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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O carteiro e o poeta

Odete Soares Rangel


O filme O carteiro e o poeta é muito interessante, especialmente, para as pessoas que estudam literatura e se interessam pelos temas da poesia e das metáforas. O foco está na vida de Mário Ruppolo que vive com o pai (pescador) numa região à beira-mar. Mário, apesar da pouca instrução, deseja um caminho mais brilhante do que o do pai para sua vida.

Ao tomar conhecimento de uma vaga nos correios, ele pensou unir seus belos passeios de bicicleta com essa atividade. Ele se tornou o mensageiro da correspondência de Pablo Neruda, exilado político, em virtude das suas criações literárias. No começo, o carteiro era tímido, depois começou a ganhar a confiança, o carinho e o respeito do poeta que se tornou seu amigo. Mario esperava mais dessa amizade,  queria aprender a escrever poesia e pediu ao poeta para ensinar-lhe.

Neruda disse-lhe que a poesia era como uma metáfora, e ele aprendeu isso muito bem. Ele ouviu o barulho das ondas do mar e soube que elas eram uma metáfora no poema. Então, ele era capaz de entender poesia através de metáforas.

O poeta ajudou Mario a vencer um pouco da timidez, e desta forma se aproximar de sua amada Beatrice, com quem casou e teve um filho. A este deram o nome de Pablito em homenagem ao poeta. Terminou o exílio e Neruda voltou para o Chile, mais tarde retornou ao pacato lugar para buscar suas coisas que deixara com Mario. Nesse momento, Neruda soube sobre Pablito e que Mario tinha morrido recitando um poema num protesto político. Ele ficou muito triste. Vale lembrar que a emotividade e as preocupações sociais são características marcantes da obra de Neruda.

A mensagem final é a de que pessoas com características e culturas diferentes, podem tornar-se amigas e aprenderem com a experiência uma da outra. Todo ser humano é capaz de aprender, desde que esteja motivado para isso. Certamente, Mario morreu mais feliz porque teve a oportunidade de aprender uma nova atividade e desenvolver-se como ser humano fazendo algo que gostava, também Neruda por ter contribuido para esse aprendizado. 

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