Odete Soares Rangel
Joaquim
Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento,
na cidade do Rio de Janeiro. O carioca é filho de Francisco José de Assis
e de Maria Leopoldina Machado de Assis, mas nem sua infância pobre atrapalhou
seus planos de escritor. Ele é um ícone na história da literatura brasileira.
Perdeu sua mãe ainda pequeno e o pai aos 12 anos, então foi criado por Maria Inês, sua madrasta. Sua situação financeira não lhe permitia apenas estudar, assim dividiu seu tempo entre estudar e vender doces, quando menino.
Assimilava os conteúdos com facilidade, isso lhe possibilitou construir sua vasta cultura literária como autodidata.
Em 12.01.1855, Machado publicou seu primeiro trabalho: a poesia "Ela" na revista Marmota Fluminense. Em alguns escritos sobre o autor, consta como se fosse "A Palmeira", mas na verdade, esta foi publicada logo a seguir, em 16/01/1855.
De 1856 a 1858, atuou como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional. Foi nessa época que conheceu o escritor Manuel Antônio de Almeida de quem tornou-se amigo.
Em 1858, começou a trabalhar como revisor na Tipografia e Livraria Paula Brito. Fez amizade com vários intelectuais e passou a escrever assiduamente em vários jornais e revistas cariocas (contos, crônicas, crítica).
Nos anos de 1859 e 1860, Machado escreveu para o Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias.
Na década de 1860, consolidou sua carreira profissional como revisor e editor. Foi nessa época, que conheceu Faustino Xavier de Novais, diretor da revista “O futuro” e irmão de sua futura esposa.
Como tradutor, teria ele publicado "Queda que as mulheres têm para os tolos" em cinco capítulos, no período de 19 de abril a 3 de maio de 1861, na revista carioca A Marmota. Muitos escritores questionam essa autoria, já que Machado nunca trouxe indicação de autoria ou tradução da obra.
Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias "Crisálidas" em 1864, a partir daí o sucesso veio com a publicação do romance “Ressurreição” em 1872.
A vida de intelectual foi amparada por uma promissora carreira constituída no funcionalismo público.
No ano de 1874, escreveu o romance “A mão e a luva” em uma sequência de publicações realizadas dentro do jornal O Globo, na época, mantido por Quintino Bocaiuva.
Atingindo uma popularidade inesperada, passou a produzir sempre mais. Durante as comemorações do tricentenário de Luís de Camões, produziu uma peça de teatro encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II.
Entre 1881 e 1897, o jornal Gazeta de Notícias abrigou grande parte daquelas que seriam consideradas suas melhores crônicas.
Foi em 1881 que se consolidou o sucesso pela publicação do romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” que marca o início da sua obra realista. Um dos textos mais importantes para o realismo na literatura brasileira.
Os romances de Machado estão classificados em duas fases. Na 1ª fase, temos : Ressurreição (1872); A mão e a luva (1874); Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878). Na 2ª fase: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881); Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1899); Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).
Li muitos dos contos de Machado de Assis, iniciando pelo Alienista. Neste, em particular, Machado faz uma sátira feroz da crença generalizada no poder da ciência, que tudo explicaria, inclusive a mente humana. Com a criação do Doutor Simão Bacamarte, o médico dos loucos, Machado mostra que a vida não é tão simples como parece.
A leitura de toda a sua obra é indispensável, são narrativas que exploram a loucura, o adultério, a alma feminina, a sedução e vão construindo teias que enredam e apaixonam o leitor ao tentar desvendar a psicologia usada por ele para analisar o ser humano. Aqui vão algumas sugestões de leitura. "A igreja do diabo", Cantiga de esponsais", "Singular ocorrência", "A cartomante", "A causa secreta", "Um Apólogo", "Missa do galo", "Uns braços", "Um homem célebre" e "Teoria do Medalhão". Adorei todos eles.
Em 1897, ele foi eleito o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Ele mantinha uma ampla rede de amizades com escritores famosos como José de Alencar, Gonçalves Dias, Manoel de Macedo e Manoel Antônio de Almeida. E foi essa que lhe abriu portas para um outro importante passo na história da literatura brasileira. Em reuniões com José Veríssimo (amigo e escritor) discutiu as primeiras medidas para a criação da Academia Brasileira de Letras, projeto apoiado por outros escritores e que lhe rendeu o titulo de o primeiro presidente da instituição. Em 1908, em decorrência de sua morte, foi sucedido por Rui Barbosa.
Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908, deixando uma enorme lacuna na literatura brasileira.
Sou uma profunda admiradora das obras de Machado de Assis, por isso compilei alguns dos melhores links sobre a trajetória do escritor e estou compartilhando com você.
Click nos links e você encontrará o material mais vasto e específico sobre o escritor. O primeiro deles é um dos mais completos. Visite-os.
http://machado.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=166:conto&catid=34:obra-completa&Itemid=123
Perdeu sua mãe ainda pequeno e o pai aos 12 anos, então foi criado por Maria Inês, sua madrasta. Sua situação financeira não lhe permitia apenas estudar, assim dividiu seu tempo entre estudar e vender doces, quando menino.
Assimilava os conteúdos com facilidade, isso lhe possibilitou construir sua vasta cultura literária como autodidata.
Em 12.01.1855, Machado publicou seu primeiro trabalho: a poesia "Ela" na revista Marmota Fluminense. Em alguns escritos sobre o autor, consta como se fosse "A Palmeira", mas na verdade, esta foi publicada logo a seguir, em 16/01/1855.
De 1856 a 1858, atuou como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional. Foi nessa época que conheceu o escritor Manuel Antônio de Almeida de quem tornou-se amigo.
Em 1858, começou a trabalhar como revisor na Tipografia e Livraria Paula Brito. Fez amizade com vários intelectuais e passou a escrever assiduamente em vários jornais e revistas cariocas (contos, crônicas, crítica).
Nos anos de 1859 e 1860, Machado escreveu para o Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias.
Na década de 1860, consolidou sua carreira profissional como revisor e editor. Foi nessa época, que conheceu Faustino Xavier de Novais, diretor da revista “O futuro” e irmão de sua futura esposa.
Como tradutor, teria ele publicado "Queda que as mulheres têm para os tolos" em cinco capítulos, no período de 19 de abril a 3 de maio de 1861, na revista carioca A Marmota. Muitos escritores questionam essa autoria, já que Machado nunca trouxe indicação de autoria ou tradução da obra.
Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias "Crisálidas" em 1864, a partir daí o sucesso veio com a publicação do romance “Ressurreição” em 1872.
A vida de intelectual foi amparada por uma promissora carreira constituída no funcionalismo público.
No ano de 1874, escreveu o romance “A mão e a luva” em uma sequência de publicações realizadas dentro do jornal O Globo, na época, mantido por Quintino Bocaiuva.
Atingindo uma popularidade inesperada, passou a produzir sempre mais. Durante as comemorações do tricentenário de Luís de Camões, produziu uma peça de teatro encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II.
Entre 1881 e 1897, o jornal Gazeta de Notícias abrigou grande parte daquelas que seriam consideradas suas melhores crônicas.
Foi em 1881 que se consolidou o sucesso pela publicação do romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” que marca o início da sua obra realista. Um dos textos mais importantes para o realismo na literatura brasileira.
Os romances de Machado estão classificados em duas fases. Na 1ª fase, temos : Ressurreição (1872); A mão e a luva (1874); Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878). Na 2ª fase: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881); Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1899); Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).
Li muitos dos contos de Machado de Assis, iniciando pelo Alienista. Neste, em particular, Machado faz uma sátira feroz da crença generalizada no poder da ciência, que tudo explicaria, inclusive a mente humana. Com a criação do Doutor Simão Bacamarte, o médico dos loucos, Machado mostra que a vida não é tão simples como parece.
A leitura de toda a sua obra é indispensável, são narrativas que exploram a loucura, o adultério, a alma feminina, a sedução e vão construindo teias que enredam e apaixonam o leitor ao tentar desvendar a psicologia usada por ele para analisar o ser humano. Aqui vão algumas sugestões de leitura. "A igreja do diabo", Cantiga de esponsais", "Singular ocorrência", "A cartomante", "A causa secreta", "Um Apólogo", "Missa do galo", "Uns braços", "Um homem célebre" e "Teoria do Medalhão". Adorei todos eles.
Em 1897, ele foi eleito o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Ele mantinha uma ampla rede de amizades com escritores famosos como José de Alencar, Gonçalves Dias, Manoel de Macedo e Manoel Antônio de Almeida. E foi essa que lhe abriu portas para um outro importante passo na história da literatura brasileira. Em reuniões com José Veríssimo (amigo e escritor) discutiu as primeiras medidas para a criação da Academia Brasileira de Letras, projeto apoiado por outros escritores e que lhe rendeu o titulo de o primeiro presidente da instituição. Em 1908, em decorrência de sua morte, foi sucedido por Rui Barbosa.
Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908, deixando uma enorme lacuna na literatura brasileira.
Sou uma profunda admiradora das obras de Machado de Assis, por isso compilei alguns dos melhores links sobre a trajetória do escritor e estou compartilhando com você.
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http://machado.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=166:conto&catid=34:obra-completa&Itemid=123
Um comentário:
Oi querida Odete, também gosto muito de Machado de Assis, os poemas dele são muito inspirantes, são mais que uma lição de vida.
Tenha um lindo final de semana, bjus...
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