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sábado, 28 de novembro de 2015

O romance de aventura em O Mágico de Oz



O texto que segue foi escrito por Maria Dorothea Barone Franco - Mestre em Letras pelo Centro Universitário Ritter dos Reis. Dodô, como a chamo carinhosamente, é uma das amigas que deixou saudade entre os colegas dos tempos de universidade. Ela sempre foi muito criativa e dedicada aos estudos. Fico muito feliz em divulgar seu trabalho.

"O romance de aventura em O Mágico de Oz

Um exame dos gêneros do discurso e o desenvolvimento dos personagens, tomando
como objeto de estudo a inesquecível história infantil O Mágico de Oz

Por Maria Dorothea Barone Franco


O ELEMENTO DA AVENTURA
No romance de aventura O Mágico de Oz , a heroína é uma criança- menina, perdida em uma terra fantástica, após a passagem de um devastador furacão pelo Kansas. Dorothy recebe o auxílio e a proteção da Bruxa Boa do Norte e inicia seu percurso na busca por Oz, o poderoso feiticeiro que poderá levá-la de volta ao lar.
Dorothy contempla características de uma heroína autêntica: a bondade, a honestidade, a curiosidade, a inteligência, a coragem. No decorrer de sua jornada rumo à Cidade de Esmeralda, morada do Grande Oz, a menina recebe a ajuda do fiel cãozinho Totó, do Espantalho sem cérebro, do Homem de Lata sem coração e do Leão sem coragem. Todas as personagens buscam em Oz uma solução para seus conflitos: a volta para o Kansas, um cérebro, um coração e a coragem.
Apesar das narrativas de aventuras não apresentarem complexidades em suas características psicológicas, em O Mágico de Oz os três últimos companheiros de viagem de Dorothy são ambíguos em sua descrição. Uma ambiguidade representada pelo autor:
- Que faremos? - perguntou Dorothy desesperada.

O Mágico de OzPublicado em 1900, The Wonderful Wizard of Oz (que pode ser traduzido como O Maravilhoso Feiticeiro de Oz ou O Maravilhoso Mágico de Oz) foi escrito por L. Frank Baum e ilustrado por W. W. Denslow. Tornou-se conhecido principalmente por sua adaptação para filme, em 1939, que imortalizou os sapatinhos vermelhos de Dorothy. Devido ao imenso sucesso do livro — as dez mil cópias da tiragem inicial foram vendidas quase que imediatamente —, o autor, em 1902, adaptou seu conto para o teatro, e hoje há versões musicais inspiradas na obra original, O Mágico de Oz, e as histórias subsequentemente publicadas por Baum, situadas no mesmo universo."

- Não tenho a menor ideia - respondeu o Homem de Lata, enquanto o Leão balançava a cabeça pensativo. Mas o Espantalho falou:
- Não podemos voar, nem podemos descer esta grande vala. Portanto, se não pudermos pular por cima dela, temos que ficar onde estamos.
No Espantalho vemos que, embora não seja dotado de um cérebro, é graças a ele que o grupo tem as melhores ideias para solucionar e ultrapassar os percalços do caminho. O Homem de Lata não tem coração, mas procura desviar seus grandes e pesados pés dos pequenos insetos que habitam as trilhas, de modo a protegê-los. O Leão protege seus novos amigos dos perigos diversos com sua ausência de coragem. Os três amigos de Dorothy almejam aquilo que já possuem: cérebro, coração e coragem. Será no decorrer das aventuras na terra encantada que as personagens irão necessitar dessas características, e elas serão desenvolvidas no enfrentamento e na resolução de cada peripécia.

O Homem de Lata procura um coração, mas tenta não machucar animais pequenos; 
o Leão procura coragem, mas se arrisca pelos amigos; o Espantalho procura 
um cérebro, mas resolve os problemas do grupo








Maria Dorothea Barone Franco é Mestre em Letras pelo Centro Universitário Ritter dos Reis.








Fonte:  http://literatura.uol.com.br/literatura/figuras-linguagem/42/artigo265198-3.asp

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