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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A visão machadiana do comportamento humano e sua relação com a sociedade

Odete Soares Rangel

Machado de Assis era exímio na arte de observar a pessoa humana e a sociedade. Sua formação moral e estética sofreu influências do estilo institucional dominante. Após 1870, houve sensíveis modificações na posição mental dos intelectuais do Brasil, oscilando entre o abolicionismo e a república. Há a passagem do estilo romântico para o realista com sua vertente naturalista. O realismo procurava a verdade. Os personagens e os papéis que interpretavam eram retratados fielmente, analisado-os em todas as suas nuances. No realismo, Machado de Assis afastou-se dos modismos literários, transformou emoções em ambigüidades, demonstrou interesse pela realidade social e se transformou no mais importante escritor brasileiro.

No século XIX, seus contos atingiram o apogeu. Ele mostrava um grande talento para a história curta, e revelava a mesma preocupação pelo comportamento humano, como se quisesse descobrir tudo o que existisse no interior da alma humana. Também, utilizou-se de uma linguagem contida, depurada, reduzida ao essencial para completar seu intento.

Da visão Machadiana no comportamento humano e sua relação com a sociedade, pode-se dizer que ele se apropriou de histórias do cotidiano, refletindo acerca do que estava a sua volta. Denunciou a escravidão, para o que utilizou-se não do emocionalismo característico das manifestações abolicionistas, mas da análise e da reflexão, destruindo a idéia da "bondade dos brancos" ao libertarem os negros. Nas crônicas, contos e romances procurou desvendar os mecanismos econômicos e ideológicos que tentavam justificar, primeiro, a necessidade do trabalho escravo e, depois, a contingência imperiosa da libertação. Meu objeto de análise são os contos a seguir comentados:

“Já Machado de Assis, desde as suas primícias literárias, distinguia-se por um conjunto de qualidade: concisão de pensamento, sutileza de idéias e sobriedade de estilo, que o habilitavam a exercer perfeitamente a engenhosa arte do conto”. (Machado de Assis. Contos. Pg. 7)

Em "O Alienista", conto inserido na obra Papéis Avulsos (1882), há um narrador onisciente – em terceira pessoa – narrando com uma linguagem objetiva, a história de um médico que tem por objetivo estudar a loucura, ou seja, determinar a linha que divide a razão e a loucura. Esta, se desenvolveu ao longo de quatro ou cinco anos, na vila de Itaguaí, no Rio de Janeiro, na segunda metade do século XVIII. "O Alienista" ocupou o centro de uma interpretação do Poder, do autoritarismo e da sociedade que surpreende o leitor por sua atualidade e relevância em nosso século.

“Machado de Assis, Lima Barreto e Isaias Caminha acabam por retirar de suas sucessivas experiências, tristes e decepcionantes, de seus anos de formação e de seus primeiros anos de vida profissional uma visão cética da realidade. Eles acabam por descrever com crueldade os jogos do poder e da hipocrisia na sociedade brasileira”. (Santiago, 1989, p. 11)
Machado usou o método de estudo e observação e entendia que por trás da normalidade estava oculta a loucura. Nessa narrativa, a tese era tratar os dementes em lugar específico, a Casa de Orates. Concluiu que a loucura não era uma ilha, mas um continente, haviam mais dementes em Itaguaí do que pudera supor, reformulou sua teoria tendo, então, a normalidade como loucura.

A casa verde era uma representação de uma nova forma de gestão não assimilada por uma sociedade inadequada. Fica claro o desajuste da própria sociedade, o desequilíbrio social. Com Mateus, a elite passa a se constituir mas era como se vivesse um papel que não era seu. Simão vive à margem dessa sociedade. O conto fala do desequilíbrio da sociedade que é hipócrita e vive apenas da aparência. Uma sociedade desajustada, que vive da contradição, dos hábitos arraigados e do novo. O autor é ambíguo, à medida em que, a narrativa pode ser interpretada sob vários ângulos, como por exemplo: uma sátira ao pensamento científico, uma sátira feroz às instituições políticas e sociais, um apólogo sobre a impossibilidade de estabelecer a verdade, uma sátira humorística sobre a dificuldade de estabelecer com precisão os limites entre a normalidade e a loucura. Todas podem ser consideradas verdadeiras, mas a última parece ser a mais adequada, diante dos propósitos do autor. Itaguaí era uma cidade em desordem; atrasada, o que gerava um estranhamento com o novo ou moderno apresentado por Simão Bacamarte.

A intenção do narrador era analisar o comportamento humano: ir além das aparências e procurar atingir os motivos essenciais da conduta humana, descobrir no homem, o egoísmo e a vaidade. Sua intencionalidade crítica não se reflete somente ao ser humano de forma geral, ele criticou, também, a postura do cientista e do extremo cientificismo do final do século XIX, assim como, a Escola Naturalista. Na figura do Porfírio, analisa-se o político sempre buscando vantagens pessoais. O homem, para Machado, é acima de tudo, ganancioso e movido pela intenção de poder, o que ocorreu com Porfírio.

O povo da cidade de Itaguaí era submisso e, facilmente, manipulável, pelas pessoas que tinham conhecimento ou liderança. No humor penoso de Machado de Assis – está a visão irônica e amarga que enfatiza aspectos negativos, denunciadores da frustração humana como: criticar a hipocrisia humana, provocada por um sistema social regido pela falta de valores.

Em Simão Bacamarte, havia o símbolo de um saber duvidoso, haja vista sua postura de determinar uma norma geral de conduta para o comportamento humano, igualando, rasteiramente, todos os indivíduos, embora essa teoria tenha sido reformulada posteriormente. Simão é a deformação do "cientista", se considerados verdadeiros os pressupostos da ciência. Ele cometeu equívocos sucessivos, não se apercebeu de tais absurdos, e criaou um caos social em Itaguaí. Machado de Assis chamou a atenção para a relatividade da ciência. A cada teoria criada por Simão, ele pensava estar diante de uma verdade absoluta, mas logo percebia que não era real.

“Pai contra a mãe”, uma narrativa curta, em terceira pessoa, aborda os ofícios e aparelhos da escravidão. É a história de um capturador de escravos que fazia isso para sobreviver, pois não se adaptava em qualquer outra função e passava por dificuldades financeiras. Ele se orgulhava dessa sua habilidade e caçar escravos trouxe-lhe novos encantos, não precisava obrigar-se a nada. Ele vislumbrava sucesso nas suas investidas, só assim sua miséria teria um fim. O narrador dá uma série de informações históricas sobre a escravidão, com muitas fugas de escravos, situando o leitor no conto.

O conflito se dá entre Candinho Neves – o caçador de escravos que precisava salvar seu filho, e Arminda – escrava fugida de propriedade de um senhor de escravos, que acabou perdendo seu filho na luta pela fuga. Esse fato deve ser a origem do título do conto e demonstra seu caráter trágico. A narrativa nasceu da maldade dos indivíduos ou da estrutura escravocata brasileira, em que  os escravos eram tratados como propriedade de seus donos, servindo-os e sujeitando-se aos castigos e ao trabalho pesado, etc. Dessa forma, não importava o sofrimento e a dor de Arminda, ainda que pedisse clemência em nome de seu filho que viria nascer. No momento em que ela abortou, seu dono estava em desespero, mas pode-se depreender que tenha sido pela perda de um escravo (feto) e a possível morte de Arminda, e não por se interessar por eles como seres humanos.

Candinho havia saído desesperado e sem esperança, para levar seu filho à roda dos enjeitados. Desorientado resolveu encurtar o trajeto, quando, então, deparou-se com a escrava, objeto de sua salvação. Aí está uma peripécia que a vida lhe pregou, estava predestinado, desse desequilíbrio em que se encontrava, surgiu um equilíbrio com a recuperação da escrava, mas voltou a desequilibrar-se novamente quando Arminda abortou. O segundo e o terceiro parágrafos do conto possuem explicações da vida humana, esta era uma das preocupações de Machado. O narrador, ironicamente, faz uma alusão de que eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Obviamente, os escravos fugiam e enfrentavam o perigo, porque não queriam submeterem-se a essa vida desumana.  O escravo custava caro para seu dono.

“Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras”. Apesar de narrado em 3° pessoa, há nessa citação, uma intromissão do autor com seu posicionamento.

Caçar escravos se revertia para uma atitude nobre, por considerarem-na uma ação de manutenção da ordem, assim se compensava quem os capturasse. A nobreza se configurava no  sucesso de quem reavia um bem de sua propriedade e de quem conseguia esse feito. Candinho não gostava de cumprir as normas que lhe eram impostas “atender e servir a todos”,  logo já estava na rua novamente. Na sociedade não era muito diferente, as normas rígidas eram ditadas e as pessoas tinham de submeterem-se a elas, embora contrárias à sua vontade. E embora a necessidade de estabilidade numa sociedade tão desajustada, ele abandonava a profissão.

Clara era apaixonada por Candinho, a referência feita no conto “o amor traz sobrescritos”, algo destacado, aludia ao amor verdadeiro. Casamento era uma das preferências de Machado em suas histórias. Candinho afirma para si mesmo que nem todas as crianças sobreviviam, era uma justificativa para aliviar sua consciência pela morte do filho da escrava em detrimento de salvar a vida do seu próprio filho. O conto mostra-se contra a escravidão, pois leva o leitor a reflitir sobre como ela era prejudicial para a sociedade. Daí sua fina ironia quando mostra a escravidão como natural, mas a considera desumana e absurda. Machado era contrário ao patriarcado e favorável ao trabalho livre. Nesse conto, verifica-se toda uma condição humana de vida, uma escala de valores sobre uma sociedade plana. A moral dele é ditada pela necessidade, a do dono pelo poder e pela propriedade, pois queria recuperar a escrava e pagava por isso. Candinho Neves de vítima da sociedade, passa a ser o opressor em relação a Arminda.

A “Teoria do Medalhão” dá-se em forma de diálogo. A narrativa conta com dois protagonistas da história, na qual o pai deseja que seu filho Janjão seja uma pessoa notável, ilustre, e em decorrência disto, obtenha garantias para um futuro tranqüilo. Em suma, deveria ser um Medalhão. Observe-se que o pai busca realizar em seu filho um sonho que era seu, e também, surge a questão da estabilidade - necessidades do ser humano de realizar-se e estar seguro num futuro incerto. Há uma situação que oculta outra, provavelmente, seu pai não concretizou seu sonho, não por não ter um pai que o orientasse como induz o texto, mas em detrimento de carências financeiras, psicológicas ou outras. Ele anulou-se e buscou realizar-se através do filho, mas a orientação dada a ele não significa êxito absoluto. Percebe-se no conto uma contradição: 21/22 anos, referindo-se a abertura da narrativa e dia seguinte, quando o filho caminha em direção aos 22 anos. Os ensinamentos do pai a Janjão, em forma de perguntas e respostas, tem relação com a teoria socrática, a Maiêutica e contrariam tudo o que deve ser ensinado a um filho. O diálogo apareceu como uma forma de provocar o conhecimento, mas se seguir as instruções do pai, o filho será um alienado, uma pessoa sem idéias próprias, falaria de assuntos banais, fugiria da reflexão e da originalidade, decoraria os escritos de seu pai, ao invés de entender e internalizar aprendizados corretos, reais. Isto me remete a uma crítica social, em que a sociedade e os governantes tentam formar cidadãos alienados, porquanto menos esclarecidos forem, mais fácil será manipulá-los.

Assim como o Medalhão, Janjão teria de gostar do prestígio social, ser um hipócrita, agradar a todos e utilizar frases de efeito. O autor mostra que para sobreviver numa sociedade conservadora e desajustada, o ser humano tem de se valer da hipocrisia passando por cima dos seus princípios, ideais. O pai sugere a Janjão utilizar-se de figuras de linguagem, “Isto é o diabo, as asas de Ícaro, auto-crítica” para impressionar as pessoas, simulando um conhecimento e cultura que não possuia. Tal fato assemelha-se ao que ocorre na sociedade, na vida real, as pessoas são enganadas por inescrupulosos e vencem os que têm maior poder e maior persuasão, nem sempre são os mais inteligentes, os mais competentes e os mais merecedores.

O Medalhão repensa o senso comum. O agir pelo que os outros pensam, pelo que é conveniente, excluindo os princípios e ideais do ser humano, cidadão comum, em detrimento do sucesso. O Medalhão estava sempre buscando auto-promover-se, pois seu objetivo era conseguir publicidade. O conto faz uma crítica a escola naturalista/realista, “...o adjetivo é a alma do idioma, a sua porção idealista e metafísica. O substantivo é a realidade nua e crua, é o naturalismo do vocabulário”. O pai, tenta passar ao filho, a idéia de que os meios justificam os fins, assim para ser um Medalhão, ter status e um futuro certo, valeria ser hipócrita com os outros, como a  sociedade é com o cidadão. Machado discorda dos valores vigentes à época, por essa razão, expressa sua visão pessimista em relação à sociedade.

O “Conto de escola”, ocorreu no período da regência,em que havia muita agitação pública e violência moral. Nele, estão representadas as fraquezas humanas. Raimundo deixou transparecer sua fraqueza moral visto às pressões exercidas por Policarpo, o pai e professor, e uma sociedade autoritários. Por ser ele filho do professor, tinha de ter um comportamento exemplar, à medida em que sente que não vai ir bem na prova, recorre a negociação que vai salvá-lo sendo castigado por isto. Nos dias atuais seria um fato normal, tomar aulas e pagar por isso. Mas o que interessava era a máscara que estava por trás da intenção de Raimundo e Pillar, enganar ao mestre sobre o aprendizado do conteúdo, o que seria passível de punição. O narrador em 1° pessoa, está distanciado dos acontecimentos, temporalmente, porque ele participou da história. O professor lia às notícias para saber o que estava acontecendo, completamente, alheio à sala de aula. Situação semelhante ocorreu com a escola que se mostrou alheia à sociedade. O autor mostrou a desintegração escola/sociedade, uma escola isolada da vida. Pillar, preso na sala de aula, olhava para fora, via o papagaio de papel, e esse novo o atraia para lá, denotando-se aí, a falta de atratividade da escola. Também, percebe-se a crítica aos métodos pedagógicos utilizados. Pillar usava uma calça amarela lembrando dinheiro, o ser humano é levado a atos de corrupção, porque não é dotado de tantas virtudes. A lição tirada desse conto é a de que o ser humano é movido pelas circunstâncias e não por princípios rígidos. Ele é ambíguo, vai revelando seu caráter no convívio, na insconstância do ser e na necessidade do fazer.

O conto “Último Capítulo” narra a história do personagem Matias Deodato que planejara sua morte, deixando um testamento e um resumo da autobiografia, haja vista ser essa uma prática contumaz dos suicidas. Ele é um azarado, sua vida uma contradição só, como por exemplo cair de costas e quebrar o nariz,. Formou-se em direito para angariar fortuna, mas o que recebeu foram algumas desgraças. Casou-se com Rufina, uma pessoa cinzenta, apagada mas fiel. Ela deu-lhe um filho que nasceu morto, cinco meses depois se acometeu de uma doença e morreu, tornando-se idolatrada para ele. Ao se desfazer das coisas da falecida, descobriu através das cartas guardadas, que fora traído por ela e Gonçalves, também que com ele a esposa era pacata, com Gonçalves muito ativa. Muitas outras contradições estão presentes no conto: a viúva jurava amor eterno a Deodato, mas o traiu casando com seu amigo; no natimorto Machado mostra a contradição das pessoas com a realidade contradizendo os ideais. Deodato, desiludido depois da morte da mulher e descoberta da traição, não acreditava que pudesse encontrar felicidade. Debruçado na janela, viu passar um senhor feliz contemplando as botas. Questionou-se, “A felicidade seria um par de botas?” Concluiu que sim, e que nenhum problema social ou moral valia um par de botas. Assim, ser feliz era não ter grandes ideais, grandes preocupações. O ser humano era suscetível a fracassos.

Concluí-se que, Machado de Assis, homem sem raça, nem classe definida, que aspirava ao meio burguês, viveu a sonhar com a riqueza. Através do humor e da ironia, disfarçava sua própria miséria e dificuldades. Mestiço brasileiro bem representativo, de alma, sangue e cultura, tornou-se um escritor bem brasileiro. Sua língua era a de seu povo, que foi nacionalizada pelos brasileiros para dar vazão às suas necessidades de expressão num meio e realidade novos. Ele procurava sempre explicar a alma humana.

Seus contos são, uma versão em miniatura do seu modo de interpretar a sociedade. São relatos sofridos, pesados, que recriam a vida real, principalmente o ambiente carioca do final do século. Dentro dessa visão, surgiu o humor com duas funções: ora visa criticar o ser humano e suas fraquezas, através da ironia, ora demonstra compaixão pelo homem, fazendo o leitor refletir sobre a condição humana. É, sobretudo, uma crítica aguda aos conceitos deterministas e positivistas que circulavam na época, com o nome de naturalismo, aos quais Machado devotava profundas discordâncias e criticava com humor e ironia. Na visão pessimista do mundo, a natureza aparecia como mãe e inimiga, mantendo-se impassível diante do sofrimento humano que só acaba com a morte. No caso da escrava da história “Pai contra a mãe”, ela foi criada pela natureza que assiste seu sofrimento, e pelo que vimos, só cessará quando ela morrer.

A partir de 1881, Machado fez uma análise apurada da sociedade brasileira, acentuou a crítica social, assumindo uma fina ironia quando focalizava questões delicadas como o casamento, o adultério e a exploração do homem pelo próprio homem, temas abordados nos contos examinados. Machado denunciou a hipocrisia e o egoísmo: os bons sentimentos, quando surgem, escondem sempre uma outra face, egoísta e hipócrita. Ele não hesitou em mostrar sua descrença nas aparências e sua busca de elucidar o que se esconde por trás delas. As personagens criadas por Machado são homens comuns, que apresentam uma mistura de sentimentos, às vezes contraditórios. Escolhia seus personagens entre a burguesia que vive de acordo com o convencionalismo da época. Machado desmascarou o jogo das relações sociais, enfatizou o contraste entre essência (o que as personagens são) e aparência (o que as personagens demonstram ser).

Dos contos comentados estão presentes os temas da loucura, da alma feminina, da vaidade, da sedução, do casamento, do adultério e da exploração do homem pelo homem. É característico de Machado mostrar, de maneira impiedosa e aguda, a vaidade, a futilidade, a hipocrisia, a ambição, a inveja, a inclinação ao adultério. Na atualidade, a repercussão das suas idéias encontra-se plenamente justificada nos modernos conceitos de incerteza, na crítica aos conceitos de loucura e na teoria do caos.

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