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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Saudade

Odete Soares Rangel


Saudade é amor.
Saudade é um parto reverso,
é um cais onde nenhum navio aporta,
é uma fogueira que não mostra a chama,
é uma dor que não sai nas radiografias,

principalmente no peito de quem ama.


Saudade é doce lembrança, que amarga como fel,
quando deixamos de viver a realidade,


para viver de fatos e pessoas que já não estão por aqui,
é manter uma agulha na pele,
ou vinagre na ferida que não fecha.


O pai que se foi, o relacionamento que se perdeu,
a mãe que partiu, o filho que morreu,


a gravidez perdida, o amigo que desapareceu,
uma recordação embaçada na mente,
uma roupa que deixou marcas,
um perfume que não esquecemos,
um beijo que marcou uma vida,
são mais do que recordações…


São âncoras que prendem vidas ao passado,
impedem-nos de sermos felizes,
porque a Saudade que sentimos,
deve ser impulso para dias melhores,
dias com certeza de reencontro,
de novidade de vida,
da grandeza de Deus,
da certeza que a vida continua,
além do além, além do vazio da Saudade,
desse vazio que por vezes chega a te consumir,
mas, que te empurra para a vida,
que por vezes deixas de viver.


Se a saudade te corrói,  faça já uma prece,
pelos que se foram e deixaram marcas,
pelos que estão chegando e vão te marcar,
e pelos que ainda virão,
que poderão ser os frutos da mesma semente,
que um dia plantaste em algum coração,
que brotou da saudade,
regada pelo amor e pela paixão.


Eu acredito em você!
Fonte : Paulo Roberto Gaefke
           www.meuanjo.com.br



Barreira de Ilusões, uma mensagem de esperança

Odete Soares Rangel



Entre o que é real e o que acreditamos ser,
existe uma barreira de emoções que pode machucar.
Assim, imaginamos que não podemos viver sem alguém,
tempos depois, estamos vivendo com outra pessoa,
e pior, imaginando que sem ela não vamos viver…


Nossos olhos refletem por vezes,
aquilo que nosso coração quer encontrar,
e é por isso que os apaixonados, e só eles,
vêem o que ninguém mais vê,
não conseguem enxergar os defeitos na pessoa amada,
as vezes tão gritante, tão a mostra.
A paixão forma uma névoa na nossa visão.


Por isso, relacionamentos se perdem,
amizades terminam, grupos se dissolvem,
sociedades terminam em disputas jurídicas,
e brigas de trânsito deixam de ser banais.
É o “exagero emocional” que cerca o homem,
que cega e o faz tomar decisões precipitadas.


Ilusões, impressões, sentimentos que confundem,
fazem o que é imaginário parecer real,
e muitas vezes, o que é real passar despercebido.
Como a felicidade de poder tomar um banho,
a delícia de poder se alimentar sem uma sonda,
o prazer de beijar a boca de quem amamos,
a sensação de paz da nossa casa,
o nosso travesseiro que retém nosso cheiro,
que guarda nossas impressões, nos acolhe,
e nos dá aquela certeza, que amanhã,
seremos mais felizes.
Creia no dia de hoje e na sua capacidade de descobrir,
entre o real e o imaginário, uma nova pessoa,
um ser que grita em você, pronto para ser feliz!

Eu acredito em você.


Fontehttp://www.meuanjo.com.br/barreira-de-ilusoes/ 
                 Posted on January 7, 2012 by  

domingo, 8 de janeiro de 2012

Presépio Natural da Praça XV de Novembro

Odete Soares Rangel

As imagens que você visualiza neste post fazem parte do Presépio Natural montado na Praça XV de Novembro, em Florianópolis-SC. O evento ocorre anualmente. Ele foi idealizado por Franklin Joaquim Cascaes, pesquisador da cultura açoriana, e as imagens são em tamanho natural.

Inicialmente, foi montado nos jardins do Museu Universitário – UFSC, nos anos 70,  mas logo se tornou o Presépio  Natural e Artesanal da Praça XV de Novembro. Ele foi reconhecido internacionalmente como o mais original do mundo em 2004, por ocasião do Congresso Mundial dos Presepistas realizado na República Tcheca e organizado pela Federação Universal Presepista. 


A obra que visa resgatar e preservar a cultura local, tem a Direção Artística de Gelci José Coelho (o conhecido e culto Peninha). A partir de 1993, a criação e a confecção levam a assinatura do Artista Plástico Jone Cezar de Araújo.


Espera-se que o evento continue fazendo parte do calendário cultural e oficial de Florianópolis. E que essa cultura regional continue viva e possa ser divulgada interna e externamente.