Marília Marzulo Pêra nasceu aos 22 de Janeiro de 1943, no Rio de Janeiro. Ela sempre usou o nome artístico Marília Pêra. E era assim que todos a conheciam e a chamavam pelos palcos da vida.
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Era filha dos atores Manoel Pêra e Dinorah Marzullo Pêra. Começou a atuar aos quatro anos de
idade, ao lado dos pais que integravam o elenco da Companhia de Henriette
Morineau, "Os Artistas Unidos". Ela estreou na tragédia grega, representando uma das
filhas de Medéia, na peça de mesmo nome, de Eurípedes.
Sem dúvida foi uma das atrizes mais completas e talentosas do Brasil (atriz, cantora, bailarina, diretora, produtora e coreógrafa). Suas apresentações tinham que ser perfeitas. Ela dava o melhor de si para cantar e encantar os telespectadores. Disciplina, organização, qualidade e elegância eram palavras de comando no seu dicionário diário que permeavam sua vida pessoal e profissional.
Tive o prazer de assistir a comédia Brincando em cima Daquilo, interpretada por ela, a qual lhe valeu o Prêmio Molière. Era a história de uma mulher que ficava trancada em seu apartamento enquanto o marido trabalhava. Ela relata para a vizinha fatos ocorridos na sua vida e acontecimentos do dia em que se passa a peça, os quais estão relacionados à traição e à sexualidade.
Ela era invejável por sua atuação em todos os papéis que desempenhou, assim como no respeito com o público e na condução da sua vida social.
Sua última aparição foi em Pé na Cova com a parceria de Miguel
Falabella. No seriado, ela era a
irresistível alcoólatra
Darlene que maquiava os defuntos, um dos seus personagens mais populares. E, também, representava a ex-mulher de Ruço (Miguel Falabella), o dono de uma funerária falida.
É difícil imaginar Marília falando errado nessa atuação, mas sua versatilidade não só possibilitou isso, como fez muita gente rir com esse humor escrachado. Ontem aguardava em uma fila de lotérica e nem sabia que ela havia morrido, um senhor me contou o fato e disse que ria muito ao ver sua atuação em Pé na Cova, que era o único programa da Globo que assistia.
Darlene que maquiava os defuntos, um dos seus personagens mais populares. E, também, representava a ex-mulher de Ruço (Miguel Falabella), o dono de uma funerária falida.
É difícil imaginar Marília falando errado nessa atuação, mas sua versatilidade não só possibilitou isso, como fez muita gente rir com esse humor escrachado. Ontem aguardava em uma fila de lotérica e nem sabia que ela havia morrido, um senhor me contou o fato e disse que ria muito ao ver sua atuação em Pé na Cova, que era o único programa da Globo que assistia.
Dona de uma elegância sem igual, de uma vida irrepreensível e com grande reconhecimento do público e da crítica, ela abandona seus fãs em 05 de dezembro de 2015. Mas ela continuará a brilhar na memória e no coração de todas as pessoas que a admiravam. Seu legado viverá para sempre.
Além dos admiradores do seu trabalho e da pessoa que era, ficam a lamentar sua morte os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta e Nina Morena e o marido Bruno Faria.
Os principais prêmios por ela recebidos, dão uma noção da grandeza dessa mulher forte, corajosa, disciplinada e muito profissional.
Continue sorrindo e encantando Marília Pêra!
Principais prêmios segundo a Wikipédia
- 1969 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 1969 – Prêmio de Melhor Atriz pelo Governo do Rio de Janeiro por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 1969 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 1971 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “O Cafona”
- 1973 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Apareceu a Margarida”
- 1977 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por atuação em “O Exercício”
- 1980 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Pixote”
- 1981 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema de Boston (Society of Films Critics), Estados Unidos, pela atuação em “Pixote"
- 1982 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos (National Society of Critics Awards - USA), pela atuação em “Pixote"
- 1983 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Bar da Esperança”
- 1983 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Bar da Esperança”
- 1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Bar da Esperança”
- 1983 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Brincando em Cima Daquilo”
- 1983 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Adorável Júlia”
- 1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Quem Ama não Mata”
- 1987 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “Brega & Chique”
- 1987 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Anjos da noite”
- 1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Brega & chique”
- 1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pelo Festival de Cartagena (Colômbia) por atuação em "Dias melhores virão"
- 1988 – Comenda da Ordem do Rio Branco no Grau de Oficial
- 1989 – Menção como uma das Melhores Atrizes da década pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos
- 1996 – Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana por atuação em "Tieta do Agreste"
- 1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Tieta”
- 1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Master Class”
- 1997 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
- 1996 – Prêmio Sharp de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
- 1999 – Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Atriz, por atuação em "O Viajante"
- 2003 – Comenda da ordem do mérito cultural na classe de comendador - Ministério da Cultura
- 2004 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 2005 – Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
- 2005 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
- 2006 – Prêmio Eletrobrás de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
- 2007 – Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Miami por atuação em "Polaróides Urbanas"
- 2007 – Prêmio Faz Diferença 2006 de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
- 2008 – Prêmio Contigo! De Melhor Atriz Coadjuvante por atuação em “Duas Caras”
- 2009 – Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Atriz Teatral Musical por atuação em “A Gloriosa”
- 2009 - Prêmio Brasil, por sua fisionomia. Marília não gostou da indicação e o dedicou a Susana Vieira.
Saiba mais em:
- http://mariliapera.com.br/?page_id=962
- http://memorialdafama.com/artistas/MariliaPera.html
- http://www.osul.com.br/marilia-pera-era-uma-artista-completa-confira-galeria-de-fotos/
- http://www.valor.com.br/cultura/4343380/marilia-pera-comecou-atuar-aos-quatro-anos-e-fez-mais-de-50-pecas
- http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/12/marilia-pera-fez-uma-das-ultimas-aparicoes-publicas-em-gramado-veja.html
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