Portugal pode ter um milhão de habitantes a menos até 2030

Odete Soares Rangel

Assistindo aos noticiários da manhã na SKY, fiquei surpresa com a notícia de que as mulheres estavam sendo pagas para terem bebês, em Portugal. Embora, em algumas localidades os governos tenham cessado o incentivo por dificuldades financeiras, em outros, como na Vila do Alentejo, ele continua. Vejam os valores da tabela: R$ 1.400,00 pelo primeiro filho, R$ 2.800,00 para o segundo e R$ 4.200,00 a partir do terceiro filho. 

Perguntada se teria mais filhos, a mãe Suzana mostrou-se indecisa, disse que já tinha duas meninas, gostaria de um filho homem.

Queira Deus que todas as mães tenham consciência de suas ações, que tenham filhos por opção, instinto maternal e por amor; e não apenas porque serão recompensadas. A matéria está disponível no link indicado ao final desta página.  

"Edição do dia 22/01/2013

22/01/2013 10h02 - Atualizado em 22/01/2013 10h02

Portugal pode ter um milhão de 

habitantes a menos até 2030

O esvaziamento de Portugal é um problema cada vez mais grave. O índice de natalidade caiu violentamente nos últimos 40 anos.

André Luiz Azevedo

Mora, Portugal

Em Portugal, a população está encolhendo. O país pode ter um milhão de habitantes a menos nos próximos anos. E a crise econômica está atingindo até os programas de incentivo à fertilidade, que dão dinheiro a famílias que se dispõem a ter mais filhos.

A portuguesinha Alice Caeiro nasceu em novembro do ano passado. Trouxe alegria e também um pouco de dinheiro para a mãe, Suzana, que recebeu da prefeitura uma recompensa de mil euros, cerca de R$ 2,8 mil. “Aqui na aldeia só nasceu ela no ano passado”, conta a mãe.

A cidade está definhando por falta de moradores. O prefeito da região, que inclui vários lugarejos como Brotas, calcula que já gastou quase R$ 400 mil em prêmios por filhos. Nasceram 186 bebês.

“Este incentivo que nós damos à população é importantíssimo, porque permite que elas comprem as primeiras fraldas, caminha para o bebê”, diz o prefeito.

O esvaziamento de Portugal é um problema cada vez mais grave. O índice de natalidade caiu violentamente nos últimos 40 anos. Por isso, no início da década, mais de cem cidades de todo o país começaram a pagar para as famílias terem filhos.

Mas a crise financeira também está atrapalhando os programas de incentivo à fertilidade em Portugal. Por falta de dinheiro, dois terços das prefeituras cancelaram os projetos. Na Vila do Alentejo, o incentivo continua e vale a tabela: R$ 1,4 mil pelo primeiro filho, R$ 2,8 para o segundo e R$ 4,2 mil a partir do terceiro filho.

Em 2012, o projeto foi vitorioso, e nasceram 25 crianças. Mesmo assim o déficit continuou, porque morreram 50 pessoas. Em todo o país, em 2012 foram cerca de 90 mil nascimentos e mais de 100 mil mortes. Aliado a isso, a crise fez aumentar a emigração de jovens e o sinal vermelho acendeu para o encolhimento da população.

“Estimativas que foram feitas muito recentemente mostram que Portugal poderá perder, até 2030, cerca de um milhão de habitantes”, afirma Filomena Rodrigues, da Associação Portuguesa de Demografia.

A esperança é que mais portuguesas se animem e voltem a ter mais filhos como no passado. “Não sei se vou parar ou ter mais filhos. São duas meninas, gostava de um menino”, afirma."

Fonte:http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/01/portugal-pode-ter-um-milhao-de-habitantes-menos-ate-2030.html