto que na terceira  o tom é outro. Apresenta um ritmo mais lento e imponente que substitui o trivial das estrofes anteriores.

Os dois primeiros versos da terceira estrofe aludem ao amor e a vida, já o terceiro retrata a morte, a podridão e a frieza que se refletem no corpo de Ofélia boiando e putrefando. Isto evoca Ofélia da tragédia de HAMLET de Shakespeare. Ela amava HAMLET e transtornada pela dor porque ele matara seu pai, morreu afogada.

No quarto verso, o vocábulo nenúfar significa uma planta aquática da família das ninfáceas. Esta palavra nos remete às ninfas, divindades gregas dos bosques e dos rios,  as quais eram bonitas e formosas. Assim, é um signo evocador da juventude, da beleza e da vida.


http://azu1.facilisimo.com/ima/i/5/a/7d/am_626723_5907713_631905.jpg
As flores são símbolos universais, a camélia branca representa a beleza perfeita. E como todas as demais se desenvolve a partir da terra e da água. Lembram-se da deusa Flora raptada por Zéfiro (vento) que se enamorou dela, concedendo-lhe assim o poder de reinar sobre todas as demais flores. 

Então, podemos viajar um pouco através da literatura. Talvez pudéssemos inferir que o nenúfar na mão de Ofélia tivesse recebido uma recompensa de poder e reinado. Que a traria novamente à vida ou a levaria desta, bela e formosa como na juventude, purificada pela água em que estava imersa, líquido de sustentação das vidas em geral. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O estresse! O mal contemporânero!


O estresse! O mal contemporâneo! Sabemos que o estresse atinge uma massa significativa de pessoas, mas nem todas procuram ajuda profissional, até porque desconhecem a gravidade que o estresse pode acarretar na sua saúde e na sua vida.

O gráfico abaixo é do Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM).  



A matéria que você lerá na sequência é bastante esclarecedora.  Vale a pena lê-la!

O Estresse
Alexandrina Meleiro

Estresse é um termo que se vulgarizou nos últimos tempos. Queixa-se de estresse o homem que chega em casa depois de um dia de muito trabalho, de trânsito pesado e das filas do banco. Queixa-se a mulher que enfrentou uma maratona de atividades domésticas, profissionais e com os filhos. À noite, terminado o jantar, com as crianças recolhidas, os dois mal têm forças para trocar de roupa e cair na cama.

A palavra estresse não cabe nesse contexto. O que eles sentem é cansaço, estão exaustos e uma noite de sono é um santo remédio para recompor as energias e revigorá-los para as tarefas do dia seguinte.

A palavra estresse, na verdade, caracteriza um mecanismo fisiológico do organismo sem o qual nós, nem os outros animais, teríamos sobrevivido. Se nosso antepassado das cavernas não reagisse imediatamente, ao se deparar com uma fera faminta, não teria deixado descendentes. Nós existimos porque nossos ancestrais se estressavam, isto é, liberavam uma série de mediadores químicos (o mais popular é a adrenalina), que provocavam reações fisiológicas para que, diante do perigo, enfrentassem a fera ou fugissem.

É pela ação desses mediadores que, num momento de pavor, os pelos ficam eriçados (diante do cão ameaçador, o gato fica com os pelos em pé para dar impressão de que é maior), o batimento cardíaco e a pressão arterial aumentam, o sangue é desviado do aparelho digestivo e da pele, por exemplo, para os músculos que precisam estar fortalecidos para o combate ou para a fuga. Vencido o desafio, vem a fase do pós-estresse. Quem já passou por um susto grande sabe que depois as pernas ficam trêmulas e, às vezes, andar é impraticável.

No entanto, o estresse do mundo moderno é muito diferente do que existia no passado. Resulta do acúmulo de pequenos problemas que se repetem todos os dias. A promissória a vencer no banco e o compromisso com hora marcada prejudicado pelo congestionamento inexplicável não liberam mediadores na quantidade necessária para enfrentar um animal ameaçador, mas provocam um discreto e constante aumento da pressão arterial e do número dos batimentos cardíacos que, sem dúvida, trazem consequências nefastas para o organismo.

O estresse é uma defesa natural que nos ajuda a sobreviver, mas a cronicidade do estímulo estressante acarreta consequências danosas ao nosso organismo. Embora a tendência do indivíduo seja elaborar estratégias para resolvê-las, muitas vezes, ele vai se adaptando às exigências do chefe intransigente, à situação econômica difícil, aos revezes do dia a dia. Se não conseguir criar essas estratégias, seu organismo não irá reagir convenientemente diante dos problemas e dará sinais de cansaço que podem afetar os sistemas imunológico, endócrino, nervoso e o comportamento do dia a dia. A continuidade dessa situação afeta a pessoa, exaurindo suas forças e ela cai num estado de exaustão, de estresse propriamente dito. Caso não consiga reverter o processo, as consequências não tardarão a surgir: aumento da pressão arterial, crises de angina que podem levar ao infarto, dores musculares, nas costas, na região cervical, alterações de pele, etc. Daí a importância de a pessoa estar alerta para os sinais que o corpo registra.

Há pessoas que experimentam picos de adrenalina e vivem bem assim. Os corredores de Fórmula 1, por exemplo, mostram-se bem adaptados ao estresse inerente à sua profissão.
Quando se deve desconfiar de que algo diferente está ocorrendo? Se a pessoa notar que já não se levanta com a mesma disposição, a mesma energia para desempenhar suas atividades diárias, que se irrita com os outros facilmente, que seu comportamento está fugindo do padrão habitual, se não consegue dormir, ou mesmo dormindo a noite inteira, não acorda descansada, pois o sono não foi tranquilo e reparador, precisa ficar atenta. Algo dentro dela está avisando que as coisas não vão bem e que é fundamental tomar certas medidas para evitar consequências mais sérias. Em geral, é alguém de fora que chama atenção para o problema. A roda da vida quase sempre impede que a própria pessoa perceba com clareza o que está acontecendo com ela.

O estresse não está categorizado na classificação internacional das doenças. O que se observa, porém, já há algumas décadas, é que ele está presente nos consultórios dos médicos de diversas especialidades: cardiologistas, pneumologistas, endocrinologistas, clínicos gerais, psiquiatras. Isso leva a crer que, em breve, haverá uma modificação no Código Internacional de Medicina e ele será considerado uma categoria diagnóstica. Atualmente, é classificado como uma síndrome que afeta vários órgãos.

Não é raro a pessoa procurar um médico, ser examinada, fazer exames e ouvir: “Isso não é nada. É só emocional”.  Ora, se é emocional, é alguma coisa. Não é sensato esperar que as doenças se instalem (hipertensão, lesões nas coronárias, hipertrofia cardíaca) para tomar uma providência. Se existe um fator emocional que está desencadeando o desconforto, ele precisa ser valorizado. Nesses momentos, é sempre bom perguntar o que pode estar favorecendo o aparecimento dos sintomas. Aquilo que é estressante para um indivíduo, pode não significar nada para outro. A reação de cada um está vinculada à genética, ao temperamento, à personalidade, à maneira de perceber e assimilar as situações.

Dois irmãos, mesmo que sejam gêmeos e criados da mesma forma, podem desenvolver reações absolutamente diferentes. Um se descontrola se fica preso no trânsito na volta para casa; o outro aproveita a ocasião para ouvir música, relaxar, esvaziar a cabeça e esquecer o chefe ranzinza que cobra o serviço com urgência e depois o esquece em cima da mesa. Se a promissória está para vencer na semana seguinte, um perde logo o sono e a tranquilidade, enquanto o outro deixa tudo para resolver na véspera do vencimento.

É bom lembrar que não existem problemas sem solução. Basta que nos empenhemos em encontrá-la. Nem sempre aparece a solução ideal, a que gostaríamos de alcançar, mas temos de aceitá-la, seja ela temporária ou definitiva.

Quem costuma protelar as decisões indefinidamente, em determinado momento, terá de enfrentar as consequências desse comportamento sossegado. No entanto, sofrer antecipadamente não ajuda a resolver o problema. É preciso aprender a gerenciar os acontecimentos e a buscar estratégias para encontrar uma solução.  Veja o caso da pessoa que fez um empréstimo no banco. O razoável é que levante algumas possibilidades para juntar o dinheiro do pagamento e estabeleça metas de poupança. Reduzir as compras no supermercado, abrir mão do celular, cortar despesas com o supérfluo pode ser um bom caminho.

A pessoa que não sabe administrar os problemas de cada dia precisa aprender a fazê-lo. Às vezes, a ajuda de um profissional é indispensável para evitar que a qualidade e o tempo de vida fiquem seriamente comprometidos por esse comportamento.

Não é só a educação, mas é também a educação que interfere nessa forma de agir. Às vezes, nos deparamos com dois irmãos, gêmeos até, um muito sossegado e o outro extremamente agitado. É uma característica individual, uma exigência interna. Por isso, diante de um mesmo evento cada um reagirá a seu modo.

Todos temos, porém, uma maquininha de fabricar estresse. O irmão que precisa ter tudo em ordem antes de se arrumar para a escola demonstra uma necessidade de perfeição, de ser organizado para sentir-se bem que o outro desconhece. Pouco importa para quem não é exigente se a camisa está abotoada, os tênis limpos, o lanche bem arrumado. Se, em geral, os desligados tendem a usufruir melhor qualidade de vida, são eles que penam para sobreviver no mercado competitivo de trabalho. Por isso, o importante é aprender a adequar-se às exigências. Nem ser o menino que quer tudo perfeito nem o relaxado que não se abala com nada.

Se os pais não souberem dizer não para filhos, se não lhes ensinarem um mínimo de organização, não os estarão preparando para a vida. Por outro lado, se forem exigentes demais, podem estar estimulando o estresse do filho. Vamos analisar casos extremos diante do exame vestibular. O desorganizado não consegue estruturar-se para estudar e, na hora da prova, se perde entre as questões. O outro, apesar da boa perfomance intelectual que demonstrou ao longo da vida escolar, tem um lapso de memória e não consegue lembrar-se do que estudou.

Isso é uma exigência interna decorrente do estresse, da cobrança que ele se impõe na vida, diante das coisas que executa e faz. E se pensarmos que só os adultos estão sujeitos a desenvolver esse quadro, estaremos enganados. As crianças estão cada dia mais estressadas. Elas vão para a escola, estudam línguas estrangeiras e informática, fazem natação, balé, judô e não têm tempo para mais nada.

É preciso desde cedo aprender a organizar a vida. Sem dúvida, o trabalho é essencial na vida de adultos e crianças, mas não é tudo. Todos precisam de lazer e a maioria das pessoas estressadas não sabe sentir prazer. Muitos não se permitem gozar a satisfação de ter completado uma tarefa, seja ela qual for. Sentir prazer ameniza o impacto do estresse.
Nós temos sempre que pensar no lado positivo das coisas. Isso ajuda os neurotransmissores a não detonar nosso organismo. Se houve uma enchente na marginal e o trânsito estava engarrafado, ter seguro para consertar o carro ou escapar ileso da confusão já é uma grande conquista. Se formos capazes de olhar o lado positivo, mesmo que tudo pareça muito complicado, é um caminho para encontrar uma saída. Na verdade, construímos nosso destino e garantimos a qualidade de nossas vidas de acordo com o modo de enfocar possíveis contratempos.

Em geral, a insatisfação permanente que os adultos carregam como um fardo deriva do aprendizado de um comportamento. A criança não está preocupada com as tarefas, mas a mãe, o pai e os professores cobram que sejam feitas no prazo certo e com capricho. Essa cobrança vai sendo internalizada e, em dado momento, ela passa a cobrar de si mesma um desempenho impecável e perde essa coisa gostosa da infância que é sentir-se feliz e nada mais. Alcançar sempre a perfeição é um objetivo estressante e quase impossível. E as pessoas se torturam por causa disso. Esses extremos de cobrança aumentam o nível de estresse e favorecem a adição de drogas, do álcool, os quadros de depressão, ansiedade e somatização.

O estresse age como os cupins que vão roendo a madeira até sobrar só uma capa externa de verniz. Quando nos damos conta, ele já danificou vários órgãos, comprometeu a performance profissional e o relacionamento dentro e fora de casa. Não importa o que o tenha provocado. Ele interfere em todas as áreas porque as pessoas não são constituídas por departamentos estanques. A primeira reação é de enfrentamento. Depois, o organismo opõe resistência ao estímulo, produz menos adrenalina e glicose para vencer o obstáculo, entra num processo de falência e surgem as doenças. Por isso, é importante as pessoas estarem alerta para o que compromete sua qualidade de vida.

O trânsito está congestionado, as pessoas param no bar e tomam uma cerveja. Aproxima-se a hora da reunião com a diretoria ou de falar em público, um uísque ajuda a criar coragem. O álcool funciona como um grande ansiolítico. Se possui esse lado angelical – amenizar a ansiedade em certos momentos -, tem também um lado diabólico: a necessidade de recorrer ao álcool aumenta sistemática e gradativamente e inúmeros prejuízos decorrem de seu uso crônico.

É muito comum em profissões de maior impacto de estresse, a existência de um número grande de etilistas. Por quê? Porque diante de situações que não sabe administrar, a pessoa recorre ao álcool (e a outras drogas, como maconha, cocaína, energizantes, etc.) para se anestesiar, criando, assim, uma fantasia de bem-estar com consequências potencialmente desastrosas.

Em geral, as profissões de maior impacto de estresse são as que lidam com o ser humano, nas quais a interrelação pessoal é permanente. Médicos, professores, jornalistas são exemplos de gente que não pode falhar. Recentemente, os policiais passaram a engrossar esse grupo, assim como as pessoas que trabalham em bolsas de valores e em bancos por causa da instabilidade do sistema financeiro. Outro dia me perguntaram se as donas de casa estariam livres do estresse. Não estão. Gerir uma casa com orçamento minguado e múltiplas responsabilidades as tornam sujeitas a cargas maciças de estresse.

Elas têm de administrar o orçamento, orientar os filhos que estão também estressados com os trabalhos da escola, acalmar o marido que chega de mau humor porque brigou com o chefe. Muitas ainda trabalham fora e procuram dar conta da dupla jornada com profissionalismo.

Na verdade, geralmente a mulher é a pessoa que mais trabalha na família. Não tem folga nos fins de semana nem nos feriados. A dona de casa acaba sendo o centro de tudo. Todas as pancadas recaem sobre ela.

Há tempos, uma pesquisa espanhola comparou os níveis de estresse em homens e mulheres.  A não ser na infância, independentemente da profissão, na faixa etária entre 30 e 40 anos, o nível de estresse feminino era de 6% a 10% maior do que o masculino. Uma matéria publicada pela revista Veja destacou a vida de grandes executivas que tinham de conciliar o cuidado com os filhos e as atividades profissionais. Raramente os pais dessas crianças deixavam de trabalhar para levá-las ao médico. Isso era responsabilidade das mães.  Se cabe a elas tanta responsabilidade, é preciso que aprendam a gerenciar suas vidas para transformar essa fonte de estresse em fonte de prazer.

Para prevenir o estresse o primeiro passo é identificar a causa do estresse e verificar se é possível afastá-la. Se não for, é preciso criar estratégias para resolvê-la. Às vezes, a solução encontrada não é a ideal, mas é a que se pode pôr em prática naquele momento.
Além disso, horas de sono e de lazer para reduzir os níveis constantes de adrenalina também são boa medida profilática.

A atividade física, mas sem cobrança de desempenho perfeito, é fundamental nesse processo e curtir alguns hobbies ajuda muito desde que não estejam relacionados com o trabalho do dia a dia. Se sou médica, vou me distrair fazendo crochê, tricô ou pintura para meu cérebro descansar nesse período.

Acima de tudo, a pessoa não deve automedicar-se. Incluo nisso o álcool que anestesia, os tranquilizantes e os analgésicos. Se a pessoa não conseguir controlar os níveis de estresse sozinha, deve procurar ajuda profissional.

A atividade física ajuda a neutralizar a ação dos neurotransmissores que são liberados pelo estresse, porque nosso organismo tem uma fábrica excelente de endorfina. Se fizermos exercícios, quaisquer que sejam eles, por mais de 20 minutos, o nível de endorfina, principalmente no cérebro, aumenta e isso proporciona uma sensação de bem-estar. Na época em que o professor Jatene era ministro da Saúde, dizia que, quando a coisa pegava fogo, saía andando pelo Ministério para baixar o nível de adrenalina e liberar endorfina a fim de refletir melhor para tomar medidas  acertadas.

Alexandrina Meleiro é médica psiquiatra e trabalha no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo