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terça-feira, 15 de setembro de 2015

O Brasil que nenhum cidadão deseja


De longa data, os sobreviventes deste país de terceiro mundo, vêm sendo massacrados e tendo perdas salariais, de qualidade de vida e de poder econômico em geral, em razão da incompetência de gestão de alguns governantes.

Dias atrás lia-se na mídia afirmações desastrosas, não diferentes das divulgadas e impostas a ferro, como têm acontecido nos últimos tempos, sem medir as consequências e sem pensar nos menos afortunados.

O prefeito José Fortunatti defendia a presença da Força Nacional e do Exercito nas ruas da capital gaúcha para que a população se sentisse um pouco menos insegura. Mas também incentivava o aumento do ICMS para sanear o Estado e pagar os salários dos servidores como medida adequada para que esses possam voltar a trabalhar. Mas quem paga é a população, os próprios servidores! Mas foram eles os culpados de administrações mal geridas? Porque o trabalhador sempre tem que pagar a conta que não é responsabilidade sua?

A presidente Dilma afirmou que o governo errou nos gastos desmedidos no primeiro mandato. Em suas palavras ela disse que "o governo entendeu que deveria gastar o que fosse necessário  para garantir a renda e o emprego do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais." Em que mudou seu reconhecimento do erro? Quem foram e serão os prejudicados?

O Ministro da Fazenda Joaquim Levy deixou implícito que pode haver aumento do IRPF (imposto de renda de pessoa física) para rendas mais altas.  Como vemos sempre quem paga a conta é a população! As pessoas que possuem renda mais alta certamente não são as que estão sofrendo, porque essas estão muito bem obrigada, carro do ano, motorista particular, filhos em escolas particulares, boa comida na mesa, empregados que lhe servem a cada necessidade e muita qualidade de vida. Mas também não foram elas que criaram o caos.

O governo prevê que o PIB apresente o pior resultado dos últimos 25 anos.

Os servidores do INSS estão no terceiro mês de greve, eles pedem um reajuste de 27,5%, jornada de 30 horas e incorporação das gratificações na aposentadoria, o que é justo. Ah mas não pode, o governo ofereceu 10,8% em duas vezes, pois como gastou demais, agora é hora de cortes.

Os juros do cheque especial estão muito elevados e o PROCON recomenda que o consumidor não ceda aos impulsos, mas esse direito ele nem possui, porque ele precisa recorrer ao cheque especial para poder pagar suas contas atrasadas, já que não recebe seu salário em dia.

A população e o consumidor são sempre os penalizados por esse desequilíbrio advindo de má gestões ou de atos de corrupção que rebaixaram o Brasil a mau pagador. 


No ano passado, os funcionários do BANRISUL foram chamados a contribuir com parte do seu salário para cobrir rombo da Fundação Banrisul até hoje não explicado. Agora recentemente, os funcionários receberam mais uma cartinha da AFABAN  informando que "No dia 31 de agosto, ocorrerá no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília-DF, a partir das 9h, audiência pública para debater o cálculo da renda mensal inicial da suplementação de benefícios pagos por previdência complementar fechada, para participantes que se aposentaram a partir de novembro/1999."  Os funcionários do BANRISUl tiveram uma perda salarial irreparável que está sendo debitada mês a mês, e lhes será cobrada por 20 anos, quando essa conta deveria ser paga por quem gerou o déficit. E agora vão querer que os funcionários subsidiem seu próprio aumento? Aumento, o que é isso? Alguém lembra dos últimos? É desastroso e vergonhoso!  Não vamos deixar que isso aconteça.  Também não vamos permitir que o BANRISUL seja privatizado como dizem por aí vozes do além.

Concordo com Alexandre Garcia quando ele afirma: "[...] Serviços essenciais do Estado, como Saúde e Educação, estão precisando de acréscimos, e não de cortes. O que tem que cortar é corrupção, burocracia que só serve para criar vaga para cargo sem concurso e inutilidades ideológicas. [...]"  

E assim está a vida no Brasil. A educação, a saúde e a segurança não atendem aos anseios e às necessidades da população. A garantia dos direitos do cidadão se perdeu no túnel do tempo, há um esmagamento da classe trabalhadora. 

O ministro Joaquim Levy deixa implícito o aumento de impostos, afirmando que todos estarão de acordo em pagar a conta para que o Brasil se mantenha no patamar de bom pagador. Eu não, e com certeza milhões de brasileiros não concordam.  Não fomos consultados quando gastaram demasiadamente. Quem fez a besteira que a conserte!

Basta! É sempre o consumidor e o trabalhador que pagam a conta, que são penalizados! Eles estão perdendo a dignidade, a qualidade de vida, o direito de ser um cidadão livre e de ter seus direitos adquiridos respeitados. E isto é apenas um pequeno desabafo, pois os descréditos governamentais são muito maiores. Houve uma época em que nos orgulhávamos de ser brasileiros, hoje é comum as pessoas expressarem vergonha da sua nacionalidade, e desejo de se mudarem para o exterior.

Queremos um Brasil sustentável, com gestores éticos, proativos e com visão holística. Esse é o Brasil que desejamos! E não um Brasil com governantes de discurso que não se sustenta, que prometem uma coisa hoje e fazem outra amanhã, como foi o caso do aumento da conta de energia (luz). Enfim, governantes que afundem o nome do país na lama. 

3 comentários:

Odete Rangel disse...

Entenda a proposta.

14 DE SETEMBRO DE 2015 18:26
Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram as medidas definidas pelo governo federal para cortar gastos e diminuir o déficit do País. Entre as medidas está o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), em um conjunto de medidas fiscais de R$ 64,9 bilhões para garantir a meta de superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. O impacto esperado é de R$ 32 bilhões.

O novo imposto, que deve ser proposto ao congresso para que volte a ter validade, desta vez com alíquota de 0,2% sobre as transações bancárias, será utilizado 100% para financiar projetos de saúde, sem divisão com Estados e Municípios.

Segundo Levy, a intenção do governo é que a volta do imposto seja provisória, sem ultrapassar quatro anos. “Se o próximo governo quiser, ele pode revogar a CPMF quando entrar”, disse .

Dos R$ 64,9 bilhões em medidas fiscais, R$ 34,4 bilhões são relativos ao aumento de receitas, dividido em R$ 5,9 bilhões para a redução de gastos tributários, R$ 6 bilhões para a realocação de fontes de receita e R$ 28,4 bilhões para aumento de receitas.

Entre as medidas anunciadas, do lado do bloqueio de gastos, está o adiamento do reajuste do salário dos servidores públicos até agosto do ano que vem. Sem essa medida, os salários seriam corrigidos em janeiro de 2016. Com essa medida, o governo espera um impacto de R$ 7 bilhões a menos nos gastos públicos.

Além disso, também haverá suspensão de concursos públicos, que estavam estimados em R$ 1,5 bilhão em gastos em 2016. O governo anunciou ainda uma redução de R$ 2 bilhões em despesas discricionárias com DAS (cargos comissionados).

Dentro da redução de gastos administrativos, o governo prevê a economia de R$ 200 milhões com corte de ministérios e cargos de confiança e outros R$ 200 milhões em gastos com servidores (diárias, passagens, auxílio moradia e telefone).

Veja outras medidas anunciadas pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa:

– Prorrogação da vigência da lei original de 1996 da CPMF com alíquota de 0,20% para “manter o equilíbrio” via proposta de emenda constitucional (PEC) e decreto;

– Aumento de receita esperado é de R$ 28,4 bilhões, diminuição de gastos prevista é de 26 bilhões, com resultado primário de R$ 34,4 bilhões;

– Mudança nos Juros sobre Capital Próprio. O teto da TJLP (taxa de juros de longo prazo) voltará para 5%, e a alíquota passará de 15% para 18%;

– Redução de 30% nas alíquotas do Sistema S e Sebrae, e oneração da contribuição previdenciária incidente sobre a folha de 0,9%;

– Redução de R$ 1,1 bilhão na subvenção para garantia de preços agrícolas;

– Corte de R$ 3,8 bi na área da Saúde que, segundo o governo, será compensado com emendas parlamentares;

– Corte R$ 3,8 bi no PAC, que, segundo o governo, será compensado com emendas parlamentares;

– Redução de benefícios tributários. Reintegra e benefício de PIS/Cofins para indústria química;

Anônimo disse...

Sra. Odete

Boa noite,

Gosto muito dos seus posts, você parece levar muito a sério os assuntos abordados, eles têm clareza e muita coerência no que é escrito.

Observei que tem ajudado muitas pessoas a não caírem em alguns golpes. Esse de limpar o nome sem pagar as dívidas, chega a ser vergonhoso.

Obrigada por tamanha contribuição! Que ótimo que os blogueiros estão prestando esse serviço a sociedade.

Abraços,

Sthephany

Odete Rangel disse...

Obrigada Sr(a) Sthephany pelo gentil comentário e visita ao blog. Com certeza os blogueiros vêm desempenhando um papel importante na divulgação de assuntos sobre os quais a população precisa refletir ou ser alertada. Gasta-se um tempo considerável para escrever os posts, mas retorno como o seu ou de pessoas que foram ajudadas faz valer a pena.

Abços a todos